Paraguai: Unidade do povo trabalhador para enfrentar o circo politiqueiro de terror

imagemPartido Comunista Paraguaio

Unidade do povo trabalhador para enfrentar o circo politiqueiro de terror

Repudiamos energicamente o circo politiqueiro de terror que vem se desenvolvendo em nosso país há tempos e que, em 28/03, teve um episódio tragicômico, expondo a degradação moral e a quebra do sistema republicano em nosso país, que desde o ano de 2012 começou a se aprofundar.

A partir do Congresso Democrático do Povo viemos enfocando nossos esforços na construção do Poder Popular. Reiteradamente denunciamos que os três Poderes do Estado estão sequestrados pela Narcopolítica. Portanto, organizar nossa luta, a resistência nos lugares de trabalho, nos colégios e universidade, nos bairros e comunidades, nos campos, em defesa de nossos territórios, é a tarefa central do momento.

A Constituição Nacional não apenas vem sendo sistematicamente violada. A Constituição Nacional está morta. Por isso, as leis não geram nenhuma garantia. É a força – concentrada no dinheiro, na violência e no terrorismo – que resolve a quem condenar e a quem deixar livre. De modo que nos toca desenvolver uma grande força de todo o povo democrático, honesto e trabalhador, capaz de esboçar um plano e de fazer valer seus interesses a serviço da soberania e da justiça social.

Reafirmamos a posição que assumimos em nosso VIII Congresso, cujo resumo foi difundido há um ano através de um documento intitulado “Chamamento à unidade e à confiança”, e no qual denunciamos o projeto de saqueio, entrega e repressão liderado por Cartes e pelas cúpulas colorada e liberal, a serviço do capital transnacional capitaneado pelos EUA. Nesse documento, também dissemos que “Devemos derrotar Cartes e o modelo de saqueio e repressão que lidera. Necessitamos de julgamento e punição aos saqueadores e torturadores, para demostrar na prática o que já não toleraremos como povo. Para isso é necessário que nós, milhões de paraguaias e paraguaios, nos unamos. E para nos unirmos, precisamos gerar confiança. Sem confiar nas intenções das organizações sociais e políticas do campo popular, sem confiar nas intenções de militantes e dirigentes que chamam à unidade, sem demonstrar com nossa prática e nossa forma de vida o caráter patriótico, honesto, solidário, coletivo e popular de nosso projeto, a unidade ampla será muito difícil”, porque entendemos que recuperar confiança na própria força que temos as trabalhadoras e os trabalhadores do campo e da cidade é determinante para fortalecer nossas organizações e desenvolver autogestão, engenho, criatividade, disciplina, firmeza, paciência e estudo, transitando para a Pátria Nova.

Nesse documento, também explicamos que nossa militância se dedicaria prioritariamente ao trabalho de base no movimento de massas, pelo qual nos distanciávamos da direção da Frente Guasu, atendendo as importantes diferenças que tivemos na Mesa de Presidente a respeito da linha política implantada na luta de massas, na luta eleitoral e na gestão parlamentar. A partir desse momento, não participamos dos debates nem das decisões que tomou a Direção da Frente Guasu. Isto há mais de um ano.

Insistimos justamente que devíamos realizar um balanço crítico e autocrítico, mencionando os erros e as organizações indivíduos responsáveis dos mesmos. Não encontramos disposição efetiva na direção frentista para realizar esse balanço. Entendemos que este estancamento na política é o resultado de um momento de confronto com nossos princípios, e é preciso analisar com honestidade como superaremos as distâncias que existem entre o que dizemos e o que fazemos.

Hoje estamos ainda mais certos de que a principal tarefa do povo trabalhador é confiar em sua força, reivindicar a história rica de nossa pátria e dos povos, porque todos os povos são trabalhadores, transparentes e heroicos. E conseguem construir e conquistar o Poder quando se sacodem da dominação econômica e cultural das e dos exploradores.

A discussão da emenda foi e é funcional ao vertiginoso saqueio esfomeado e violento perpetrado pelo cartismo junto com as cúpulas coloradas e liberal. Seguem com a remoção de trabalhadoras e trabalhadores do campo, o crescente endividamento para benefício de banqueiros ladrões, o tarifaço da ANDE e toda a proposta privatizadora que inclui o serviço de água, as estradas e os aeroportos, aproveitando-se do grande ruído midiático sobre defensores e detratores da emenda para continuar com o saqueio, a entrega e a repressão.

Frente a este perigoso circo politiqueiro, insistimos em nos encontrarmos para construir o Poder Popular, sem pedir permissão a ninguém, juntando mulheres e homens nos bairros, nos campos e comunidades, em lugares de trabalho, colégios e universidades. O Congresso Democrático do Povo é um germe articulador do Poder Popular que confronta com a narcopolítica e a politicagem, buscando demonstrar, com sua prática, que uma Pátria Nova onde mulheres e homens, nasçam onde nasçam, possam desenvolver plenamente seus talentos e potencialidade, é possível, além de necessário.

Construamos juntos um fazer diário que recupere a história paraguaia e desenhe, dia a dia, o Programa de mudança para garantir segurança, soberania, terra, trabalho, habitação, saúde e educação para todas e todos.

Por um Governo Democrático, Agrário e Anti-imperialista!
Lutando, forjando, Poder Popular!
Socialismo é Vida, Pão e Paz!

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2017/03/29/paraguay-unidad-del-pueblo-trabajador-para-enfrentar-al-circo-politiquero-de-terror/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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