Fifa teme por novos protestos – ‘Talvez o Brasil não seja a sede correta’

 

– Se isso acontecer em 2014, então poderemos questionar se fizemos uma escolha errada. Mas não vai acontecer. Estou confiante. O Brasil vai fazer uma grande Copa. É o lugar certo – disse Blatter em entrevista à agência de notícias alemã DPA, na Áustria.

Blatter vai discutir os protestos e outros temas relacionados à Copa com a presidente Dilma, em setembro. Na Copa das Confederações, a Fifa foi surpreendida pelos confrontos violentos entre polícia e manifestantes. Entre os alvos das críticas dos manifestantes estavam os gastos públicos com o Mundial. A Fifa se viu forçada a negar que estivesse considerando retirar o Mundial do Brasil por causa dos protestos.

Turistas gastaram mais

Mesmo com os problemas, a Copa das Confederações foi um bom negócio para o país. O gasto médio dos turistas estrangeiros durante a competição atingiu R$ 4.854, enquanto os brasileiros desembolsaram em média R$ 1.042 entre despesas com hospedagem, transporte e alimentação. Os dados são do Ministério do Turismo, que divulgou a segunda rodada de levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

– É um gasto superior à média dos turistas internacionais no país, que, raramente, ultrapassa os R$ 2.500 – disse José Francisco Lopes, diretor do departamento de Estudos e Pesquisas do ministério à agência Valor Econômico. – O turista de grandes eventos tem renda média familiar de R$ 25 mil.

A permanência média no Brasil foi de 14,4 dias entre os visitantes de fora. A maior parte do público nacional foi de paulistas (30,2%), seguidos por pernambucanos (8,3%), mineiros (6,7%) e fluminenses (5,8%). Entre os turistas internacionais, os mexicanos foram 30,9%, seguidos por americanos (13,7%), uruguaios (9,2%), espanhóis (7,4%) e japoneses (7%). A Fipe entrevistou 10 mil turistas brasileiros e estrangeiros nos arredores dos estádios, hotéis, comércios e locais de retiradas de ingressos das seis cidades-sede e quatro mil estrangeiros nos aeroportos de Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Salvador, Rio, Recife e São Paulo.

Copa no inverno

Blatter disse que a Copa de 2022 deve ser transferida para o inverno, por causa do forte calor no Qatar durante o verão, com temperatura de 50 graus.

– A Copa deve ser uma festa do povo. Você pode esfriar os estádios, mas não todo o país. Você não pode simplesmente arrefecer o ambiente de uma Copa. Os jogadores devem ser capazes de jogar nas melhores condições. Ainda temos tempo. Vou abrir discussões no comitê executivo, em outubro.

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Brasil mobiliza 15 mil militares e R$ 70 mi

O Estado de S. Paulo

O esquema do Ministério da Defesa para a atuação durante a visita do papa Francisco é grande: 10.266 militares estarão envolvidos na operação. Outros 4 mil permanecerão em alerta, elevando o dispositivo para perto de 15 mil – cerca de 7 mil homens e mulheres das Forças Armadas a mais que o estimado há apenas duas ou três semanas.

O custo de toda a movimentação, de acordo com a estimativa oficial para os grandes eventos, está na faixa dos R$ 70 milhões. O total de investimentos cobrindo desde a conferência ambiental da ONU, a Rio+20, até a Olimpíada, em 2016, vai bater em R$ 710 milhões – a metade da previsão inicial, de 2010.

O papa Francisco poderá escolher para seu deslocamento mais longo, do Rio a São Paulo, um dos dois aviões presidenciais VC-2, a versão especial do Emb-190da Embraer. O grande jato tem uma ala reservada, com sanitário completo e camarote privativo, área isolada para reuniões e uma seção separada, com 36 lugares em classe executiva. As comunicações são protegidas. Há telas de LED e cristal líquido em todas as dependências com recepção digital.

É uma oferta – o jesuíta Bergoglio, com seu estilo próprio, pode optar por fazer toda a viagem de helicóptero. E, nesse caso, terá à sua disposição seis deles, entre os quais o moderno Super Cougar EC-725, da Helibras, entregue faz menos de um ano para uso da Presidência. A viagem será na quarta-feira, dia 24.

A versão final do plano da Defesa ficou pronta ontem à tarde. A Aeronáutica ativou 600 oficiais e soldados. Vai tratar dos deslocamentos do papa e da segurança do espaço.Caças supersônicos F-5M, turboélices Super Tucano, aeronaves de transporte de passageiros, helicópteros e dois veículos aéreos não tripulados (Vants) permanecerão no ar durante todo o tempo em que Francisco estiver no País. Durante as celebrações públicas, em Guaratiba e Copacabana, a área vetada ao sobrevoo será de 100 quilômetros.

