BNDESPar pode ser propulsor de movimento na bolsa

O setor de tecnologia caminha para ser mais representativo na bolsa brasileira nos próximos anos. Após a Linx quebrar um jejum de quase dez meses sem aberturas de capital na Bovespa com uma demanda muito acima do esperado, a Senior Solution prepara para o dia 8 de março a oferta pública inicial de ações no segmento Bovespa Mais.

A BNDESPar, empresa de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), atuou nas ofertas iniciais de três das cinco principais empresas de tecnologia da bolsa – Totvs, Bematech e Linx -, e pode ser a principal propulsora desse movimento. Em dois anos, a instituição pretende levar ao mercado cinco empresas de tecnologia nas quais investe, afirmou Luciano Coutinho, presidente do banco, na estreia da Linx na bolsa, em 8 de fevereiro.

Um levantamento feito pela BNDESPar, a pedido do Valor, mostra que a empresa tem participação em 30 companhias de tecnologia da informação e comunicação (TIC). Entre elas estão a Linx e a Senior Solution.

Para Ricardo Correa, diretor da Ativa Corretora, o mercado carece de companhias com um crescimento forte e estável, característica do segmento de TI. “Há espaço para outros nomes além da Totvs”, diz o executivo. A Linx compete com a Totvs no segmento de softwares para o varejo, embora seja bem menor que a rival.

Pela pouca representatividade do setor na bolsa até agora, o cenário mais provável é que não haja uma disputa acirrada pelo dinheiro dos investidores, embora persista uma grande a expectativa pela entrada de novas companhias de TI, diz Alex Pardellas, analista da Caixa Geral de Depósitos. O país ainda não tem um índice para o setor, enquanto, nos Estados Unidos, a bolsa que reúne empresas de tecnologia como Apple e Facebook, a Nasdaq, é referência no comportamento do mercado acionário.

A Linx acumula alta de 15,56% desde sua estreia na bolsa, com base no preço de fechamento de ontem. Apesar de disputar o segmento com a Totvs e a Bematech, as ações das concorrentes mostram um desempenho descolado. Os papéis da Totvs recuaram 1,12% no período e os da Bematech subiram 7,53% desde o dia 8.

O volume financeiro, no entanto, caiu com a chegada da Linx. Em 11 pregões, até terça-feira, a média financeira registrada pela Totvs foi de R$ 17,2 milhões, frente aos R$ 21,4 milhões dos 11 pregões anteriores. Na mesma base de comparação, o volume da Bematech caiu de R$ 2,3 milhões para R$ 1,4 milhão. O volume médio da Linx é de R$ 30,3 milhões em 11 pregões, contado o giro atípico de R$ 251,9 milhões no primeiro dia de negociação.

O segmento de softwares para o varejo, no qual a Linx se concentra, representou 28% da receita da Bematech no terceiro trimestre. A divisão de equipamentos é a principal fonte de receita da Bematech e foi responsável por 62% do faturamento no terceiro trimestre de 2012.

As empresas de software traçam um caminho mais bem-sucedido que as fabricantes de equipamentos desde a estreia na bolsa. A ação da Totvs, que estreou em março de 2006, desponta com uma valorização de 676,8% até o fechamento do dia 22, e os papéis da Linx acumulam alta de 14,4% em 11 pregões. Já a Bematech e a Positivo têm baixas de 30,9% e 77,7%, respectivamente.

A disputa por clientes é menos acirrada entre as fabricantes de softwares, pois o custo para a troca de sistemas é muito alto, diz Correa, da Ativa. Além disso, o setor empresarial do país está em um processo crescente de profissionalização e os contratos geralmente estão atrelados à inflação.

O Brasil é o segundo maior mercado de tecnologia da informação (TI) entre os países emergentes, por isso há uma grande aposta em inovação e crescimento. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), o mercado interno de softwares e serviços (excluída a exportação) vai superar US$ 60 bilhões até 2020, o que representa uma taxa média de crescimento de 13,3% ao ano no período.

