Movimento Continental Bolivariano

imagemO MCB – MOVIMENTO CONTINENTAL BOLIVARIANO – RETOMA A INICIATIVA FRENTE À BRUTAL CONTRAOFENSIVA IMPERIALISTA: REATIVA SUAS FORÇAS E SUA AÇÃO!

Nunca antes nossa razão de ser foi tão relevante e necessária: contribuir para libertar a Pátria Latino-Americana-Caribenha da opressão imperialista e da voracidade do grande capital, e também acompanhar as lutas similares dos povos de outros continentes. É urgente dar um salto qualitativo nas ações das diversas correntes populares e revolucionárias e dos movimentos sociais que fazem parte do nosso Movimento Bolivariano Continental (MCB).

É urgente reativar as energias, expandir as forças e impulsionar as ações do MCB. Tanto o intenso e feroz contra-ataque do imperialismo, particularmente dos Estados Unidos e seus aliados em escala regional e global, como a crescente indignação e renovada disposição combativa dos povos atacados exigem essa determinação. Não podemos permanecer passivos ou hesitar diante das agressões sofridas pelos povos e Estados nacionais: golpes duros e “suaves”, terrorismo de Estado, promoção da desestabilização sedentária e do caos, guerras não convencionais de várias intensidades, híbridas, de quarta e quinta geração, pilhagem de suas riquezas, neofascismo, anulação de sua soberania, imposições neoliberais e ultraneoliberais e processos drásticos de recolonização.

É encorajador, ao mesmo tempo, que não haja rendição a este ataque destrutivo onde o recuo foi consumado ou onde se pretende impor o recuo. Os povos e suas vanguardas populares, revolucionários, trabalhadoras, camponesas e comunais resistem e lutam, acumulam novas experiências e forças para retomar a ofensiva insurgente com maior profundidade e projeção estratégica.

Os povos da Venezuela, Cuba, Coréia, Bolívia, Nicarágua, juntamente com seus governos, defendem galhardamente as suas conquistas e assumem sem hesitação a defesa de sua soberania e autodeterminação. A Colômbia resiste contra o ressurgimento do terrorismo de Estado, vítima de um acordo de paz traído, e contra as bases militares e contingentes de soldados gringos que sustentam a opressão. Na Argentina, no Brasil, em Honduras, no Haiti, no Paraguai, em Porto Rico e na República Dominicana, cresce a indignação contra as oligarquias mafiosas e seus governos corruptos e entreguistas.

Em todo o continente, as máfias empresariais, políticas e militares enfrentam um crescimento impactante da demanda popular pelo fim da corrupção e da impunidade. Avalanches migratórias recorrentes de massas empobrecidas desafiam a opulência das classes dominantes locais e das elites imperiais, e sua crueldade repressiva.

Rebeldias semelhantes e resistências heroicas ocorrem em outras latitudes do planeta e, especialmente, onde a chamada guerra antiterrorista global, implantada pelas potências capitalistas mais terroristas da história recente causou genocídios atrozes: Palestina, Síria, Líbia, Iêmen, Curdistão, Ucrânia, enquanto a camisa-de-força do capital financeiro sobrepõe-se à soberania de não poucos estados europeus e empobrece amplos setores populares e da classe trabalhadora.

Neste contexto regional e global, o MCB opta por reagrupar e realinhar suas forças, expandir suas fileiras e retomar a ofensiva popular revolucionária, para reativar suas estruturas de massa, políticas e orgânicas em todos os países, abrindo as portas para incorporações novas e nutridas.

Exortamos a todas as organizações políticas populares e movimentos sociais revolucionários que mobilizem suas fileiras, pratiquem a unidade de ação, promovam e acompanhem a torrente de rebeliões de todas as forças anti-imperialistas, anticapitalistas e antioligárquicas para assumir em unidade esse transcendente e inadiável compromisso.

Não há motivo para conciliar. Não há espaço para a genuflexão reformista. É hora de fertilizar a luta libertadora em defesa da humanidade, da natureza e do planeta Terra. Não há razões para abandonar ou renunciar a nenhuma forma ou modalidade de luta, e sim muitas para serem combinadas junto a todas as indignações, rebeldias e libertações.

É anti-histórico e inaceitável desistir da luta de classes e de libertação nacional. A emancipação nacional está necessariamente ligada indissociavelmente à emancipação social.

Em Bolívar e Che nos encontramos todos e todas!

PELA PÁTRIA GRANDE E PELO SOCIALISMO!

ATÉ A VITÓRIA, SEMPRE!

Narciso Isa Conde Coordenador da Presidência Coletiva do Movimento Continental Bolivariano

Carlos Casanueva Troncoso – Secretário Executivo – Diretoria Geral do Movimento Continental Bolivariano

Chamamento convocado em reunião conjunta do Partido Comunista da Venezuela (PCV), Juventude Comunista Venezuelana (JCV), Resistência para Libertação (RPL) da Argentina, Movimento Caamañista (MC) da República Dominicana, Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido Comunista do Paraguai (PCP), Iñaki Gil de San Vicente (membro da Presidência Coletiva), Carlos Casanueva (Secretário Executivo), Narciso Isa Conde (Presidência Coletiva), Capítulo Venezuela do Movimento Continental Bolivariano.

Caracas, agosto de 2019