Brasil quer conter presença chinesa na África

O governo federal quer aproveitar a viagem que a presidente Dilma Rousseff fará nesta semana à África para tentar reforçar ainda mais a presença das empresas brasileiras na região. O desafio, entretanto, é grande: além do desconhecimento de parte considerável do empresariado sobre as potencialidades do mercado africano, as empresas brasileiras precisam enfrentar a concorrência de outras companhias estrangeiras, principalmente da China. Está em jogo um mercado de aproximadamente 1 bilhão de consumidores, com demanda em alta pelos mais vários tipos de bens e serviços e um crescimento econômico superior à média mundial.

Dilma participará na sexta-feira da cúpula América do Sul – África (ASA), em Malabo, Guiné Equatorial. O tema do encontro é justamente o fortalecimento da cooperação entre países em desenvolvimento. Em seguida, ela desembarcará na Nigéria, parceiro considerado estratégico no continente.

“A China tem ganhado participação na África. Mas, em termos de comércio, o crescimento da participação da China na África não é em detrimento da participação brasileira. O Brasil também cresceu seu “market share” em detrimento de outros”, disse a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Tatiana Prazeres, destacando que a participação do continente africano nas exportações brasileiras passou de 3,9% para 5% entre 2003 e 2012 e as importações permaneceram em 6% do total no mesmo período.

Na avaliação de autoridades brasileiras, a oferta de linhas de crédito vem tendo um papel estratégico na disputa pelo mercado africano e os ambiciosos programas de financiamento da China têm feito a diferença. Como consequência, um grupo de trabalho coordenado pela Presidência da República discute novas formas de impulsionar o comércio com o continente africano. Um dos aspectos discutidos é o lançamento de mecanismos de financiamento.

Em 2010, registra um estudo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a China substituiu o Banco Mundial (Bird) como principal fonte de financiamento dos países africanos. Entre 2001 e 2010, os empréstimos concedidos à África pelo Exim Bank chinês, instituição voltada ao fomento às exportações e importações do país asiático, foram estimados em US$ 67,2 bilhões. Já os financiamentos do Banco Mundial nesse mesmo período totalizaram US$ 54,7 bilhões.

O próprio Banco Mundial já analisou a questão. No relatório “Construindo pontes: O papel crescente da China como financiadora da infraestrutura da África Subsaariana”, de 2009, o Bird mostrou que o crescimento do comércio entre a China e a África foi acompanhado por uma maior ajuda econômica oferecida pelo país asiático a partir de 2001. Em contrapartida, diversas obras de infraestrutura executadas pelos chineses na África têm como garantia ou são pagas com petróleo, minério de ferro, cromo ou cacau, diz o Bird. Hoje, a China é o principal fornecedor do continente, e encontra na África um destino para os seus produtos de alto valor agregado. O país asiático também se consolida como o maior comprador de produtos africanos, ultrapassando os Estados Unidos.

A China demonstra que pretende manter tal papel. Em agosto de 2012, anota o estudo do Ministério do Desenvolvimento, o país anunciou a concessão de crédito de US$ 20 bilhões em três anos para projetos de infraestrutura, agricultura e desenvolvimento na África.

Num ritmo mais tímido, o Brasil também tem disponibilizado apoio às exportações à região. Entre 2008 e 2012, por exemplo, o valor desembolsado por programas oficiais alcançou US$ 4,8 bilhões.

O Brasil ainda mantém uma série de programas de cooperação técnica com o continente. Cerca de 150 iniciativas em aproximadamente 40 países são mantidas pelo Brasil, segundo o Itamaraty.

Outro sinal da maior aproximação entre o Brasil e a África é o crescimento do total de empresas brasileiras que atuam no comércio bilateral. Enquanto o total de empresas brasileiras exportadoras caiu nos últimos anos, o número de empresas que vendem para a África subiu 39% entre 2003 e 2012, para 3.810. Já as empresas que importam produtos africanos totalizaram 1.739 em 2012, alta de 84%.

