China livre da pobreza extrema

imagemFoto aérea do local onde foram realojados os habitantes da aldeia de Huawu, na província de Guizhou (Sudoeste da China)
CréditosYang Wenbin / Xinhua

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O presidente chinês afirmou, na última quinta-feira, que o país concluiu a «árdua tarefa» de erradicar a pobreza extrema, referindo que 98,99 milhões de pessoas saíram daquela condição nos últimos oito anos.

Numa cerimônia no Grande Palácio do Povo, em Pequim, Xi Jinping afirmou que a China alcançou uma «vitória total» na sua luta contra a pobreza e louvou o feito como «outro milagre da humanidade que entrará para a história», informa a agência Xinhua.

Graças aos esforços realizados pelo Partido Comunista da China (PCC), o país conseguiu debelar um fenômeno que existia há milhares de anos, permitindo que o povo veja agora concretizado o desejo de comida e roupa em abundância, bem como de habitação confortável, indica a mesma fonte.

Na ocasião foram homenageados mais de 1800 funcionários que perderam a vida ao cumprir a tarefa da erradicação da pobreza e condecorados outros que se destacaram nessa luta, para a qual o governo chinês destinou cerca de 248 mil milhões de dólares.

Além disso, refere a Xinhua, ao longo dos últimos oito anos Xi Jinping presidiu sete simpósios de trabalho sobre redução da pobreza, dirigiu mais de 50 investigações sobre o tema e visitou as 14 regiões empobrecidas contíguas da China.

Xi defendeu que a China se torna uma referência no combate à pobreza e contribuiu para a batalha mundial contra a miséria, na medida em que, desde 2012 e de «acordo com os padrões atuais», retirou da pobreza 98,99 milhões de pessoas nas áreas rurais, abrangendo 832 condados e 128 mil aldeias em todo o país.

Essas localidades, recordou Xi, viveram profundas transformações, pois a campanha contra a pobreza que a China lançou na sequência do 18.º Congresso Nacional do PCC implicou o realojamento em bairros com casas mais confortáveis, instalações de serviços públicos, melhores infraestruturas viárias, transportes e oportunidades de educação e emprego.

Apesar do feito alcançado, os níveis de rendimento das pessoas que recentemente saíram da pobreza são relativamente baixos, afirma a Xinhua, pelo que o chefe de Estado pediu esforços redobrados ao Partido Comunista para solucionar os problemas que os camponeses enfrentam na agricultura e consolidar, com a revitalização rural, os resultados da luta travada contra a pobreza.

Nas últimas quatro décadas, com as reformas e a abertura, a China retirou 770 milhões de pessoas da pobreza, o que representa mais de 70% da redução da pobreza a nível global, segundo critérios estabelecidos pelo Banco Mundial.

Com a erradicação da pobreza extrema, a China atinge a meta da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas uma década antes do programado.

Yang Yalin, chefe do Partido na cidade de Zhaotong (província de Yunnan), disse à Xinhua que a chave para o êxito no combate à pobreza é confiar firmemente na liderança do PCC. «Por mais dura que seja a noz, estamos determinados a abri-la, com os esforços concertados dos quadros e das massas», frisou.

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