Cuba condena ameaças e agressão dos EUA contra a Venezuela

imagemPor Antonio Rondón García

Bakú, 5 abr (Prensa Latina)

Cuba rechaçou a ameaça militar, a hostilidade e a agressão econômica dos Estados Unidos contra a Venezuela, durante a reunião ministerial do Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal), nesta capital.
“Consideramos as medidas coercitivas unilaterais, injustas e arbitrárias e a ingerência externa contra o processo bolivariano que ameaçam a paz e o diálogo entre venezuelanos, com propósitos desestabilizadores”, denunciou o vice-chanceler cubano Abelardo Moreno.

O chefe da delegação cubana no XVIII encontro ministerial do Mnoal indicou que, para esta organização, é inaceitável a ameaça de intervenção militar ou de destruição de qualquer de seus Estados membros.

Moreno denunciou que, enquanto Cuba fortalece os laços de colaboração com o resto do mundo, o governo estadunidense recrudesce seu criminoso bloqueio econômico, comercial e financeiro contra seu país, incluída a dimensão extraterritorial, apontou.

“Washington impôs novos obstáculos às limitadas possibilidades de seu empresariado para comerciar e investir em Cuba, e restrições adicionais às viagens de seus cidadãos, ao mesmo tempo em que emprega uma retórica contra Cuba digna da Guerra Fria”, lamentou o diplomata.

“O Mnoal continua sendo o principal foro de acordo dos países do Hemisfério Sul e, apesar do complexo palco internacional, mantém seu ativismo nos principais processos em curso nas diferentes sedes multilaterais”, destacou o vice-ministro das Relações Exteriores.

“A erradicação da fome, a pobreza e a exclusão social continuam como um objetivo central”, destacou Moreno, que assiste à reunião ministerial nesta capital, na costa do mar Caspio, que será sede da cúpula do Mnoal no próximo ano.

“Não podemos nos permitir viver em um mundo onde 155 milhões de crianças menores de cinco anos sofrem atrasos no crescimento e milhares de milhões de pessoas são empurradas ao desemprego e a pobreza extrema”, afirmou.

“Enquanto a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável carece de meios concretos de aplicação por falta de vontade política e egoísmo dos países industrializados, as despesas militares globais superam 1,7 bilhões de dólares que incluem a modernização de armas nucleares”, destacou.

“Assim, rechaçamos a manipulação, politização e falsa moral no tratamento dos direitos humanos”, indicou o vice-chanceler cubano.

“A maquinaria das Nações Unidas foi incapaz de promover e garantir a realização dos direitos humanos para todos, sobre a base do respeito e apego aos princípios de universalidade, imparcialidade, objetividade e não seletividade”, observou Moreno.

“Rechaçamos a utilização de conceitos como ‘soberania limitada’, ‘intervenção humanitária’, ‘guerra preventiva’ ou ‘responsabilidade de proteger’, pois podem servir a interesse mesquinhos de um país ou grupo de países”, declarou o diplomata caribenho.

“Isso pode ser empregue para violar a soberania e a integridade territorial, para apoderar dos recursos e mutilar a independência de nossos países”, denunciou.

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