Entre as fabricantes de equipamentos, a Positivo Informática é dependente do governo e sofre competição intensa dos fabricantes internacionais, segundo analistas. Por sua vez, a Bematech está em meio a um processo de recuperação para reverter prejuízos, diminuir a dependência das impressoras fiscais e capturar as sinergias de uma parceria feita com a Elavon, gigante credenciadora de cartões nos Estados Unidos.

A Senior Solution arquivou o pedido de oferta em 19 de dezembro. A expectativa é levantar R$ 70 milhões com a operação, na qual o BNDES pretende vender 915,8 mil papéis e captar cerca de R$ 13,3 milhões, com base no preço estimado de R$ 14,50 por ação. A participação do braço de investimentos será reduzida de 21,5% para 7,3%.

Na abertura de capital da Linx, a BNDESPar reduziu a fatia de 21,7% para 10,8% e captou R$ 67,5 milhões. Há quase sete anos, o banco se desfez de 948 mil ações na Totvs e embolsou R$ 30,3 milhões. Na época, permaneceu com 7,6% de participação, que hoje é de 3,9%.

No fim de janeiro, a BNDESPar aprovou um aporte de R$ 110 milhões na Padtec, fornecedora de sistemas de comunicações ópticas controlada pela holding Ideiasnet. A Padtec faz parte de um portfólio de investimentos do BNDESPar que inclui nomes como BRQ, CI&T, OpenCommerce, Quality Software e Six Semicondutores.

Apesar do potencial do país, a falta de mão de obra qualificada é um dos principais desafios. “É um setor que precisa de mão de obra intensiva e especializada, mas, dada a escassez, os custos são pressionados”, diz Pardellas. As condições de mercado, acrescenta o especialista, também serão determinantes para a concretização das ofertas programadas para 2013 e 2014.


Real: a maior valorização entre as principais moedas

O Globo

Com a mudança de estratégia do governo em relação ao mercado de câmbio, e a consequente queda da cotação do dólar, o real se tornou a moeda com maior valorização do mundo este ano, numa lista que inclui as 16 principais moedas do planeta. O real avançou 3,50% em 2013 até ontem, liderando com folga o ranking das divisas, segundo dados da agência Bloomberg News. Isso significa que o custo de se comprar dólares no Brasil caiu mais do que em outros lugares. Para especialistas, a valorização deve continuar, com o governo usando a cotação do câmbio para tentar reduzir a inflação no país.

Depois do real, apenas outras duas moedas ganharam terreno frente ao dólar americano: a coroa sueca, com um avanço de 1,14% no ano; e o peso mexicano, com alta de 0,69%. Outras 13 divisas se enfraqueceram, com destaque ao rand sul-africano (-3,90%), iene (-5,87%) e libra (-6,77%).

Segundo Felipe Pellegrini, gerente da mesa de operações do banco Confidence, a valorização do real reflete as intervenções do governo brasileiro, como as vendas de moeda pelo Banco Central (BC) e a revogação de medidas que restringiam a entrada de dólares.

– O real valorizado torna produtos importados mais baratos, o que ajuda a reduzir preços no país. Mas acho que a moeda tinha também ultrapassado um limite de alta – avalia Pellegrinni.

Ontem, o dólar comercial fechou em queda de 0,60%, a R$ 1,974. A baixa foi intensificada após a presidente Dilma Rousseff declarar que está comprometida em manter a inflação do país sob controle e o câmbio flexível.

João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, lembra que, no ano passado, o real tinha recuado forte frente ao dólar e teria, portanto, “gordura para queimar” em 2013. O dólar avançou 9,31% no ano passado, para R$ 2,043.

– O governo incentivou a alta em 2012 mirando o crescimento, mas acertou a inflação. Existem setores relevantes que são grandes importadores, como petroquímico e eletroeletrônico. É uma clara falta de planejamento da parte do governo – avalia Medeiros.


