Venezuela: Encontro Nacional do Sindicalismo Classista

imagemTRIBUNA POPULAR – PARTIDO COMUNISTA DA VENEZUELA

Caracas/TP.

No último dia 8 de novembro, no auditório do Museu Jacobo Borges, de Caracas, se realizou o Encontro Nacional Sindical convocado pela Frente Nacional de Luta da Classe Trabalhadora (FNLCT), para impulsar a unidade de ação sindical classista em defesa do salário e das convenções coletivas, e por uma saída revolucionária à crise do capitalismo dependente e rentista venezuelano.

O encontro contou com a presença de cerca de 100 participantes procedentes de diversos estados do país, representando organizações sindicais e movimentos de trabalhadores e trabalhadoras de diversos setores e entidades de trabalho: empresas básicas de Guayana (SIDOR, Venalum, CVG, Maderas del Orinoco, Comsigua, Alcasa), Minerven, Complexo Siderúrgico Nacional, Saúde (Barrio Adentro: Coletivo 2 de Junho, Sistrasalud de Nueva Esparta y de Miranda), FETRAELEC, SINTRAINCES (seccionais Sede Central e Distrito Capital), SINBOTRAINTI, CANTV (delegado de prevenção), Coposa, Agropecuaria El Choro, Sindicato de Professores Universitários (UNELLEZ), Abastos Bicentenário (Caracas y Carabobo), Sindicato de trabalhadores de PDVSA Vassa, Sindicato do Calçado de Carabobo, Aproscello, CAAEZ, Fábrica Nacional de Cimento (SINTRABOICCA), Sindicato de Trabalhadores do Hotel Pipo, motoristas de carga pesada, Corrente Classista de Trabalhadores «Cruz Villegas» (CCT-CV), Esquerda Revolucionária, Frente de Profissionais e Técnicos «Belén Sanjuan», Bloco Popular Revolucionário (BPR) e organizações comunitárias de Caracas, Partido Comunista da Venezuela (PCV), entre outros.

Plano de ofensiva classista

Foi aprovado um plano de ofensiva classista e unitária em defesa do salário e das convenções coletivas, planejando uma saída revolucionária à crise capitalista.

Entre as ações acordadas destaca-se um piquete diante da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) em 15 de novembro, conjuntamente com forças camponesas e do movimento popular comunitário, exigindo que seja revertida a política salarial antioperária e a política econômica entreguista, demandando uma saída revolucionária para a crise.

Durante novembro e dezembro, em cada estado, se levarão a cabo assembleias, fóruns, plenárias e reuniões para unir forças e empreender fortes mobilizações regionais e nacionais.

Com o apoio dos legisladores e parlamentares do PCV, serão requeridos direitos ao uso da palavra nos respectivos conselhos legislativos e câmaras municipais para dirigentes operários de setores afetados pela política salarial do Governo ou por trabalhadores de empresas encerradas e desempregados.

Igualmente, será incrementado o apoio e acompanhamento às lutas que desenvolvem os trabalhadores e trabalhadoras elétricos(as) das empresas básicas de Guayana, de Abastos Bicentenário, da educação, saúde e demais setores da classe trabalhadora, pelo respeito a suas convenções coletivas de trabalho, pela preservação de conquistas históricas dos(as) trabalhadores(as), pela escala móvel de salários de acordo com a cesta básica, pelo respeito à liberdade sindical, contra demissões ilegais e por recontratação, contra a criminalização e judicialização laboral, em apoio às lutas campesinas e contra as máfias criminosas do campo.

O movimento operário e sindical classista se pronunciou contra as agressões do imperialismo e a direita internacional; contra as pretensões de reprivatizar as empresas estatais, por sua recuperação com um novo modelo de gestão democrático, sob a direção operária e popular; contra o reformismo entreguista, avançar até a conquista do poder pela classe trabalhadora, o campesinado e o movimento popular e comunitário.

Finalmente, se acordou conformar uma Coordenação Geral Unitária e Classista, para o que se convidarão outros setores e organizações para somarem-se a esta iniciativa.

Encuentro nacional sindical acordó ofensiva unitaria y clasista