Banco Mundial apoia arrocho e restrição de direitos no Brasil

Banco Mundial apoia arrocho e restrição de direitos no BrasilOLHAR COMUNISTA – 02/12/2017

O Banco Mundial publicou uma série de recomendações para que o Brasil saia da crise econômica e retome o crescimento. Fazem parte da lista a retirada de direitos previdenciários, no processo de reforma em curso, a redução de salários de servidores, a fusão de benefícios de assistência social, a redução do seguro desemprego-desemprego, o fim da gratuidade do ensino superior público e outras medidas.

Olhar Comunista 443O Banco Mundial foi criado para financiar a reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial e prover recursos para o desenvolvimento em geral. Ao contrário da versão inicial proposta para a entidade, que previa um papel mais incisivo, com mais disponibilidade de recursos para apoio aos países em desenvolvimento, o Banco hoje dispõe de recursos limitados que são aplicados em projetos específicos de interesse social. Assim como o Fundo Monetário Internacional, que atua para a regulação e garantia do funcionamento do capitalismo no plano internacional, o Banco tem também um papel de indutor à aceitação, pelos países, do receituário político e econômico hegemônico – o liberalismo – na condução da economia e tudo o que isso representa.

As recomendações, assim, reafirmam a essência do Banco Mundial: defender as grandes empresas privadas, no plano mundial, e seus interesses que, no caso brasileiro atual, passam pela retirada de direitos trabalhistas e sociais dos trabalhadores e pelo desmonte de toda e qualquer estrutura de bem-estar social promovida pelos Estados, como a Educação e a Saúde de acesso universal e gratuitas.