TODO O APOIO À MAIS NOVA OCUPAÇÃO DO MTST EM PORTO ALEGRE!

imagemNota da Célula Sindical e Popular, de Porto Alegre (RS)

O dia 9 de setembro amanheceu vermelho em Porto Alegre. Inaugurando o Setembro de Lutas por Moradia e Direitos, diversas famílias oriundas das Vilas Dique, Progresso e Nazaré, lideradas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e com o apoio ativo de militantes do movimento sindical e estudantil que se solidarizam com a luta popular, ocuparam um terreno privado abandonado há décadas na Zona Norte de POA. O Partido Comunista Brasileiro e a União da Juventude Comunista estiveram lá, apoiando e contribuindo com a luta da classe trabalhadora.

A tática do MTST na luta por moradia já provou sua efetividade nos últimos anos em diversos locais do país. Consiste em ocupar terrenos públicos e privados abandonados, que não estão cumprindo sua função social, e negociar a saída do local com o poder público mediante o acordo que este forneça moradia digna às famílias ocupantes. Com o desemprego e a carestia em alta e ainda com a ameaça constante de remoção de suas já precárias casas por parte do Estado burguês, cada vez mais trabalhadores da periferia chegam à conclusão de que as instituições não foram feitas para servir ao povo, e que por isso é imprescindível a construção do poder dos de baixo, o Poder Popular, para que assim as necessidades da nossa classe sejam enfim atendidas.

Dentro da ocupação, todos contribuem para o funcionamento do espaço e para que todas e todos entendam as regras acordadas coletivamente nas assembleias gerais, instância máxima da democracia da ocupação. O local tem uma grande cozinha comunitária, erguida pelos próprios ocupantes e autogestionada por estes, que serve as refeições no café da manhã, almoço, café da tarde e janta. Não é permitido o loteamento da terra ocupada, já que o local é provisório e o objetivo é exigir um novo espaço comunitário que forneça educação, saúde, cultura e demais direitos que compõem o direito à cidade. Também é vedado o comércio interno, já que tudo no espaço é de uso coletivo e portanto não pode estar à venda. O uso de substâncias lícitas e ilícitas não é permitido dentro do local – não por algum juízo de valor moral, e sim para evitar a criminalização do movimento. Através dessas regras, se constrói a solidariedade de classe, se incentiva a solução coletiva para os problemas e se desenvolve, assim, o sentimento de companheirismo entre as e os participantes da ocupação.

Frente à gestão Marchezan (PSDB) – a mais antipopular da história recente de Porto Alegre, que parcela os salários dos municipários, qualifica todas e todos que lutam por direitos como “vagabundos”, entrega os serviços públicos ao capital e subjuga as demandas históricas da periferia – o exemplo da nova ocupação do MTST mostra que o caminho para sair da conjuntura de retrocessos é, e sempre foi, a luta popular e organizada, nos locais de estudo, trabalho e moradia. Da parte do Partido Comunista Brasileiro, exerceremos o máximo de solidariedade possível, nos colocando à serviço do movimento e de todas as suas justas e dignas reivindicações.

SE MORAR É UM PRIVILÉGIO, OCUPAR É UM DEVER!

TODO O APOIO ÀS OCUPAÇÕES DO MTST!

LUTAR, CRIAR, PODER POPULAR!