Equador: Greve Geral contra o Pacotaço
Como o exemplo de Mama Transito e Mama Dulú, dirigentes históricos de nossa Federação Indígena do Equador e referências nacionais da luta indígena.
Contra o paquetaço neoliberal do governo fascista de Moreno e da oligarquia. Todas e Todos, à Greve Nacional!
#ContraElPaquetazoNeoliberal
#ALaHuelgaNacional
#TodosALasCalles
Manifesto do Partido Comunista do Equador
O Partido Comunista do Equador, diante da grave crise econômica e social por que atravessa o povo equatoriano em consequência da desastrosa e criminosa administração política do atual governo de Moreno, denuncia e manifesta:
Apoiamos decididamente a atitude do povo equatoriano em repúdio ao Decreto Presidencial que eleva o valor dos combustíveis, o que provocou de imediato o aumento do custo de vida, causando danos irreparáveis às classes populares, razão pela qual exigimos a revogação imediata do infame decreto.
A paralisação do país é uma manifestação heroica do povo equatoriano em exercício de seu direito constitucional à RESISTÊNCIA contra o nefasto governo de Moreno, cujas ações respondem às ordens do imperialismo norte-americano, através do Fundo Monetário Internacional.
O estado de exceção, longe de deter a firme atitude dos trabalhadores, motoristas, organizados ou não, camponeses e indígenas, tem provocado a unidade de todas as forças democráticas, progressistas e revolucionárias em defesa dos mais caros interesses do povo equatoriano.
O PCE exige que cesse imediatamente a repressão policial e que sejam libertados todos os cidadãos presos nas cidades e no campo do Equador durante os dias de protesto. Exigimos a interrupção imediata da repressão ao povo!
Esta situação demonstra a inépcia deste governo, a respeito do qual o povo deve decidir sobre a renúncia imediata da presente administração governamental e sua substituição por um governo democrático e popular que convoque uma Assembleia Nacional Constituinte a serviço dos interesses populares.
Winston Alarcón Elizalde – Secretário Geral do Partido Comunista do Equador
Manifesto das Federações Provinciais de Trabalhadores de Minérios ao país, à militância e às bases da CTE
Diante da grave crise econômica à qual nos levou o governo do presidente Moreno e do pacotaço econômico e trabalhista que a aprofunda, mediante o Decreto 883 que elimina o subsídio a gasolina extra, eco país e diesel, provocando a elevação das tarifas de transporte pesado e leve, dos ônibus escolares, etc, as organizações sindicais abaixo assinadas subscrevem este manifesto, pelo qual dizemos:
Este governo é o instrumento da estratégia geral do imperialismo e das oligarquias para consolidar e ampliar o sistema empresarial explorador em nosso país e na região.
O pacotaço de reformas econômicas e trabalhistas é uma traição ao programa com que foi eleito o dignatário, uma punhalada nas costas do povo trabalhador. Para os empresários, eliminação de impostos. Para os trabalhadores, instabilidade no emprego, redução de salários e das férias, fim do pagamento das horas extras, aumento das contribuições ao IESS (Instituto Equatoriano de Seguridade Social). Enfim, tem apenas o objetivo de acelerar a concentração de riqueza em mãos de 200 famílias de oligarcas, das empresas nacionais e estrangeiras, submetendo o povo equatoriano à mais espantosa miséria.
O decreto de estado de exceção, que levou às prisões centenas de homens e mulheres do povo, fez cair a máscara dos falsos democratas e nos mostra a verdadeira DITADURA EMPRESARIAL que nos oprime e subjuga.
Rechaçamos as manobras com as quais se pretende deixar passar as reformas trabalhistas, por meio da legislação.
Conclamamos a todos a continuar a luta, a aprofundá-la com a GREVE GERAL DO POVO, até derrubar o pacotaço, seus autores, cúmplices e acobertadores.
Continuamos reforçando a unidade das organizações que combatem o pacotaço: FUT, CONAIE, PARLAMENTO DO TRABALHO. E exortamos a concretizá-la em nível nacional e local com todas as organizações que lutam com os mesmos objetivos.
Esta é a hora da luta. Nenhum passo atrás, nenhum diálogo com o governo e seus serviçais quintacolunas.
Todos os responsáveis por impulsionar e apoiar o Pacotaço (Moreno, Lasso, Bucaram, Nebot, banqueiros e empresários, sob o comando da embaixada norte-americana e do FMI) não devem retornar ao poder. Que todos se vão!
Wellington Carpio – Presidente da FPTG
Washington Espín – Presidente da FTP
Ángel Obando – Presidente da FPTE
Bismark Bravo – Presidente da FPTO
Jaime León – Secretário Provincial
Solidariedade da FSM com o povo equatoriano
A Federação Sindical Mundial, única central classista internacional que aglutina 97 milhões de trabalhadores e trabalhadoras nos cinco continentes, externa sua solidariedade internacionalista e de classe com a classe trabalhadora e o povo equatoriano que se encontram em pé de luta contra o “pacotaço” de medidas antitrabalhistas do governo de Lenin Moreno.
A FSM se solidariza com as mobilizações do povo do Equador contra esta série de medidas que eliminam os subsídios às gasolinas e reduzem as prestações salariais dos servidores públicos, entre outros pontos. Além disso, repudiamos de maneira mais rotunda a repressão estatal que busca dobrar a resistência popular.
A FSM segue de passo firme ao lado das justas lutas do povo do Equador e exige que o governo venha a atender e satisfazer as reivindicações populares.
Secretariado da FSM
Atenas, Grécia – 8 de outubro de 2019
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)
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