Grécia: pelo direito à seguridade social

imagemKKE – Partido Comunista da Grécia

Com grandes manifestações, os trabalhadores de Atenas, Thessaloniki e um total de 61 cidades gregas protestaram, sob o apelo das Federações Setoriais e dos sindicatos, contra a nova lei do governo do ND, que adapta a lei anterior do SYRIZA, aprofundando ainda mais a privatização da seguridade social.

A greve maciça também se opôs ao sindicalismo patronal e governista, expresso pela liderança da Confederação Geral dos Sindicatos (GSEE), que apóia ativamente a estratégia do grande capital, aceita os critérios de competitividade e rentabilidade do capital, as chamadas “capacidades” da economia.

O ND mantém a arquitetura da lei SYRIZA correspondente. Está fazendo novas adições contra a previdência social para blindar a lei e superar as lacunas legais que justificaram dezenas de milhares de ações de aposentados.

Segundo a nova lei, a pensão é dividida em duas partes, a nacional e a contributiva, com base nos riscos e incertezas das bolsas de valores. O funcionário pagará suas contribuições de seguro, mas não saberá o valor total da pensão que receberá. O Estado garantirá apenas as menores pensões nacionais que permanecerem em níveis miseráveis.

Os mais de 80 bilhões de euros roubados dos fundos de pensão pelo Estado e pelos empregadores não serão devolvidos. Grandes cortes de pensões desde 2010 ainda vigoram.

A idade da aposentadoria é de 67 anos, para homens e mulheres, com a perspectiva de um aumento dependente da “expectativa de vida”.

Empurra grandes categorias de novos funcionários para as garras das companhias de seguros privadas. Abre o caminho para entregar a seguridade social pública à sanha de lucro das companhias de seguros privadas.

Ao mesmo tempo, trabalhadores em todo o país exigiram:

Abolição de todas as leis antipopulares do ND – SYRIZA, que são contra a Previdência Social.

Segurança social obrigatória, pública e universal.

Retorno das reservas roubadas dos fundos de pensão.

Aumento do orçamento da Saúde e Assistência Social, benefícios de saúde gratuitos e de alta qualidade para todos.

Revogação do aumento dos limites de idade para 67 anos. Limites de idade de 60 anos para homens, 55 anos para mulheres e 5 anos menos para categorias de trabalho pesado e perigoso.

Restauração da décima terceira e décima quarta pensão.

Pensão mínima de 80% do salário. Nenhuma pensão inferior a 600 euros.
Garantia total do Estado a todas as pensões.

Os sindicatos de classe, agrupados na Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME), que lideraram a greve, declaram que a luta contra esse novo ataque continuará. A bandeira dessa luta é o direito da classe trabalhadora de trabalhar e viver com base nas possibilidades contemporâneas de produção e ciência, de desfrutar dos benefícios da riqueza que produz. Uma luta ligada à perspectiva de outra organização social, econômica e política, sem capitalistas, que terá no centro o atendimento às necessidades populares contemporâneas de educação, trabalho e vida com direitos.
Dimitris Koutsoumbas: “o povo não esquece; quando se organiza, vence”

Em uma declaração aos representantes da mídia, o Secretário Geral do Comitê Central do KKE, Dimitris Koutsoumbas, da greve em Atenas, onde participou, disse:

“O governo do ND pagará caro pela continuação da demolição do sistema de previdência social, como o PASOK e o SYRIZA pagaram antes. Porque o povo grego não esquece, se organiza, vence”.

Tradução: Partido Comunista Brasileiro PCB

Fonte: https://inter.kke.gr/en/articles/The-struggle-for-contemporary-social-security-rights/