A Marinha criou um grupo especial para a missão – serão ativados1.924 militares e uma força tarefa que pode movimentar até 30 diferentes navios, liderados por uma fragata classe Niterói, embarcações diversas, quatro ou cinco helicópteros, perto de 150 veículos e ao menos dois blindados pesados tipo Clanf, o mesmo emprega- do na ocupação do Complexo do Alemão.

O Exército, com 7,5 mil militares, terá a incumbência mais ampla. Vai cuidar das estruturas estratégicas, 20 delas, como estações de abastecimento de água, sistemas de transporte,centros de geração de energia e de telecomunicações.

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Crédito perde fôlego em banco estatal

Valor Econômico

Depois que os três grandes bancos privados, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil, já indicaram que neste ano suas atividades de crédito crescerão dentro de um cenário mais pessimista do que aquele inicialmente traçado para 2013, as atenções se voltam para o que farão os dois maiores bancos públicos do país, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal, que têm sustentado o ritmo de expansão dos empréstimos no país, ao lado do BNDES.

O Banco do Brasil, apurou o Valor, manteve o ritmo médio de expansão no primeiro semestre do ano – embora possa ter desacelerado uma ou outra modalidade. A instituição fechou dezembro de 2012 com um crescimento de sua carteira em doze meses de 25%. O balanço do segundo trimestre a ser divulgado em agosto poderá apontar uma expansão em doze meses um ou, no máximo, dois pontos percentuais inferior apenas. O mês de junho teria sido mais forte do que maio, ajudando a puxar o número semestral.

O segundo semestre, entretanto, deverá ter outra cara. Na medida em que fica clara a dificuldade de reação da economia, a tendência é uma desaceleração dos desembolsos. Porque as famílias já estão bastante endividadas e porque as empresas não precisarão de recursos para crescer.

No início do ano, o BB divulgou uma projeção de expansão de sua carteira de crédito para 2013 entre 16% e 20%. O número final deverá ficar dentro desse intervalo. Mas, partindo de um crescimento de 23% a 24% de janeiro a junho, isso indica que o segundo semestre será bem mais lento.

Analistas já projetam uma expansão menor dos desembolsos dos bancos públicos, enquanto executivos de bancos privados relatam ter percebido menos agressividade por parte deles, principalmente o BB. A Caixa ainda continuaria em ritmo acelerado. Agora em junho, o Banco Central ampliou sua projeção para avanço do crédito de instituições públicas no ano, de 18% para 22%.

Em relatórios, Goldman Sachs e Bank of America (BofA) Merrill Lynch projetam que, depois de vir em uma escalada por seis trimestres consecutivos, o Banco do Brasil deve apresentar um ritmo de crescimento da carteira de crédito menos intenso já nos dados do segundo trimestre.

O BofA espera que o BB apresente em seu balanço encerrado em junho uma diminuição do crescimento do saldo de crédito de aproximadamente 25% para 21%, em relação ao mesmo período de 2012. Já o Goldman Sachs projeta um avanço de 22%, ao desconsiderar as operações no exterior.

Do último trimestre de 2011 ao primeiro deste ano, as variações da carteira de crédito do BB avançaram continuamente na comparação anual, passando de 15,56% para 24,4%, levando em conta apenas as operações no país e excluindo garantias.

Executivos de dois dos maiores bancos privados relatam que já sentiram no dia a dia que os bancos públicos, principalmente o Banco do Brasil, estão avançando a uma velocidade menos intensa naquelas linhas de crédito em que concorrem.

O BofA lembra que, devido à piora da economia global nos anos recentes, o governo brasileiro tentou impulsionar o consumo das famílias via um aumento da oferta de crédito dos bancos públicos. No entanto, a economia ainda está patinando, o que mostra que o antigo modelo de expansão da atividade econômica sustentada pelo crédito parece ter se esgotado.

Também é natural que os bancos públicos desacelerem o ritmo de empréstimos, pois o forte crescimento visto nos últimos trimestres é difícil de ser sustentado, apontam analistas.

No BB, a expansão da carteira de crédito também pode ser limitada pelo seu nível de capital, diz um relatório do Goldman Sachs. “Possivelmente, em nossa visão, o banco pode agilizar um potencial aumento de capital no início do ano que vem, em contraste com a declaração da diretoria, de que não precisará fazer aumento de capital até 2015”, diz o texto.

Mas não é só isso. Entra na pauta a preocupação com a inflação. “Como controlá-la de forma mais rígida se os bancos públicos continuam concedendo crédito em ritmo acelerado?”, questiona um executivo de um banco privado.

Um executivo de um grande banco privado do país avalia que haverá um movimento gradual, lento, de convergência entre as taxas de expansão de crédito de bancos públicos e privados. A distância entre a velocidade imposta por esses dois tipos de instituições ainda é bem grande.