Geradoras querem ajuda para pagar rombo de R$ 4 bi

O Estado de S. Paulo

Uma mudança na regulação do sistema elétrico brasileiro, incluída no pacote de renovação antecipada das concessões do setor, abriu um rombo de R$4 bilhões nas contas das geradoras de energia no início deste ano. Enquanto o governo ainda decide como fazer para salvar as distribuidoras em dificuldades por causa do contínuo uso de termoelétricas, as empresas de geração também se articulam para obter ajuda do Tesouro Nacional.

Todas as geradoras de energia do País participam de uma espécie de “condomínio” chamado de Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), que compartilha e dilui os riscos de falta de água das usinas. Assim, quando uma companhia tem dificuldade em gerar a quantidade de eletricidade que necessita para comercializar o que já foi contratado pelas distribuidoras (a chamada garantia física), ela recebe essa energia de outros empreendimentos do MRE. Com isso, a falta de geração em períodos de seca é bancada de forma proporcional pelas empresas do sistema.

Pelas regras anteriores, em todo mês de dezembro, as companhias de geração precisavam definir os montantes de energia que necessitariam, mês a mês, para o ano seguinte, o que no jargão do setor é chamado sazonalização. Mas, por causa da definição das cotas de distribuição da energia renovada pelo pacote do governo – que só ocorreu este ano – a sazonalização para 2013 foi jogada para fevereiro, o que criou um problema financeiro para as empresas em janeiro. Exagero. Gomo os reservatórios estavam em baixa, todas as companhias elevaram bastante os montantes de energia solicitados em janeiro. Com isso, a falta de eletricidade no MRE foi muito maior que o normal, forçando as empresas a comprarem energia no mercado à vista a preços muito mais altos.

Segundo estimativas das empresas, essa falta de energia no MRE seria de cerca de 10% por causa da seca, mas esse comportamento das empresas elevou a diferença entre a garantia física e o que de fato foi gerado para 26%. Q prejuízo estimado chega a R$ 4 bilhões. “Houve um comportamento de manada, pois a companhia que não elevasse sua previsão teria de arcar com um impacto negativo muito maior. Só um agente muito ingênuo não faria isso”, disse uma fonte.

Curiosamente, as únicas geradoras que não tiveram tanto prejuízo foram aquelas que não aceitaram a proposta do governo de renovação antecipada das concessões das usinas: Cesp, Cemig e Copei. Se, por um lado, elas também sofreram com o descompasso entre oferta e demanda no MRE, por outro, tinham energia descontratada de sobra para vender no mercado à vista.

Irresponsáveis

A avaliação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é de que os agentes do setor foram irresponsáveis ao elevar suas garantias físicas, mesmo sabendo da situação hidrológica desfavorável. Mas executivos das geradoras alegam que o próprio governo retirou o mecanismo de proteção do setor ao adiar a sazonalização deste ano.

Enquanto o governo tenta fechar um pacote de ajuda às distribuidoras – que estão arcando com despesa extra mensal de R$ 1,5 bilhão por causa do uso das termoelétricas as geradoras já montaram planilhas para percorrer a Esplanada em busca de ajuda. “Ainda há tempo, pois a liquidação desses valores só acontecerá em março. A bomba ainda não explodiu no caixa das empresas”, conclui a fonte.


Baixo investimento em construção trava expansão

Valor Econômico

A avaliação de que a carência de investimentos produtivos é o principal obstáculo a emperrar o crescimento da economia brasileira pode ser um diagnóstico impreciso do problema. Um estudo da LCA Consultores, que decompõe a taxa de investimento e a compara internacionalmente, indica que o gargalo está muito mais em construção (instalações de empresas, residências e infraestrutura) do que em máquinas e equipamentos – a outra parcela da formação bruta de capital fixo (FBCF).

