Por uma ciência voltada aos interesses populares

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As várias mobilizações de estudantes de graduação e pós-graduação em todo país tiveram um saldo positivo muito importante para impedir os cortes no orçamento da CAPES para 2019, o que afetaria drasticamente a continuidade das bolsas de fomento à pesquisa. O governo golpista recuou e não vetou os recursos da educação na LDO de 2019. Agora é hora de avançar com as lutas! É preciso superar a política de ajuste fiscal e derrubar a Emenda Constitucional 95, que definitivamente liquida nosso futuro.

O ajuste fiscal impacta diretamente a educação básica, as universidades federais e a pós-graduação desde 2015. Portanto, não é suficiente apenas manter o orçamento de 2018. Ao mesmo tempo, áreas como a saúde, assistência social e ciência e tecnologia vão sofrer cortes para o próximo ano.

O governo Temer vem aplicando um ajuste fiscal sem precedentes, que recai sobre as costas dos trabalhadores e da juventude no nosso país. Logo depois da aprovação da PEC 241/55, apelidada de “PEC do Fim do Mundo”, que congela o orçamento público para áreas sociais por 20 anos, já começamos a sentir seus efeitos.

No dia 3 de agosto, a CAPES divulgou um ofício anunciando a possibilidade concreta do corte de milhares de bolsas de pesquisa em todo o país. A nota manifestava que tal corte poderia ter impactos, a partir de agosto de 2019, nas bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, nos programas de bolsas de iniciação à docência (Pibid), de residência pedagógica e de formação de professores da educação básica (Parfor) e nos programas de fomento à internacionalização.

Para além disso, aqui em São Paulo enfrentamos situações duras na educação pública e privada. De um lado, as negociações da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019 no Estado têm mantido um repasse mínimo do ICMS para as universidades públicas e o sucateamento é uma realidade, com falta de professores, bolsas de permanência estudantil e precarização nas condições de ensino, pesquisa e extensão. De outro, as demissões em massa das universidades privadas aumentam o desemprego entre os professores, além de piorar ainda mais as condições nas universidades privadas, aumentando o valor das mensalidades e deteriorando a formação geral desses estudantes, que em sua maioria também trabalham para sustentar os estudos.

Por isso, para comemorar com luta o Dia do Estudante, foi convocado um grande ato em defesa da educação pública, que contou com a participação de diversos estudantes, organizações, movimentos e entidades que entendem que só a luta muda a vida. Acreditamos que é papel do movimento estudantil se colocar contra a situação no nosso país e lutar contra esses ataques. Hoje, infelizmente, as entidades estudantis, como a União Nacional dos Estudantes e a União Estadual dos Estudantes – SP, estão sob direção de setores que não se preocupam com a nossa luta e não estão dispostos a grandes mobilizações combativas. Fazemos parte da oposição a esses setores e acreditamos que devemos recuperar as nossas entidades históricas para um campo combativo, de lutas, que vá para as ruas lutar pelos seus direitos e pelas conquistas que tivemos!

A LUTA CONTINUA!

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