O Ministério do Desenvolvimento também prevê uma alta nas exportações de serviços por parte de empresas brasileiras e, consequentemente, uma elevação dos embarques de bens relacionados a esses projetos. Nas contas do ministério, cada US$ 100 milhões em exportações de serviços geram US$ 30 milhões em exportações de equipamentos e outros produtos.

“Esses investimentos brasileiros na África puxam consigo exportações de bens que de outra maneira dificilmente ocorreriam”, afirmou Tatiana Prazeres, destacando ser uma característica da balança comercial Brasil-África a atuação de “trading companies” de propriedade das construtoras brasileiras. “As exportações são feitas por uma empresa, a comercial exportadora, que traz produtos de empresas de menor porte.”


Comércio e indústria reforçam PIB fraco no 4º tri

Valor Econômico

Os dados do varejo, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elevam as chances de um resultado fraco para o Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2012. No terceiro trimestre, o PIB cresceu apenas 0,6% sobre o segundo. As projeções para o quarto situam-se entre 0,7% e 1%, mas os dados do comércio e da indústria nos últimos meses do ano deram força às projeções mais pessimistas.

Na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio ampliado mostrou alta de apenas 0,6% na comparação entre o quarto e o terceiro trimestre, uma expressiva desaceleração em relação ao resultado do terceiro trimestre sobre o segundo, quando o volume de vendas cresceu 2,1% sobre o segundo trimestre. O resultado do comércio ampliado, que inclui automóveis e construção civil, é o dado do varejo que mais se aproxima daquele utilizado pelo instituto para os cálculos do PIB.

Além do comércio, a indústria já havia sinalizado enfraquecimento. Do segundo para o terceiro trimestre, ela foi um dos setores que impediu um resultado ainda mais fraco do PIB. A produção do setor (pela Pesquisa Industrial Mensal do IBGE) cresceu 1% no terceiro trimestre sobre o segundo, ritmo que virou negativo no quarto trimestre em relação ao terceiro, quando a produção encolheu 0,3%.

Além desses dois segmentos, os dados já disponíveis de produção, importação e exportação de bens de capital e de execução de obras públicas não indicam que o investimento tenha reagido fortemente no último trimestre do ano. Pelo contrário, a produção de bens de capital, pelo IBGE, encolheu 2% no quarto trimestre sobre o terceiro, quando havia ficado estável (0,2%) sobre o segundo trimestre, sempre nos dados com ajuste sazonal.

A salvação do PIB no quarto trimestre pode vir, no entanto, do setor de serviços, um segmento para o qual existem poucos indicadores antecedentes. No terceiro trimestre, a queda do PIB de transações financeiras (de 1,3%) influenciou o resultado de serviços, que variou zero na comparação com o segundo trimestre, em um resultado que levantou muita polêmica sobre como o IBGE faz esses cálculos dentro das contas nacionais.

O resultado foi influenciado pela própria queda dos juros e do spread bancário, que continuaram em retração nos últimos três meses do ano. Em valores, os dados do Banco Central sobre novas concessões de crédito no último trimestre mostram alta nominal (sem descontar inflação e sem ajuste sazonal) de 5% na média diária em relação ao terceiro trimestre.

Em resumo, indústria, comércio e investimento não fecharam o ano com dados que animem as já fracas previsões para o PIB e reforçam a tese de que o país conviveu no fim de 2012 com uma equação curiosa (e difícil do ponto de vista da condução da política monetária), que combinou inflação em alta com atividade desacelerada.


Argentina e Brasil buscam salvar projeto da Vale

Valor Econômico

Os governos do Brasil e da Argentina decidiram juntar forças na tentativa de fazer com que a Vale mantenha vivo o gigantesco projeto de exploração da jazida de potássio de Rio Colorado, na província argentina de Mendoza.