Com uma taxa média de investimento, entre 2002 e 2011, de 17,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil fica no 173º lugar entre 207 países, a partir de dados da ONU. São quase seis pontos percentuais abaixo da média do grupo, de 23,3%. Em um universo menor, de 54 países que representam 85% do PIB mundial, a situação do Brasil não muda muito em relação ao total da amostra. O país fica no 50º lugar do ranking, cuja taxa média é de 22,1%.

As mudanças ocorrem quando a taxa é decomposta. Considerando apenas o volume de investimentos sob a forma de gastos com máquinas e equipamentos entre 2002 e 2011, a posição relativa do Brasil sobe 27 posições, para o 23º lugar. A taxa de investimento em máquinas e equipamentos, de 9,9%, fica acima da média de 9,5% apresentada por todos os 54 países.

Quando se consideram os gastos feitos apenas com a parcela da FBCF relativa à construção, o quadro piora sensivelmente. O Brasil cai para a 51º posição, à frente apenas da África do Sul. Nesse caso, a taxa média de investimento do país no período cai para 7,4% do PIB, ficando bem abaixo da média de 12,5% apresentada pelo grupo.

Ao se olhar para países que costumam ser comparados ao Brasil, não há alívio. A taxa total de investimento do Chile é de 21,4%, com 7,7% do PIB voltados para máquinas e equipamentos e 13,6% em construção – acima da média mundial, de 12,5%. Entre os Brics, a Índia investe 31,1% do PIB, com uma taxa “ex-construção” de 13,7%, e de 17,4% em construção. Sem falar na China, com uma taxa de investimento de 41% sobre o PIB, 16% em máquinas e equipamentos e quase 25% em construção.

Para Francisco Pessoa, economista da LCA, o fôlego reduzido dos investimentos em construção pode responder a inúmeros fatores, como à dificuldade em capturar o segmento informal de construção civil no Brasil, ou à uma questão de contabilização, já que construir uma casa no Brasil pode ser muito mais barato. “Outra possibilidade talvez seja o fato de que o governo investe pouco em infraestrutura e tem dificuldades de estimular a iniciativa privada”.

Segundo Pessoa, na ânsia de dar respostas ao problema dos investimentos, a leitura do número cheio sem detalhamento pode levar à definição errada de políticas. “Um esforço de valorizar o real, por exemplo, ajudaria a importação de máquinas e equipamentos. Mas esse tipo de investimento, aparentemente, já está dentro da média mundial”.

Na terça-feira, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse ao Valor que os desembolsos do banco no primeiro bimestre do ano indicam uma retomada do investimento no setor de máquinas e equipamentos, caminhões e ônibus. Resta saber como está o comportamento da construção.

Pessoa diz ainda que o governo expandiu sua dívida nos últimos anos, gastando demais com custeio e juros, o que diminuiu o espaço para gastos com investimento. “Agora estamos correndo atrás. Anunciaram um plano de concessões de ferrovias e rodovias, taxas de retorno maiores para a iniciativa privada e programas de investimento específico, o que é interessante.”

Questão fundamental, diz Pessoa, é tentar definir melhor as prioridades. “Diante de toda a carência que temos, faz sentido construir trem de alta velocidade?”, questiona. “É preciso gastar melhor, sendo mais eficiente no gasto público”.


Vale tem primeiro prejuízo em 10 anos

O Estado de S. Paulo

A Vale teve prejuízo de R$ 5,628 bilhões no quarto trimestre de 2012, o primeiro resultado negativo trimestral desde 2002. Com isso, o lucro líquido do ano foi de R$ 9,734 bilhões, queda de 74,3%

A mineradora Vale registrou no quarto trimestre do ano passado prejuízo de R$ 5,628 bilhões, o primeiro resultado negativo trimestral desde 2002 e a maior perda da história da empresa. Com isso, o lucro líquido de 2012 foi de R$ 9,734 bilhões, queda de 74,3% em relação a 2011 e o pior resultado anual desde 2004. 0 prejuízo no último trimestre do ano passado deveu-se basicamente a baixas contábeis e já era esperado pelo mercado.

