Segue a luta contra a reforma da Previdência!

imagemCoordenação Nacional da Unidade Classista

No dia 10/07, foi aprovado em primeiro turno na Câmara dos Deputados, por ampla maioria de votos, o texto base da reforma da previdência. Além disso, os acordos entre as frações da burguesia para a inclusão de estados e municípios e da capitalização continuam sendo costurados.

A greve de 14/06 ficou aquém de nossas necessidades e a votação da reforma ocorreu com o gramado da Esplanada dos Ministérios vazio.

Somente na sexta-feira, dia 12/07, em Brasilia, estudantes e docentes que participavam respectivamente do Congresso Nacional da UNE e do CONAD-ANDES e alguns poucos e valorosos trabalhadores de outros setores marcharam em defesa da educação, das liberdades democráticas e repudiaram a reforma.

Tais acontecimentos se, por um lado, evidenciam o quanto é grave o recuo e a desorganização da classe trabalhadora no Brasil, por outro também demonstram que os setores que protagonizaram as exitosas jornadas de 15/05 e 30/05 continuam dispostos à luta.

Nesta semana, o fórum das centrais sindicais reuniu-se em São Paulo para fazer um balanço sobre a luta contra a reforma da previdência e pensar suas perspectivas. Neste encontro ficou claro que a maioria das centrais não queria ou não podia mobilizar os trabalhadores para a necessária greve geral. Ao final, as centrais aderiram ao calendário de lutas apontado pelas entidades ligadas à educação e à importante Marcha das Margaridas, nas seguintes datas:

• 06 de agosto: dia de mobilização nos Estados e em Brasília (data provável para iniciar/concluir votação do projeto em 2° turno na Câmara dos Deputados;

• 13 de agosto: dia nacional de mobilização, paralisações, protestos e manifestações, com atividades nas cidades, nos locais de trabalho e atos unificados;

• 13 de agosto: participar e fortalecer a Marcha das Margaridas, Brasília.

• 29 de julho a 2 de agosto: semana nacional de coleta de assinaturas do abaixo-assinado e aumentar a pressão nas bases dos parlamentares;

• 05 de agosto: apoiar a mobilização em defesa do SUS, em Brasília;

• 5 a 12 de agosto: semana de atuação na Câmara dos Deputados frente ao 2º turno da votação.

A aprovação do texto base na Câmara e a letargia das centrais não podem resultar no nosso recuo. É preciso intensificar os esforços para a luta contra a reforma da previdência durante toda a sua tramitação. Devemos continuar denunciando a burguesia, os seus lacaios e mobilizando os trabalhadores e a juventude, pois estas e todas as demais ações de resistência aos ataques construirão as bases para derrotarmos este governo e impulsionarão o próximo ciclo de lutas.

Apesar da necessária crítica, participaremos ativamente das ações estabelecidas no calendário promovido pelas centrais sindicais. Ao mesmo tempo, reafirmamos a necessidade de priorizar a construção do FÓRUM SINDICAL, POPULAR E DE JUVENTUDE, DE LUTA POR DIREITOS E LIBERDADES DEMOCRÁTICAS, os FÓRUNS DE LUTA EM DEFESA DAS APOSENTADORIAS, as FRENTES SINDICAIS CLASSISTAS e os TERRITÓRIOS SEM MEDO, pois a partir destes espaços, organizaremos ações de formação e mobilização da classe para colocar novamente na ordem do dia a luta pelo socialismo.

Avante, camaradas!
Construir a Greve Geral e Reorganizar a Classe Trabalhadora!

Unidade Classista, futuro socialista!