Secretário Geral do PCB participa do Dia do Direito dos Povos à Rebelião

ROSSO GRIMAU

Homenagearam Manuel Marulanda, na Venezuela, pelos três anos de sua morte.

27-03-2011-abpnoticias – Na Praça Manuel Marulanda, do bairro 23 de Janeiro, foram rememorados os 3 anos da morte do Comandante Guerrilheiro Manuel Marulanda. Na homenagem, reivindicou-se o Direito Internacional dos Povos à Rebelião Armada.

Neste sábado, 26 de março de 2011, na Praça Manuel Marulanda, do bairro 23 de Janeiro, em Caracas, rememorou-se os 3 anos do falecimento do líder máximo das FARC e Comandante Guerrilheiro, Camarada Manuel Marulanda. O ato foi organizado pela seção Venezuela do Movimento Continental Bolivariano (MCB).

O ato em homenagem à Marulanda foi uma reivindicação do 26 de março como o Dia do Direito Internacional dos Povos à Rebelião Armada, proclamado assim pelo Movimento Continental Bolivariano.

Representando o Presidente da Assembleia Nacional, Camarada Fernando Soto Rojas, cuja apertada agenda de trabalho não permitiu que ele assistisse e participasse como um dos oradores, esteve presente nos atos o Diretor do Despacho da Presidência da Assembleia Nacional, o Camarada Deputado Eduardo Piñate.

Também participaram dos atos militantes e ativistas da Seção Venezuela, do Movimento Continental Bolivariano (MCB), da Coordenação Cultural Simón Bolívar (CSB), do Movimento M-28, do Coletivo Paquito Arriarán, do Coletivo Vozes Antiimperialistas, da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), da Frente Nacional Comunal Simón Bolívar (FNCSB), da Corrente Comunista Gustavo Machado (CCGM), do Movimento Revolucionário Tupamaros, do Partido Comunista da Venezuela (PCV), da Juventude Comunista da Venezuela (JCV) e da Fundação Alexis Vive, assim como as seções Zulia, Vargas, Carabobo, Aragua, e Distrito Capital do MCB.

O evento foi coberto pelos canais colombianos RCN, NTN24 e Rádio Caracol. Da parte da Venezuela, contou unicamente com Catia TV.

Centenas de militantes de diferentes coletivos sociais e partidos políticos da Venezuela renderam uma sentida homenagem ao grande líder guerrilheiro e comandante máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP), Camarada Manuel Marulanda, também conhecido como Antonio Marín – Tiro Fijo –, no terceiro ano de seu falecimento. Marulanda vive no coração dos povos em luta por sua verdadeira e definitiva emancipação.

Desde as 11 horas da manhã, no Boulevard do setor do Bloco 18 do 23 de Janeiro, começaram as atividades recreativas, dirigidas ao reforço dos laços com a comunidade, maior destaque e valorização da luta dos povos como meio necessário para alcançar o desenvolvimento pleno de todos os seres humanos e, muito especialmente, para conquistar um mundo melhor para os meninos e meninas. É necessário lembrar que eles são depositários diretos do futuro de nossa pátria, do continente e do mundo. Durante todo o dia, as crianças desfrutaram de colchões infláveis e jogos próprios para sua idade.

As atividades em homenagem ao Comandante Guerrilheiro Manuel Marulanda começaram às 13:30 horas, com a grande mobilização (marcha) “Uma flor de Bolívar para Manuel”. Partindo da Redoma do Bloco 7 (praça Bolívar do 23 de Janeiro), a emocionante manifestação contou com as intervenções dos convidados internacionais, representantes dos movimentos sociais e partidos políticos. Nesse momento, o Partido Comunista da Venezuela (PCV) advertiu os presentes e denunciou um golpe silencioso, já em processo, contra a revolução bolivariana, ressaltando a necessidade de preparação para a defesa de um ataque internacional, como o autorizado pela ONU contra o povo líbio. Após as falações, os presentes partiram numa emocionada caminhada, com cravos vermelhos nas mãos, da Praça Manuel Marulanda, em La Cañada, entre os Blocos 18 e 19, até a lotada e combativa Paróquia do 23 de Janeiro.

Às 16 horas, nas imediações da Praça Manuel Marulanda, começou o fórum: “Para um futuro de paz, o presente é de luta”. O evento ocorreu nos espaços da quadra de esportes do Bloco 19, com abertura cultural do canto revolucionário de Pinki e seus amigos. Contou, também, com os palestrantes Néstor Kohan, da Argentina, Ivan Pinheiro, Secretário Geral do Partido Comunista Brasileiro, e Khary Isaac, pela Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP).

O ato político-cultural central começou às 18 horas, com a participação de grupos, como Pátria Nova e outros, apresentando, em seguida, os oradores, Camarada Amilcar Figueroa e Narcizo Isa Conde, pela República Dominicana. O fechamento cultural esteve a cargo de Alejandro Alí, Centaruo e outros cantores revolucionários.

Às 20:30 horas as atividades continuavam, com o “Sancocho e coquetel da unidade”, nos espaços abertos do Bloco 18. A atividade desenvolveu-se como uma oportunidade de confraternização para reforçar nossa unidade e coesão, brindando com animação, alegria e combatividade.

Amílcar Figueroa afirmou que a celebração pelo terceiro ano consecutivo da homenagem à Marulanda no 23 de Janeiro, onde o guerrilheiro tem uma praça com seu busto, é “um símbolo da rebelião dos povos, de sua luta pela liberdade e pela soberania”.

“É muito importante mostrar ao imperialismo que o espírito, a presença dos rebeldes da América Latina segue viva. Além disso, devemos mostrara a eles que não vão submeter o povo da América Latina como mísseis e nem com ameaças”, afirmou. Assinalou também que a região tem “em Marulanda um exemplo de perseverança e de honestidade”.

A homenagem, chamada pelos organizadores como o Dia do Direito Internacional dos Povos à Rebelião Armada, serviu de marco para o lançamento de palavras de ordem contra os Estados Unidos e mensagens de apoio ao Governo da Líbia, com as bandeiras “Viva o coronel Kadafi! Ianques, fora da Líbia!”.

Figueroa explicou ainda que o MCB não possui vínculos com nenhum Estado, tão somente aglutina movimentos sociais e partidos políticos da América Latina em respaldo ao direito dos povos de se defenderem do imperialismo e da ditadura capitalista pelos meios que considere oportunos.

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/index.php?option=com_content&task=view&id=2712&Itemid=1&lang=en

Tradução: Maria Fernanda M. Scelza