Ivan Pinheiro e Mauro Iasi debatem proposta de Poder Popular no Rio de Janeiro

O auditório do Sindicato dos Professores (Sinpro) do Rio de Janeiro recebeu, na noite dessa quinta-feira (04/07), debate convocado pelo PCB, a UJC e a Unidade Classista com o secretário-geral do PCB, Ivan Pinheiro, e Mauro Iasi – presidente da Adufrj e integrante da Comissão Política Nacional do Partido.

Em pauta, as manifestações de rua que ocupam o território brasileiro desde junho, e que tiveram no aumento das tarifas de ônibus seu estopim, e os desdobramentos dessas manifestações para a luta dos comunistas e revolucionários no Brasil.

As intervenções – tanto as de Ivan e Mauro quanto as dos integrantes do plenário – se centraram na proposta que o Comitê Central do PCB divulgou no início da semana: contra os pactos propostos por Dilma, pela construção do poder popular.

Leia as últimas resoluções do Comitê Central do PCB:

– Não ao Pacto da Dilma e do PT: avançar e criar o Poder Popular

– Frente anticapitalista para avançar!

A nota deixa claro para os trabalhadores que o PCB não aposta em qualquer saída para a crise do capitalismo – e sua consequente crise de representação política – sem que o mesmo (o capitalismo) seja posto em chequem, o que não foi sinalizado pelas propostas do governo.

“Logo de início Dilma propõe o pacto pela responsabilidade fiscal, dizendo que ouviu as vozes das ruas. Eu, que sai às ruas, não vi nem faixas nem pessoas gritando “pela responsabilidade fiscal’ “, afirmou Mauro Iasi, para desmascarar a manutenção do compromisso do PT com a burguesia financeira e a sangria de recursos públicos em prol de banqueiros e financistas que saqueiam o país através do pagamento dos “juros e serviços da dívida”.

“Não há possibilidade de golpe com tanques nas ruas, a maior parte da burguesia é aliada do governo petista, depende dele para manter os movimentos anestesiados e elevar sua extração de mais valia”, corroborou Ivan, para ressaltar que o caminho proposto pelo PCB é uma alternativa de construção àqueles que não pretendem mais se render à farsa de democracia burguesa que a cada dois anos chama o povo a legitimar as opções burguesas nas urnas”, completou Ivan.