Ô abre alas para o Comuna Que Pariu 2019: nenhum passo atrás!

imagemSambamos, amamos, resistimos e lutamos

E que venham mais 10 anos!

“Somos os campos, centros, guetos e favelas
Zumbis, Dandaras, Marielles, Marighellas”

História que vai e que vem, história que, quando parece que vai, engana, volta cinco casas. Quando podemos notar, temos um longo passado pela frente. Antigas sombras que aparecem materializadas diante de nossos olhos.

Nossos velhos filósofos já rabiscavam nos pergaminhos que a história não é uma linha e, menos ainda, reta. A história dá voltas em espirais que nos deixam tão tontos quanto os bêbados das manhãs de domingo na Lapa. É hora de a nossa classe botar um Engov pra dentro e retomar a trilha da emancipação.

Mais de setenta anos depois, está novamente em nossas mãos a tarefa de esmagar o inominável. E não iremos nos esquivar dessa bola que nos foi passada. Tentarão nos escravizar, aumentar a força do chicote: diremos não; tentarão nos fazer trabalhar até nosso leito de morte: diremos não; tentarão nos matar de fome e inanição: diremos não. Continuarão tentando ferir a cor de nossa pele, reprimir nossa forma de amar: diremos não. Não reconstruirão seus lucros com a nossa desgraça. É tempo de resistência, é tempo de ousadia, é tempo de coragem!

Não voltaremos pros armários, cozinhas e senzalas que encarceraram nossa essência. Já removeram nossas casas e nossas vidas, mas não deixaremos remover os nossos sonhos, que são intercontinentais. Que URSAL que nada: nossos sonhos não cabem apenas na América Latina.

Somos sem-terra, sem-teto, negros, negras, somos muitas formas de amor, somos santas, putas, somos trabalhadores, filhos da luta. Luta que se constrói no cotidiano das fábricas, favelas e escolas, empunhando sonhos e livros. Ah, os livros… eles odeiam os livros.

A primavera é nossa e é vermelha, cor do sangue de todos aqueles que deixaram, tatuadas em nossa história, as lutas que vão nos guiar em tempos sombrios.

Há dez anos o Comuna botou o bloco na rua. Começou a sua história contando as nossas lutas, as lutas daqueles que escolheram o lado mais difícil da vida, daqueles que não abaixaram e continuarão sem abaixar a cabeça para senhores ou patrões, capitães ou generais. O único rei que reconhecemos é o camarada Momo. Há dez anos engrossamos o coro dos descontentes que olham pra frente e subvertem uma ordem tão desordenada. Dez anos se tornarão tantos mais quanto forem precisos. Só pararemos quando assaltarmos a adega do Czar na vitória final.

O Comuna é uma das milhões de sementes deixadas por Marielles e Marighellas, que brota e se transforma em multidão, que toma as ruas, nosso lugar por direito conquistado. Vamos transformar fevereiro em mês de outubro outra vez, com a memória de revoluções que não se calam com a idade; enquanto houver miséria e opressão, ser comunista é a nossa decisão.

“Faz escuro mas eu canto, que a manhã já vai chegar”
(Thiago de Mello)

NEM UM PASSO ATRÁS, Ô ABRE ALAS! Resistiremos!
Agradecemos a todas e todos que estão com a gente há tantos anos nos dando força e segurança para seguirmos.
Dia 04 de março, dia do nosso desfile, precisaremos de todo mundo na rua com a gente pra fazermos um Carnaval épico nessa cidade!
Vamos compartilhar esse vídeo e fazer chegar em quem ainda tenha um pingo de sensibilidade nessa vida.
“A gente é foda! Parabéns pra todos nós!”

Acesse o vídeo com a história e o samba do Comuna!

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