O papel social dos Correios e a defesa da Soberania Nacional

imagemCoordenação Nacional da Unidade Classista

Em meio a uma ofensiva política neoliberal, de caráter autoritário e subserviente aos interesses estrangeiros, as primeiras entidades a serem atacadas são aquelas que têm um papel estratégico para o país e que fazem parte da força que impulsiona a soberania nacional.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Brasil, conhecida popularmente como Correios, exerce um papel importante político, econômico e social para milhões de brasileiros e que está correndo o risco de ver uma das empresas de maior credibilidade nacional ser entregue ao mercado financeiro internacional, destruindo uma estatal com uma trajetória de 355 anos de serviços prestados.

A maioria da população desconhece o papel fundamental dos Correios. Não sabe, por exemplo, que ela é responsável pela distribuição dos livros pelo MEC e que é responsável pela operação logística para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), sem falar da distribuição das urnas durante todos os níveis de eleições municipais e gerais em todo o Brasil.

Não é percebido pela população que o “Banco Postal” (parceria entre os Correios e o Banco do Brasil) é importante para o acesso a maioria dos municípios brasileiros onde não existem agências bancárias e que acabam movimentando a economia local. Principalmente nas cidades mais afastadas dos grandes centros, já que os Correios estão presentes em todos os 5.570 municípios do país.

Sem esquecer que os Correios também fortalecem as campanhas do Ministério da Saúde e realizam a entrega de remédios em vários postos de saúde e vacinação. Desempenhando um papel singular para a prevenção contra doenças, nas campanhas do leite materno e no tratamento e combate a doenças através da distribuição de folhetos, cartazes e o importante apoio logístico.

Do ponto de vista dos serviços, muito se fala e pouco se conhece sobre o atendimento e os valores dos serviços oferecidos pelos Correios. Alguns detratores tentam colocar na cabeça da população que a empresa atende mal, por deter o monopólio de mercado do serviço. Nada mais falso do que essa afirmação, demonstrando o total desconhecimento acerca da empresa.

Primeiro, os Correios apenas detêm o monopólio sobre o serviço de cartas, isso é, apenas sobre a distribuição dos impressos e telegramas. Já com relação aos serviços de transporte de encomendas, ela oferece o serviço mais barato do mercado nacional. As demais empresas, além de cobrarem um valor muito mais alto, só atendem aos grandes centros. Essas empresas em geral atendem apenas dentro do seu limite territorial.

Outra mentira utilizada para tentar desmoralizar e justificar a venda da estatal é que a empresa custa caro para o contribuinte, uma mentira maldosa, já que os Correios são totalmente autossustentáveis. A empresa estatal utiliza o seus subsídios cruzados (324 postos dos Correios conseguem garantir o lucro para o funcionamento dos serviços em todo país) e ainda realiza uma grande operação logística sem precisar recorrer aos cofres públicos, sendo na verdade uma grande fonte de recursos para o Governo Federal.

Atualmente está ocorrendo uma campanha de difamação contra os Correios, organizada por um lobby de parlamentares articuladas com empresários do setor do transporte/logística que estão fazendo o possível para *destruir a ECT. O movimento sindical dos Correios propôs a fidelidade logística para que o governo federal e os governos estaduais façam seus serviços logísticos com os Correios para ajudar na retomada da credibilidade da empresa.

Por isso, é preciso que a população tenha conhecimento e participe da campanha da FRENTE AMPLA EM DEFESA DOS CORREIOS COMO EMPRESA 100% PÚBLICA, pois só assim vamos evitar a destruição desse importante patrimônio nacional, parte estratégica da comunicação e da economia, pois só com a unidade entre trabalhadores e o povo poderemos barrar qualquer tentativa de privatização da empresa com mais tempo em atividade no Brasil, os Correios.

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