Com investimento orçado em cerca de US$ 6 bilhões, o projeto está em compasso de espera desde dezembro do ano passado quando a mineradora brasileira decidiu reavaliar sua economicidade diante do aumento de custos gerado, principalmente, pela desvalorização do peso, a moeda do país vizinho.

Os dois países elegeram uma comissão formada por dois representantes de cada lado para coordenar as negociações em andamento. Segundo uma fonte do Itamaraty, os negociadores brasileiros são o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e o assessor especial de Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.

“Tanto nossos embaixadores em Brasília e Buenos Aires como as equipes designadas por nós e pela presidente Dilma Rousseff estão trabalhando denodadamente para que Vale continue na Argentina, continue com o investimento”, disse ontem à tarde o ministro das Relações Exteriores argentino, Héctor Timerman. A declaração contrasta com ameaça de cassação da licença de lavra da Vale que chegou a ser feita pelo governo de Mendoza. Para o ministro, “o projeto ainda vai dar muita satisfação para ambas as partes, para o investidor (a Vale) e para a República Argentina”.

A Vale informou em nota que o projeto não estava suspenso, apesar do recesso de fim de ano dos trabalhadores ter sido estendido até agora. No início do mês. Murilo Ferreira, presidente-executivo da Vale foi à Argentina e se reuniu com Francisco Perez, governador da Província de Mendoza. Participaram do encontro o Embaixador do Brasil, o ministro Fernando Pimentel e Sergio Leite, executivo da Vale no projeto. No encontro, foi acertado a data de 28 de fevereiro para a Vale apresentar um plano revisto dos investimentos no projeto do Rio Colorado e pagar os salários atrasados.


China vai dobrar produção de petróleo no exterior

Valor Econômico

A China está a caminho de produzir suficiente petróleo fora de suas fronteiras a ponto de rivalizar com membros da Opep como o Kuait e os Emirados Árabes Unidos, depois que suas empresas petrolíferas estatais gastaram um recorde de US$ 35 bilhões comprando concorrentes estrangeiras no ano passado.

Em sua primeira mensuração do impacto de recentes investimentos chineses em petróleo no exterior, a Agência Internacional de Energia (AIE, que representa os países importadores de petróleo) calcula que em 2015 as companhias petrolíferas chinesas deverão produzir 3 milhões de barris por dia no exterior, quase dobrando sua produção no exterior em 2011, pouco superior a 1,5 milhão de barris por dia e equivalente à produção anual do Kuwait.

“A China deverá tornar-se um importante país produtor fora de suas fronteiras”, disse Fatih Birol, economista-chefe da AIE, ao “Financial Times” durante a Semana IP, uma reunião anual da indústria petrolífera em Londres. “Uma parte significativa do aumento da produção estrangeira vem de negócios [fusões e aquisições] concluídos no ano passado.”

O surto de aquisições por empresas petrolíferas chinesas – e seus investimentos em tecnologias não convencionais de perfuração – está remodelando o setor petrolífero mundial.

Empresas petrolíferas chinesas, como a Cnooc e a Sinopec envolveram-se em uma onda de compras nos últimos anos, tendo gasto US$ 92 bilhões desde o início de 2009 em ativos petrolíferos e gasosos em diversos países – dos EUA a Angola -, segundo a Dealogic. No ano passado, essas aquisições atingiram o recorde de US$ 35 bilhões. Os negócios envolveram tanto associações como aquisições.

Alguns analistas e políticos temem que a China esteja “apoderando-se” de campos petrolíferos para garantir suas próprias necessidades energéticas. Análises da AIE e de outros observadores, porém, indicam que as empresas petroleiras de Pequim geralmente vendem sua produção no mercado internacional, em vez de transportar o petróleo à China.

Executivos chineses do setor petrolífero dizem que seria impossível, para eles, atender às necessidades energéticas de seu país por meio de aquisições no exterior, devido à enorme escala da demanda. A China é o segundo maior importador mundial de petróleo.