Pelas projeções feitas no início do ano, a Caixa quer alcançar algo entre 33% e 35% de expansão (BB quer entre 16% e 20%). Já entre Itaú, Bradesco e Santander, as projeções vão de um máximo de 17% a um mínimo de 11%.

Para o analista do Goldman Sachs, Carlos Macedo, os bancos privados não devem ocupar o espaço deixado pelo BB e pela Caixa, principalmente no que diz respeito aos empréstimos para pessoas físicas. “O crédito dos privados não está crescendo muito, mas não porque os públicos não estão deixando, e sim porque não estão com apetite, diante do atual ambiente econômico”, afirma Macedo. Em sua avaliação, a postura usual dos bancos privados é esperar a economia reagir para depois emprestar. Dessa forma, se houver desaceleração do crédito nos bancos públicos vai ter no sistema como um todo.

Os analistas do J.P. Morgan se mostram mais otimistas com relação aos bancos privados. Em relatório, dizem que a taxa de juros mais alta associada a, potencialmente, um recuo do crescimento dos empréstimos nos bancos públicos pode levar a um aumento de crédito entre os bancos privados, que hoje avançam menos de 10%.

Para os bancos privados, o benefício de uma concorrência menos acirrada pode vir de outras formas. Por meio, por exemplo, de uma nova fixação de preços dos empréstimos – o que pode resultar em spreads mais elevados.

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Dilma afirma que plebiscito e reforma são ‘imprescindíveis’

O Estado de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff ignorou os descompasses entre seus aliados no Congresso e reafirmou ontem que considera a reforma política, feita por consulta popular – plebiscito – “imprescindível” para responder aos anseios da população por mudanças no País. Em dissonância com diretrizes do governo, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) coordenador do grupo de trabalho da reforma política criado na Câmara, foi categórico: “Este grupo não aprovará nenhuma medida para 2014. O que aprovarmos vai valer para 2016 e para 2018”.

Vaccarezza enterrou as esperanças da presidente e de seu próprio partido, o PI, de fazer uma reforma que entre em vigor nas próximas eleições, como quer Dilma e a cúpula do PT.

Horas antes de Vaccarezza sentenciar o rumo dos trabalhos na Câmara, Dilma, em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, insistia: “Tenho recebido da sociedade, tenho recebido dos prefeitos, dos governadores, dos movimentos sociais, e tenho visto também nas pesquisas que essa questão da reforma política, feita através de consulta popular, e imprescindível como resposta efetiva ao desejo profundo que emanou das manifestações, esse desejo por transformações”.

Vendo a popularidade despencar nas últimas pesquisas eleitorais, a presidente citou indiretamente as sondagens para dizer que está com a razão ao propor plebiscito- Dilma admitiu, porém, que não houve clamor ou cobrança nas ruas por uma reforma política. “A gente viu o que era cobrado nas ruas, nos cartazes, Não era cobrado, diretamente, “faça um plebiscito”, ou “faça uma consulta popular mas era uma variante disso. Era cobrado mais ética, mais democracia, mais oportunidade de ser ouvido. Acho que, sobretudo, isso: oportunidade para ser ouvido. E isso tudo passa, eu acredito, por uma reforma política”, justificou Dilma.

Ao comentar ontem a brusca queda de popularidade de Dilma após os protestos, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou que as ações defendidas pela presidente para responder às mas são “fortes c oportunas”. “Eu só espero que a sociedade apoie fortemente e que o Congresso seja sensível e que haja de fato a reforma política, de preferência, com o plebiscito. Porque, a nosso juízo, foi o que as ruas deixaram de maneira clara demonstrados.”

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que na crise atuou como conselheiro político da presidente, reconheceu que há muitas dificuldades para se fazer a reforma política. Para ele, os parlamentares não conseguem “trabalhar com mudanças de regras, principalmente em um momento como este de tempo exíguo”. Mercadante lembrou que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva também tentaram fazer uma reforma política, sem êxito.

Prazos

Segundo Vaccarezza, o trabalho do grupo da Câmara poderá se encerrar antes do prazo de 90 dias estabelecido pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Mas não há possibilidade de que as mudanças sejam aplicadas na eleição de 2014, quando a presidente Dilma tentará a reeleição. Vaccarezza disse que em agosto ele terá urna ideia geral do que será votado. Uma reforma política que altere o sistema já em 2014 teria de ser votada antes de 5 de outubro, aNão cabe a mim fazer demagogia”, afirmou o deputado petista, que assumiu a coordenação do grupo após racha da bancada petista.

O grupo fez ontem a primeira reunião, mas, segundo Vaccarezza, só em 22 de agoste devem ser decididos os temas debatidos na reforma política.

