Argentina: dezenas de milhares repudiam o G-20 e o FMI

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Dezenas de milhares de opositores à reunião partiram de San Juan e 9 de Julio com destino à Praça dos Dos Congresos. Preeminência de setores de esquerda, sindicatos e organizações sociais, entre as ruas cercadas e ostensiva presença policial de distintas forças.

Tensão calma é a definição que se pode outorgar ao clima que se viveu nas imediações do Congresso, onde culminou a marcha de partidos políticos de esquerda, sindicatos e organizações sociais, que ocupou o centro portenho. Em todo momento existiu um forte operativo policial, que incluiu também a guarda da Prefeitura localizada muito próxima da cerca de contenção.

As colunas massivas saíram da avenida San Juan e 9 de Julio e se dirigiram ao Congresso. Ali, quando caía a tarde, foi queimado um boneco de Donald Trump.

Antes da mobilização houve detenções: a polícia informou que foram seis detidos por porte de coquetéis molotov.

No começo ocorreu um ato da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT, sigla em espanhol), no qual se leu um documento que denunciava a “tentativa do presidente Mauricio Macri de utilizar a reunião do G20 para relançar uma ofensiva contra os trabalhadores” e se denunciou “a detenção de Guillermo Pistonesi, pertencente ao Partido dos Trabalhadores Socialistas (PTS) e dirigente da mesa nacional do FIT, detido na delegacia de Lugano por levar 30 handies da organização”.

As palavras de ordem da marcha foram “Não ao G20”, “Abaixo o acordo Macri-FMI”, “Fora Trump e demais líderes imperialistas”, “Fora Bolsonaro”, “Pelo não pagamento da dívida externa”, “Não ao ajuste, ao entreguismo e à repressão”. Entre os cânticos mais escutados se encontram “Que todos se vão”, “Não queremos mão forte, não queremos repressão, queremos para as crianças trabalho e educação”, “Unidade dos trabalhadores”, misturados com palavras de ordem contra a polícia.

Os milhares de manifestantes chegaram ao Congresso pela 9 de Julio, passando pela avenida de Mayo, tal como acordaram os organismos de Direitos Humanos, encabeçados pelo prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, com as autoridades da Nação.

Além da Prefeitura Naval Argentina por trás da cerca, se encontravam agentes da Gendarmeria Nacional e da Polícia Federal.

As organizações e partidos que marcharam foram FIT, PTS, Partido Operário (PO), Esquerda Socialista, Movimento Socialista dos Trabalhadores (MST), Central de Trabalhadores da Argentina (CTA) Autônoma, Associação de Trabalhadores do Estado (ATE), Confederação dos Trabalhadores da Economia Popular (CTEP), Confluência Não ao G20, A Poderosa, Polo Operário, Pátria Grande, Poder Popular, Coordenadora contra a Repressão Policial e Institucional (Correpi), Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (Sipreba, sigla em espanhol), Frente Popular Darío Santillán, Más, Corrente Classista e Combativa (CCC), Partido Comunista Revolucionário (PCR), CTA Capital, Sejamos Livres, Somos (agrupamento de Victoria Donda), Movimento Evita, Livres do Sul e Bairros de pé, entre outros.

Na primeira linha das colunas, se localizaram vários dirigentes, entre eles Myriam Bregman, Nicolás del Caño, Nora Cortiñas (Mães da Praça de Mayo Linha Fundadora), Néstor Pitrola, María del Cármen Verdú, Hugo Godoy, Claudio Lozano e Alejandro Bodart. A leitura do documento oficial da mobilização esteve a cargo de Norita Cortiñas.

FOTOS E VÍDEOS (DISPONÍVEIS NO LINK DO ARTIGO): RESUMEN LATINOAMERICANO

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2018/11/30/argentina-nog20-decenas-de-miles-de-manifestantes-repudiaron-al-g20-y-al-fmi/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)