O último resultado no vermelho da mineradora foi registrado no terceiro trimestre de 2002, de US$ 150 milhões. Ao divulgar os dados na noite de ontem, a companhia informou que o lucro líquido básico – excluindo o efeito de itens não caixa não recorrentes, como as baixas contábeis – foi de R$ 22,2 bilhões ano passado, ante R$ 39,2 bilhões em 2011, queda de 43,4%. A empresa se disse impactada pelo menor crescimento da economia global. “Uma das conseqüências do cenário macroeconômico adverso foi a queda generalizada dos preços de minérios e metais”, diz a empresa no balanço.

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, procurou sinalizar para uma melhora de preços neste ano. “Acredito que o mercado será menos volátil e com demanda maior por matéria-prima”, afirmou Ferreira, em teleconferência. O executivo reforçou o compromisso da mineradora com corte de custos e eficiência.

A estratégia, segundo Ferreira, será a companhia manter uma carteira de projetos menor, mas, com potencial para remunerar de forma “extraordinária” o acionista. Ferreira reiterou o foco no desenvolvimento do projeto Serra Sul, orçado em quase US$ 20 bilhões. Em 2012, os investimentos da Vale foram de US$ 17,7 bilhões, inferior aos US$ 21,4bilhões previstos inicialmente.

As baixas contábeis com ativos somaram R$ 8,211 bilhões. Estão incluídas aí operações de níquel de Onça Puma (R$ 5,770 bilhões), no Pará, e minas de carvão na Austrália (R$ 2,139 bilhões). Outra parte das baixas, de R$ 4,002 bilhões, referem-se a investimentos, incluindo a siderúrgica CSA, no Rio, parceria com a alemã ThyssenKrupp.

A CSA custou uma baixa de R$ 1,8 bilhão à Vale. Segundo Ferreira, abaixa não teve relação com o processo de venda da siderúrgica, que está sendo negociada pela Thyssen. O executivo sustentou que, por causa dos problemas ocorridos no início da operação da CSA, a Vale teve de fazer ajustes.

O prejuízo da Vale no quarto trimestre estava dado, lembrou o    estrategista-chefe da corretora SLW, Pedro Galdi, porque as baixas contábeis já eram esperadas pelo mercado. Todas as projeções levantadas pelo Broad-cast, serviço em tempo real da Agência Estado, indicavam prejuízo, oscilando de US$ 516 milhões a US$ 2,859 bilhões, no padrão contábil americano.

Segundo Galdi, seria mesmo melhor para a empresa “limpar” logo o balanço, para poder “fazer bonito” neste ano. “O resultado de 2012 já estava contaminado”, disse Galdi, em entrevista antes do anúncio do balanço.

A receita operacional nos últimos quatro meses de 2012 totalizou R$ 24,707 bilhões, subindo 11,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Segundo a Vale, o aumento ocorreu principalmente por causa da elevação de preços na passagem do terceiro para o quarto trimestre.

No quarto trimestre, o preço  médio do minério de ferro foi de  US$ 93,66 por tonelada, ante US$ 83,69 no período imediatamente anterior. Na média anual, porém, o preço de 2012 ficou em US$ 96,77 por tonelada, ante US$ 136,07 em 2011.

Galdi destacou ainda que as baixas contábeis com desvalorização de ativos estão afetando os resultados de todas as grandes mineradoras globais – BHP, Anglo American e Rio Tinto. As três anunciaram mudanças no comando nos últimos meses. “Quando as empresas compraram ou investiram nesses ativos, eles valiam 100, agora valem 20”, disse Galdi, lembrando que as baixas contábeis fazem parte de um processo de adaptação das companhias a um novo cenário internacional após 2008.

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