Fim do marqueteiro

Convidado a integrar o grupo depois da desistência de Henrique Fontana (PT-RS), que saiu atacando Vaccarezza, o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) promete causar polêmica. Ontem ele sugeriu acabar com a figura do marqueteiro, fundamental tanto na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva quanto na de Dilma Rousseff. “Vamos acabar com a farra dos marqueteiros, porque hoje isso virou um leilão”, disse.

O Facebook politizado

O ministro Gilberto Carvalho disse que o Participatório, rede social inspirada no Facebook, abrirá espaço de consulta à Juventude. Lançada ontem a rede opera ainda em caráter provisório.

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Mantega diz que não há mais espaço para corte de imposto

O Estado de S. Paulo

Em busca do cumprimento do esforço fiscal, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi categórico: não há mais espaço orçamentário para nenhum novo corte de impostos. Em entrevista exclusiva ao “Estado”, ele avisou que as desonerações, após dois anos e meio figurando como principal mote da política econômica do governo Dilma Rousseff, “pararam”.

“Não serão feitas novas desonerações. É isso que não dá para fazer mais. Primeiro, porque as que foram feitas são suficientes. E, segundo, porque não temos espaço fiscal”, reconheceu o ministro.

A decisão de congelar as desonerações ocorre no momento em que o Congresso tem ampliado renúncias fiscais, enquanto o governo trabalha para fechar mais um corte de despesas do Orçamento para conseguir cumprir a meta fiscal de economizar 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013.

Segundo Mantega, o governo conseguiu manter sob controle as três principais despesas orçamentárias: previdência, folha de pagamentos dos servidores e pagamento de juros da dívida pública. “Estamos numa trajetória fiscal sólida. E sempre tentando fazer ajuste e cortes que não sejam em investimentos e programas sociais”, afirmou.

Otimismo

O ministro deixou claro mais uma vez o otimismo com a economia no segundo semestre, principalmente depois que a inflação desacelerou em junho. Mantega admitiu que a alta da inflação foi o “grande” problema para a economia nos primeiros meses do ano, mas se transformou numa “boa notícia” para o segundo semestre. “Vinha caindo nos últimos meses e, agora, está chegando num patamar bastante razoável.”

Com a inflação mais baixa, previu Mantega, haverá recomposição do poder aquisitivo do consumidor, aumento do consumo e das vendas do comércio. Esse movimento, associado à recuperação da renda salarial e menor inadimplência, deve garantir uma alta do crédito que ficou contido no primeiro semestre, prejudicando a retomada econômica.

Os bancos, relatou, se preparam para emprestar mais, depois de segurar os financiamentos na primeira metade do ano. Foi essa avaliação que recebeu de banqueiros privados em encontro recente.

A Petrobrás contribuirá com a balança comercial. Mantega, que preside o conselho de administração da estatal, afirmou que a empresa fez ajustes e paradas técnicas que reduziram a produção no primeiro semestre. Com isso, houve aumento das importações e queda nas exportações.

Mas, a partir de agora, segundo ele, a Petrobrás vai paulatinamente aumentar a produção até chegar ao fim do ano com volume bem maior do que começou. “Essa equação se modificará ao longo do segundo semestre, chegando no seu ápice em dezembro.”

Crescimento

A combinação desses fatores vai permitir um crescimento do PIB maior, na avaliação do ministro. Pelas suas previsões, a alta do PIB no segundo trimestre de 2013 (ainda não divulgada) foi “muito maior” do que a do mesmo período de 2012.

O ministro disse ser “impossível” o PIB crescer menos que no ano passado – quando houve expansão de 0,9%. “Só o que crescemos no primeiro semestre vai ser semelhante ao que crescemos no ano passado inteiro.”

Mantega classificou de “o cúmulo do pessimismo” as avaliações de que a retomada possa se transformar numa espécie de “falso positivo”. “O cara acha que as coisas não vão dar certo no segundo semestre, mesmo que tenha sinais de retomada. É o fim da picada!”, criticou.

Num desabafo pouco usual ao seu estilo, o ministro afirmou que o governo luta para ter um crescimento maior e “seria bom se as pessoas ajudassem em vez de atrapalhar”.

Até o fim do ano, citou como maiores desafios a retomada do crédito e do consumo e as concessões de infraestrutura, capazes de mexer muito com as expectativas, hoje negativas. “Trazem investimentos externos e vão movimentar a economia. Mesmo que o investimento ocorra no ano que vem.”

Depois da forte volatilidade no mercado, o ministro avaliou que a mudança no câmbio será favorável para economia. Sem falar em números, ele previu que a taxa de câmbio não voltará ao patamar que estava antes das turbulências, ficando “um pouco mais alta”.