Grécia: Sobre o acordo do Eurogrupo

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O trabalho anti-povo do governo foi reconhecido e aprovado através do acordo do Eurogrupo sobre o término da avaliação. O acordo confirma que a espiral descendente é infindável, pois cada fatia de pagamento tem novas medidas anti-povo como condição prévia. Analogamente, qualquer “alívio” da dívida, a qual não foi criada pelo povo, será acompanhada por uma nova rajada de medidas nas várias fases da sua discussão, pouco importando como a competição entre o FMI e secções das classes burguesas da UE será exprimida e pouco importando que resultado terá.

As mentiras da coligação SYRIZA-ANEL descarrilarão rapidamente, pois as leis que eles acabam de aprovar não são as últimas medidas difíceis, como os responsáveis do governo pretenderam no período anterior.

A lei-guilhotina para sistema de segurança social, o drástico incremento na tributação, as privatizações, a transferência dos empréstimo no vermelho para “fundos”, o memorando suplementar do mecanismo de contingência não foram a últimas leis anti-povo da “última passagem difícil” que o governo prometeu ao povo. Mesmo mais [está para vir] pois a próxima avaliação tem uma nova ofensiva como condição prévia, centrando-se sobre direitos do trabalho, com demissões em massas e ataques aos direitos sindicais. Em qualquer caso, o terreno já foi preparado pelas recentes exigências expressas pela SEB (Federação Helénica de Empresas) e outras organizações patronais.

O optimismo do governo de que o acordo no Eurogrupo referente à Grécia “será o começo da saída do país do círculo vicioso da recessão económica” nada tem a ver com a classe trabalhadora e os estratos populares que estão a arcar com o fardo da crise, mas sim com o capital que procura uma recuperação dos seus lucros. Com base na actuação situação da economia internacional e interna, a previsão de uma recuperação rápida e significativa da economia grega não tem fundamento. Seja qual for o caso, qualquer recuperação de lucros capitalistas será acompanhada por novos subsídios, isenções fiscais e assistência incluídas na nova lei do desenvolvimento, enquanto o arsenal anti-povo do governo-monopólios permanecerá em vigor e será reforçado.

O próprio povo pode por fim às medidas anti-povo do governo-UE através da sua luta organizada, do reagrupamento do movimento, da aliança popular para chegar à ruptura e ao derrube do capitalismo.

Atenas, 25/Maio/2016

Gabinete de Imprensa do CC do KKE

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