A Venezuela e o combate ao Coronavírus

imagemNicolás Maduro (Foto: Divulgação)

Luís Fernandes – professor de História e membro do Comitê Central do PCB

Apesar das grandes dificuldades por que passa a Venezuela por causa da guerra econômica contra o país ditada pelos EUA e a baixa internacional dos preços do petróleo, que tendem a aumentar ainda mais os problemas vividos pelo povo venezuelano, é possível perceber a enorme distância entre as propostas do presidente Maduro para enfrentar a crise do coronavírus com as iniciativas do desgoverno brasileiro e vislumbrar qual dos dois governantes é mais nocivo para o seu povo.

O PRESIDENTE MADURO FOI À TELEVISÃO EM REDE NACIONAL, NO DOMINGO DIA 22, TRANSMITIR AO POVO AS SEGUINTES INFORMAÇÕES:

1. A Venezuela tem 77 casos confirmados (a maioria na região central do pais). Até agora não existe transmissão comunitária. O país não tem nenhuma morte até o momento.
2. A Venezuela tem 20.000 médicos (venezuelanos e cubanos) totalmente mobilizados para o combate à pandemia, que estão fazendo visita casa por casa, para exame prévio.
3. O sistema informático de atendimento social “Sistema Pátria” fez uma pesquisa pessoal com 10 milhões de pessoas, e somente 16.000 disseram ter gripe ou alguma coisa parecida. Logo em seguida as 16.000 foram visitadas e fizeram exame. Apenas 7 tinham o coronavírus.
4. Nesta semana chegam 2 milhões de kits da China para teste de coronavírus, cujo resultado sai em uma hora.

O governo acelerou ainda outras medidas com a intencionalidade de melhorar ainda mais a quarentena social imposta a todos cidadãos e total isolamento do país, conforme segue:
5. Nenhum trabalhador pode ser demitido até dia 31 de dezembro.
6. O Estado venezuelano vai pagar os salários dos trabalhadores das empresas privadas por seis meses, para eles ficarem em casa.
7. Está proibido cobrar aluguel pelos próximos seis meses.
8. Fica proibido cobrar prestações e juros de todos os financiamentos em curso, pelos próximos seis meses.
9. Fica suspensa a cobrança das taxas de serviços de energia, água, gás.
10. Sete milhões de famílias vão seguir recebendo a cesta básica de alimentos (Clap), a cada 15 dias, até que a pandemia e o estado de emergência sejam finalizados.

Fonte: Telesur/MST