O povo resiste na Guiné-Bissau

Desde o golpe que derrubou o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, líder do PAIGC e vencedor da primeira volta das eleições presidenciais, as forças armadas da Guiné-Bissau e os seus chefes impuseram um presidente da República de «transição» e um governo de fachada, financiado pela Cedeao. A cúpula militar guineense é acusada de saquear os cofres do depauperado Estado, de estar envolvida em toda a espécie de negociatas e de relacionar-se com traficantes de droga, de armas e, ultimamente, de redes de imigração ilegal. Mas o povo resiste, como demonstra a Greve-Geral de cinco dias que decorreu na passada semana.

Na Guiné-Bissau, os trabalhadores do sector público cumprem ao longo desta semana uma greve geral de cinco dias. Os grevistas, com amplo apoio popular, reivindicam o pagamento de salários em atraso há três meses.

As duas centrais sindicais, a UNTG e a CGSI, responsáveis pelo movimento, falam em mais de 90 por cento de adesão à paralisação. Os sindicalistas acusam o governo de transição de «falta de diálogo» e consideram que a greve é uma «resposta» ao «sofrimento dos trabalhadores».

Este é um exemplo de que, no pequeno país Oeste-africano, considerado por alguns observadores um «narco-Estado» ou um «Estado falhado», o povo trabalhador continua, apesar das dificuldades do presente, a resistir à ditadura corrupta instaurada pelo golpe militar de 12 de Abril de 2012.

Ditadura, aliás, que merece o apoio da comunidade económica dos Estados da África Ocidental, a Cedeao, em que pontificam a Nigéria – que procura travar a influência de Angola na sub-região – e países como o Senegal, a Costa do Marfim e o Burkina Faso, tidos como pontas de lança dos interesses neocoloniais franceses.

Desde o golpe que derrubou o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, líder do PAIGC e vencedor da primeira volta das eleições presidenciais, processo então interrompido, as forças armadas e os seus chefes, o mais notório dos quais o general António Indjai, impuseram um presidente da República de «transição» e um governo de fachada, financiado pela Cedeao.

A cúpula militar guineense é acusada de saquear os cofres do depauperado Estado, de estar envolvida em toda a espécie de negociatas e de relacionar-se com traficantes de droga, de armas e, ultimamente, de redes de imigração ilegal.

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