Suicídio cresce no Brasil

imagemOLHAR COMUNISTA – 01/10/2017

Subiu de 10.490 para 11.736 o número de pessoas que cometeram suicídio no Brasil, entre 2011 e 2015, segundo dados do Ministério da Saúde. Esse crescimento contradiz o acordo firmado pelo governo brasileiro com a Organização Mundial de Saúde, que tem como meta a redução desse índice em até 10% até 2020, em todo o mundo. O ministério anunciou que pretende lançar um Plano Nacional de Prevenção ao Suicídio.

Os números revelam que a maior incidência se dá entre os homens, com 79% dos casos, um número quatro vezes maior do que o registrado para as mulheres. O suicídio é a terceira maior causa de mortes entre homens de 15 a 29 anos, perdendo apenas para agressões e acidentes de trânsito. Os idosos, com 10% do total, respondem pela maior taxa percentual entre todos os recortes de idade.

imagemA razões que levam uma pessoa a tirar a própria vida são complexas e diversas. A perda de laços de solidariedade familiar e social em geral, a falta de perspectivas de realização pessoal, a vergonha pelo desemprego, por insucessos, dívidas e outros fatores levam à depressão e ao desespero, à antessala do suicídio. Os números apontados refletem a tendência de adoecimento mental geral por que passa a sociedade, esmagada pela falta de empregos, de escola e de condições dignas de vida, situação imposta pelo desenvolvimento desigual e excludente que caracteriza o capitalismo, reforçada pela crise econômica e política que se abate sobre o Brasil. A busca de saídas individuais, do sucesso pela competição entre pessoas levada a extremos, da autoafirmação pelo menosprezo a minorias étnicas, religiosas e sociais, contida no discurso conservador dominante, têm grande força ideológica.

É hora de se enfrentar a questão do suicídio e suas causas profundas no combate político à ordem capitalista, com a retomada da luta pela afirmação dos valores do altruísmo, da generosidade e da solidariedade, que marcam, desde seus primórdios, o pensamento socialista e comunista.