“Muitos grupos chineses no setor energético estão tentando assegurar uma produção fora de seu país”, disse Birol, acrescentando que os principais motivos são “interesses comerciais”.

A obtenção de tecnologias cruciais é outro objetivo das aquisições, principalmente visando perfuração em águas profundas, extração de gás de xisto e a exploração de depósitos de areias betuminosas.


Brasil elevou em 21% área com transgênicos

Valor Econômico

Mais da metade da área mundial com culturas geneticamente modificadas esteve em 2012, pela primeira vez, nos países em desenvolvimento e não nos desenvolvidos. A informação é do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA, na sigla em inglês).

As culturas transgênicas continuam avançando sobre as terras cultiváveis do mundo, segundo afirma a principal pesquisa anual sobre biotecnologia vegetal. A área plantada com transgênicos cresceu 6% no ano passado, para 170,3 milhões de hectares.

“Pelo quarto ano consecutivo, o Brasil foi o motor do crescimento mundial, aumentando sua área de culturas biotecnológicas mais do que qualquer outro país – um crescimento recorde impressionante de 6,3 milhões de hectares, 21% a mais que em 2011”, disse Clive James, fundador e presidente do conselho de administração do ISAA.

O total de 36,6 milhões de hectares em culturas transgênicas do Brasil – soja, milho e algodão – representa mais da metade da área plantada nos EUA, o país que mais tem culturas biotecnológicas. A Argentina está confortavelmente na terceira posição no ranking global dos transgênicos, com 23,9 milhões de hectares, à frente do Canadá, com 11,6 milhões de hectares plantados.

No outro extremo, Sudão e Cuba plantaram culturas transgênicas pela primeira vez em 2012. Com seu algodão biotecnológico, o Sudão tornou-se o quarto país da África a usar os transgênicos, depois da África do Sul, Burkina Faso e do Egito.

Enquanto isso, na Europa, as culturas transgênicas ainda estão presas no atoleiro político e jurídico. A Espanha é o único país da União Europeia a plantar culturas transgênicas em escala significativa, segundo mostra a pesquisa do ISAA, com 116 mil hectares de milho transgênico cultivados no ano passado.

A maioria das variedades transgênicas é elaborada para tolerar herbicidas, o que permite aos agricultores eliminar ervas daninhas com sprays químicos sem prejudicar as culturas, ou que elas resistam a pestes. Um número crescente possui “características combinadas”, que protegem as culturas das duas maneiras ao mesmo tempo.

De acordo com James, a tolerância à seca será a nova característica biotecnológica mais significativa a ser introduzida no futuro próximo, “porque as secas são, de longe, o maior obstáculo individual ao aumento da produtividade pela biotecnologia para culturas do mundo todo”. A Monsanto vai lançar o primeiro milho transgênico com tolerância à seca nos EUA este ano.

Monsanto e Basf doaram a mesma tecnologia para parcerias público-privadas que se esforçam para desenvolver milho com tolerância à seca adaptado para as condições africanas, onde a necessidade de resistência à falta de água é maior, diz James. Este pode estar disponível em 2017.

James é um defensor fervoroso da capacidade da biotecnologia de ajudar a melhorar a produtividade agrícola em áreas rurais pobres, sem provocar mais danos ao ambiente. “As culturas biotecnológicas são importantes mas não são uma panaceia e a adesão às boas práticas agrícolas como os rodízios e a gestão de resistência é um imperativo tanto paras as culturas transgênicas como para as convencionais”, afirma.


Dilma anuncia fim da pobreza extrema e PT dá início à campanha

O Estado de S. Paulo

Depois de passar as últimas se­manas assistindo à movimen­tação de possíveis adversários em 2014, a presidente Dilma Rousseff deu ontem a largada à campanha por sua reeleição. Em solenidade cuidadosamente planejada na véspera do ato político para comemorar, ho­je, os 10 anos do PT à frente do governo federal, Dilma anun­ciou que 22 milhões de brasileiros deixaram a situação de ex­trema pobreza desde que seu governo lançou o programa Brasil Sem Miséria.

