África devolve insultos a Donald Trump

imagemAbuja, 15 jan (Prensa Latina)

África reagiu e com acidez às declarações racistas do presidente estadunidense Donald Trump, que qualificou de países repugnantes ao Haiti, aos estados africanos e de outros continentes.

Em Botsuana, a chancelaria convocou o embaixador estadunidense para transmitir-lhe um protesto formal e pedir-lhe esclarecimento sobre as formulações que qualificou em uma declaração ulterior de ‘muito irresponsáveis, repreensíveis e racistas’.

A comunicação do Ministério botsuano de Exteriores solicita ao Departamento de Estado saber se a insultante descrição do mandatário ‘também inclui a Botsuana’, já que há súditos desse país residindo em território da União.

“Trump sempre foi um racista; só um racista pode empregar uma linguagem tão suja”, disseram estudantes da Universidade de Zâmbia que saíram em manifestação a protestar.

“Nunca levamos Trump muito a sério”, declarou por sua vez o porta-voz de uma empresa de consultoria em Lusaka, a capital zambiana.

De ‘chocantes e vergonhosos’ qualificou o porta-voz da Comissão de Direitos Humanos da ONU, Rupert Colville, os comentários do presidente, formulados durante uma reunião com membros do Congresso sobre um projeto de lei propulsado por Trump para limitar a imigração e expulsar várias categorias de migrantes ilegais.

Conforme foi divulgado, enfatizados depois pelo próprio Trump e seus porta-vozes, este destacou que a seu país deveriam ir mais emigrantes da Noruega, um país do norte da Europa, cujos nativos pelo geral são de pele muito branca e cabelos loiros.

Os critérios de Trump foram recusados assim pelo Congresso Nacional Africano da África do Sul, cujo subsecretário geral, Jessie Duarte, declarou à imprensa que ‘nosso estado não é um país de merda, como também não o são Haiti ou outros em dificuldades’.

Acrescentou a respeito que ‘não nos dignaríamos a fazer comentários tão insultantes sobre nenhum país que atravesse dificuldades socioeconômicas ou de outro tipo.

No meio da revolta provocada pelas afirmações, tomam em conta que o antecessor de Trump na Casa Branca, Barack Hussein Obama, é negro, filho de um queniano e uma estadunidense.

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