Fortalecer a greve para arrancar nova negociação

Parece que o governo e os banqueiros não estão se importando muito com a nossa greve, depois da rejeição da proposta apresentada pelos bancos, nenhuma reunião para retomar as negociações foi agendada pela FENABAN. A paralisação, iniciada dia 19/09, completou doze dias repetindo o esquema dos anos anteriores, ou seja, enquanto muitas agências e prédios estão fechados, muitos bancários continuam trabalhando no interior dessas dependências ou em locais alternativos, os chamados “sites de contingência”.

Para forçar a reabertura da mesa de negociações seria preciso intensificar a greve, ampliar a adesão, paralisando aqueles serviços que continuam a funcionar gerando lucros para os bancos. Essa condição só pode ser alcançada com a participação da categoria, mas infelizmente, após a decretação da greve por tempo indeterminado a maioria esmagadora dos bancários que aderiram ao movimento optou por fazer a greve em casa. As assembleias organizativas, chamadas pelo Sindicato, contam com umas poucas dezenas de presentes, em sua maioria diretores e delegados sindicais, insuficientes para colocar em marcha um plano de intensificação da greve como é necessário diante da intransigência da FENABAN e do governo Dilma.

Os nossos esforços devem continuar, apesar de tudo, no sentido de fortalecer a greve. Nós, da Unidade Classista, defendemos que qualquer nova proposta dos banqueiros sobre a pauta única deve ser analisada por uma Assembleia Unificada de bancos públicos e privados, assim como foi a que deflagrou a greve. Posteriormente, as Assembleias separadas devem debater as pautas especificas.

Outro ponto importante é o horário das Assembleias, consideramos um completo absurdo a diretoria do Sindicato convocar para as 18h30, facilitando assim, a presença daqueles que estão boicotando o nosso movimento, furando a greve. Assembleia durante o período da greve é para ser realizada durante o dia, quem deve decidir os rumos do movimento é quem está participando dele. Assim como fazem os professores, metalúrgicos, petroleiros e demais trabalhadores, defendemos que as nossas assembleias sejam convocadas para às 16 horas.

Se queremos arrancar uma nova negociação e garantir nossas reivindicações, está na hora de darmos um passo adiante. Fazemos um chamado aos bancários que estão em greve para comparecer às assembleias e atividades. Aos que ainda não aderiram ao movimento, lembramos que o enfraquecimento da luta coletiva terá consequências negativas para todos. O piso salarial rebaixado, o incremento do assédio, das pressões descabidas, a retiradas de comissões, as reestruturações e despedidas em massa, tudo isso só é possível quando prevalece o individualismo e falta de solidariedade de classe.

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