“Falta muito pouco para a su­peração da pobreza extrema”, afirmou a presidente. Com esse intuito, o governo também anunciou que vai complementar a renda de 2,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família. A erradica­ção da pobreza extrema foi uma das principais promessas da cam­panha de Dilma e deve embalar o projeto de reeleição.

A concorrida cerimônia, com o slogan “O fim da miséria é só um começo”, de autoria do mar­queteiro João Santana, contou com a presença de pelo menos 13 ministros e dez governadores,  além de inúmeros parlamenta­res e presidentes de partidos.  Santana fez a campanha vitorio­sa de Dilma em 2010 e também a do ex-presidente Luiz Inácio Lu­la da Silva em 2006.

Dilma colou sua agenda à do  PT e criticou antecessores, co­mo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), sem citá-los nominalmente.

O presidente do PT, Rui Falcão, aproveitou a festa para dizer que Dilma “tem tudo para ser reeleita” Ele minimizou as possí­veis candidaturas presidenciais do governador de Pernambuco,  Eduardo Campos (PSB) – hoje na base aliada – e também da ex- senadora Marina Silva, fundado­ra de um novo partido, intitula­do “Rede Sustentabilidade”. “O governo não tem pedras no caminho”, enfatizou Falcão.

Criador. Em seu discurso, Dil­ma citou pelo menos quatro vezes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu legado e criticou a gestão tucana na área social. “Nós começamos em 2003, no governo do presidente Lula, quando unificamos programas sociais precários que até então existiam”, disse Dilma.

“Um País só pode retirar 36 milhões de pessoas da miséria com um programa como o Bolsa Fa­mília, quando além de ter a sensibilidade para a dor dos mais pobres possui também capacidade técnica, qualidade de gestão, ho­nestidade moral e coragem política para realizar um feito dessa magnitude”, gabou-se.

Depois de ressaltar que “o Bra­sil vira uma página decisiva na longa história de exclusão so­cial” com esta nova etapa do pro­grama Brasil Sem Miséria, que permitirá ao governo retirar mais 22 milhões de pessoas da miséria, a presidente classificou o seu projeto como o plano so­cial “mais focado, mais amplo e mais moderno do mundo”. “A tecnologia social mais avançada do mundo”, acrescentou.

Na tentativa de rebater as críticas dos adversários, que acusam o governo Dilma de “propagan­da enganosa”, a presidente ante­cipou a resposta: “Não estamos dizendo que não haja mais brasi­leiros extremamente pobres. O que estamos garantindo é que o mais difícil já foi feito. Dito em outras palavras: por não termos abandonando o nosso povo, a mi­séria está nos abandonando”.

A presidente enfatizou que o modelo de desenvolvimento construído no Brasil desafia a “lógica simplista, o disse me disse da política pequena”. O modelo, segundo ela, seria incompreendido pelos “conservado­res”. “É por isso que as correntes do pensamento conservador, aquelas mesmas correntes que quase empurram o mundo para o abismo da crise, insistem em não entender o Brasil e a origina­lidade do nosso modelo.”

Camponesas

No fim da tarde, Dilma reuniu-se com mulheres camponesas, no Parque da Cidade, e foi bastante aplaudida. A cerimônia transformou-se em mais um palanque eleitoral.

“Quando tomei posse como primeira mulher presidente, dis­se que um dos meus compromissos era honrar as mulheres. Por­que honrar as mulheres do meu País é a forma que eu tenho de expressar que eu devo às mulhe­res camponesas, trabalhadoras, que eu devo às mulheres desse Brasil inteiro (…) Estou aqui não por um milagre (…) Estou aqui porque milhões de brasileiras, de mulheres que lutaram nesse País, construíram a possibilida­de de eu estar aqui. Eu estou aqui porque vocês estão aí.”

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