O PCV apoia a luta dos trabalhadores das fábricas de cimento e insta o governo a reorientar sua gestão da empresa

«Esta situação coloca em relevo como uma cúpula administrativa pretende manejar uma empresa com o mesmo método capitalista tradicional, e estão sabotando sistematicamente a Missão Vivenda Venezuela e o processo revolucionário»,

Biró Político do Partido Comunista da Venezuela (PCV) (Foto: Tribuna Popular)

Caracas, 20 ago. 2012, Tribuna Popular TP (VIDEO) .- O Biró Político do Partido Comunista daVenezuela (PCV) expressou sua plena solidariedade com a luta que vêm desenvolvendo ossindicatos agrupados na Aliança Nacional dos Trabalhadores do Cimento (ANTRACEM) queresolveram iniciar um processo de Conflito Coletivo e instaram o Governo Nacional a interferir naproblemática e reorientar a administração da empresa até uma gestão socialista com participaçãoprotagonística das e dos trabalhadores.

Assim se manifestou Pedro Eusse, Secretário Nacional do Movimento Obreiro e Sindical do Comitê Central do PCV, que informou que no dia 17 de agosto os sindicatos de trabalhadores do cimento decidiram iniciar um processo de conflito coletivo e que, se não chegar-se a uma solução do problema no próximo dia 27 de agosto, poderão decidir por uma greve nacional da indústria de cimento.

«Nós queremos manifestar nossa solidariedade com a ANTRACEM e denunciamos a administração da indústria de cimento nacionalizada como os responsáveis desta situação pelas contínuas violações aos direitos dos trabalhadores», declarou Eusse.

No marco das violações aos direitos laborais dos trabalhadores em que incorre a empresa, se encontram: demissões ilegais e desacato às providências administrativas que ordenaram a recontratação dos demitidos; a violação às atuais convenções coletivas e a negativa de discutir uma Convenção Coletiva Nacional dos trabalhadores de cimento, detalhou o dirigente comunista.

Os trabalhadores também denunciaram uma falta de investimentos e a deterioração nas plantas produtoras de cimento, «situação que está produzindo um descrédito da decisão acertada de nacionalizar a indústria de cimento e que está favorecendo a estratégia das empresas transnacionais cimenteiras em função de recuperar o mercado nacional», enfatizou Eusse.

O PCV também denunciou ao Ministério do Poder Popular para o Trabalho e a Segurança Social, especificamente às Inspetorias do Trabalho que se negaram a receber a demanda conflitiva, «o que levou a uma maior complexidade do problema», assinalou.

Neste marco, o Partido Comunista da Venezuela (PCV) exortou às autoridades do Executivo Nacional para iniciar uma mesa de diálogo com as trabalhadores e que se busque uma saída negociada do problema com pleno respeito aos direitos dos trabalhadores.

«Queremos DIZER que os trabalhadores dos sindicatos agrupados na ANTRACEM estão com o processo revolucionário e, precisamente por isso se levantaram em pé de luta», enfatizou Eusse.

INDÚSTRIA DE CIMENTO MANEJADA COM CRITÉRIO CAPITALISTA

Para o PCV, seguindo muito de perto a problemática dos trabalhadores cimenteiros e da empresa, afirmou que «esta situação coloca de relevo como uma cúpula administrativa pretende manejar uma empresa com o mesmo método capitalista tradicional, e estão sabotando sistematicamente à Missão Vivenda Venezuela e o processo revolucionário», destacou o dirigente.

Os comunistas também exortaram a todos os setores envolvidos e, em particular, ao governo nacional, a mudar o modelo de gestão que existe nestas empresas, «É necessário que nas empresas nacionalizadas e todas as empresas sob propriedade estatal se estabeleça um modelo de gestão com participação protagonista dos trabalhadores, com seus Conselhos Socialistas de Trabalhadores e seus movimentos sindicais classistas para que exerçam um papel dirigente destas empresas e o controle social da comunidade», precisou Eusse.

SOLIDARIEDADE COM OS TRABALHADORES DE PORTOS

O Partido Comunista também manifestou sua solidariedade com os trabalhadores em portos de todo o país que também atravessam uma situação de dificuldades e que lutam pelo reconhecimento pleno de seus direitos.

DÍVIDAS COM OS TRABALHADORES DEMITIDOS DAS EMPRESAS POLAR

O PCV também denunciou que são milhares os ex-trabalhadores das Empresas Polar nas mãos da oligarquia, que estão demandando milhões de bolívares por conceito das prestações sociais, roubadas por esta empresa privada.

«As empresas do Grupo Polar não reconhecem a condição de trabalhadores assalariados de muitos de seus trabalhadores que estão iniciando um processo de luta que estamos acompanhando, contra o grupo oligárquico que conspira contra o processo de mudanças», assinalou finalmente o dirigente comunista, que é também Coordenador da Corrente Classista de Trabalhadores Cruz Villegas e membro da União Nacional de Trabalhadores (UNETE).

VIDEO: http://bit.ly/TQpqMp

Fonte: http://www.tribuna-popular.org

Tradução: PCB – PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO