60 anos de conquistas sociais e solidariedade internacionalista

imagemRevolução Cubana

O Poder Popular nº 38 (edição de fevereiro/2019)

A Revolução Cubana, que triunfou em janeiro de 1959, enfrentou inúmeros desafios internos e externos. Os maiores perigos vieram principalmente dos Estados Unidos, cujos governos promoveram uma política imperialista com vistas a, desde o início, destruir o regime socialista e as conquistas sociais e democráticas do povo cubano.

Cuba frustrou centenas de planos de assassinato contra os líderes da Revolução. Por quase 60 anos, os cubanos sofreram as consequências negativas do bloqueio econômico, financeiro e comercial ilegal e criminoso imposto pelos Estados Unidos. O bloqueio contraria os princípios da Carta das Nações Unidas e viola o direito dos Estados soberanos à paz, ao desenvolvimento e à segurança.

A população cubana foi submetida à escassez e ao sofrimento desnecessários. O bloqueio tem limitado e impedido o pleno desenvolvimento de Cuba com um impacto adverso sobre a economia cubana que custou centenas de milhares de dólares à nação. No entanto, nada conseguiu minar a determinação do povo cubano de defender a soberania nacional e seu direito à autodeterminação e à independência.

A Revolução Cubana e a Educação

Uma das principais conquistas da Revolução Cubana foi a erradicação do analfabetismo nos três primeiros anos após o triunfo. A campanha de alfabetização de 1961 foi inspiradora no sentido de melhorar o nível educacional de uma proporção relativamente grande da população analfabeta em 1959. Isso foi feito de forma eficiente e com custo relativamente baixo, com voluntários altamente motivados.

Os estudantes primários de Cuba ocupam o primeiro lugar do mundo no conhecimento de sua língua materna e matemática. O país também ocupa o primeiro lugar no mundo, com o mais alto número de professores per capita e o menor número de alunos por sala de aula. Todas as crianças com problemas físicos ou mentais estão matriculadas em escolas especiais, onde recebem educação de acordo com suas necessidades específicas. O ensino da computação e o uso de métodos audiovisuais foram agora estendidos a todas as crianças, adolescentes e jovens do país, tanto nas cidades quanto no campo.

Revolução Cubana e Saúde

Cuba conseguiu reorganizar seu sistema de saúde de modo a fornecer acesso universal à assistência médica. A Revolução Cubana alcançou excelentes resultados de acordo com os recursos que conseguiu dedicar ao setor da saúde. Devido a isso, seus indicadores melhoraram rapidamente e continuam sendo um dos melhores da América Latina e do mundo inteiro.

A taxa de mortalidade infantil em Cuba é inferior a 5 por mil nascidos vivos, o mesmo nível em muitos países europeus. A expectativa de vida de Cuba é de 78 anos para mulheres e 77 para homens, comparativamente superior a outras nações. Doenças infecto contagiosas, como a poliomielite, malária, tétano neonatal, difteria, sarampo, rubéola, caxumba, coqueluche e dengue, foram erradicadas. Outras, como o tétano, a meningite meningocócica, a hepatite B, lepra, hemofilia e tuberculose são totalmente controladas.

A Revolução Cubana e a solidariedade internacionalista

Por mais de 50 anos, desde o triunfo da Revolução, Cuba desenvolveu uma política internacional ativa de solidariedade com diferentes países, especialmente na África. Os cubanos cultivaram a fraternidade, a camaradagem e a solidariedade entre pessoas e povos no país e no exterior. Mais de 2.000 heroicos combatentes internacionalistas cubanos deram suas vidas cumprindo o dever sagrado de apoiar as lutas de libertação pela independência de outras nações irmãs.

Mais de meio milhão de cubanos cumpriram missões internacionalistas, como combatentes, professores, técnicos ou médicos e profissionais de saúde. Dezenas de milhares de profissionais de saúde serviram e salvaram milhões de vidas por mais de 50 anos. Através de métodos preventivos e terapêuticos, eles salvam centenas de milhares de vidas por ano e mantêm ou restauram a saúde de milhões de pessoas sem cobrar um centavo por seus serviços. No entanto, não existe uma única propriedade cubana nesses países. Nenhum outro país nos nossos tempos mostrou tanta solidariedade sincera e desinteressada.

Na realidade, a Revolução Cubana pertence não apenas aos cubanos, mas é também uma fonte de esperança para toda a humanidade progressista que tanto ganhará com a derrota da barbárie capitalista.

Texto baseado no artigo de Blade Nzimande, Secretário Geral do Partido Comunista da África do Sul (PCSA), disponível na íntegra em https://pcb.org.br/portal2/22035/reflexoes-sobre-a-revolucao-cubana/