Viva o dia Internacional do Trabalhador!

O 1º de maio é o dia que a classe trabalhadora presta homenagens aos trabalhadores mortos em Chicago, no sangrento maio de 1886. É também o dia que homenageamos as heroicas lutas, vitórias e conquistas do movimento operário na luta de classes contra o capital e os crimes do imperialismo. É o dia que reafirmamos nossa decisão de seguir lutando nas batalhas do presente e do futuro, de seguir até a vitória final.

Para a Unidade Classista, este dia é um símbolo da luta da classe trabalhadora pela abolição da exploração do homem pelo homem, é um dia que nos convida a empunhar com mais força a bandeira pela unidade de nossa classe, e pela refundição dos movimentos dos trabalhadores com os movimentos populares, para criar condições de um contra-ataque que possa dar fim a situação atual.

Hoje em dia existem todas as condições para que todos nós tenhamos empregos e salários decentes, menos horas de trabalho e mais horas de tempo livre para outros afazeres necessários ao pleno desenvolvimento humano. Porém, o que vivemos é a perpétua ansiedade e insegurança pelo desemprego, o trabalho mal pago, o adoecimento e o empobrecimento.

O problema que nos tortura é o fato de que a riqueza gerada por milhões/ bilhões de trabalhadores e trabalhadoras, é apropriada por um punhado de capitalistas, ou seja, é o fato de que a produção não está voltada as necessidades do povo trabalhador, e sim, para o aumento da rentabilidade dos grandes grupos empresárias, dos grandes monopólios capitalistas.

Os gestores de plantão dos Estados burgueses, governos das mais variadas matizes, continuam oferecendo tremendos aumentos nos lucros e privilégios dos grupos monopolistas, dizendo ser esta a condição para superar a crise atual. Estes governos na verdade golpeiam a imensa maioria do povo, das classes trabalhadoras das cidades e dos campos.

No movimento sindical mundial, hoje largamente hegemonizado pelas orientações da Central Sindical Internacional (C.S.I.), no Brasil pela CUT, Força Sindical e suas sócias menores, campeiam o velho e o novo sindicalismo governamental-patronal, que ajudam a propagar o engodo de que somos afetados pelo resultado de uma má gestão dos governos, seriam apenas distorções no sistema.

Rechacemos este sindicalismo pelego que todos os dias nos submete às pretensões da burguesia. Denunciemos os sindicalistas traidores que se converteram nos melhores vendedores da exploração e ávidos partidários da competitividade, que vão semeando em cada lugar de trabalho, o corporativismo, o conformismo, a frustração e o derrotismo.

Este mesmo sindicalismo quer nos manter na obscuridade. De sua boca nada sai sobre a causa real, o único culpado pela destruição de milhões de vidas: o capitalismo, o caminho capitalista de desenvolvimento, os monopólios. Um sistema econômico-social apodrecido e caduco onde as crises vão e vem, e se aprofundam, este sim, o único culpado pela destruição de milhões de vidas.

Temos que derrotar o velho e o novo peleguismo, que tem como bandeira a colaboração de classes. Estes são os melhores e mais fiéis servidores dos patrões, para poderem multiplicar seus lucros sem obstáculos. O caminho para esta empreitada passa pela necessária organização das lutas nos locais de trabalho e nos sectores de produção, como nos mostraram as recentes lutas dos Garis da cidade do Rio de Janeiro, dos operários das obras do COMPERJ, dos trabalhadores do transporte da cidade de Porto Alegre, dentre outras.

Por isto, conclamamos aos companheiros e companheiras, de classe e de luta, que no próximo primeiro de maio, Dia do Trabalhador (e não do Trabalho, como a burguesia tenta se apoderar da data, para esvaziar de seu conteúdo de classe), enviemos uma sonora mensagem ao patronato, aos seus governos e ao sindicalismo pelego: Nos manteremos de pé e marchando, inflexíveis e incansáveis na defesa de nossos direitos, por nossas vidas, e por um futuro digno para nossos jovens e nossos filhos.

Gritemos em alto e bom som: Somos a classe que produz a riqueza!

Sem nossas forças físicas e intelectuais não se move nenhuma engrenagem no mundo. Para além dos fenômenos físicos o que move o mundo é o suor de nosso duro trabalho. Sem nós, a classe proletária, não pode haver riqueza. Porém, sem os capitalistas, que são um punhado de parasitas, pode haver.

Convertamo-nos em amos da riqueza produzida!

Lutemos por viver em um mundo onde nossas expectativas de trabalho e vida, se correspondam. Um mundo que não seja entremeado por guerras, pelo desemprego, pela insegurança. Onde se possa viver em paz, sem a propriedade privada dos meios de produção, sem a opressão e a brutalidade do sistema capitalista que vivemos.

Nos esforcemos pela reconstrução, em bases classistas, do movimento operário e sindical.

Somos a classe do presente o do futuro !

Sabemos que não estamos sós, e temos como aliados as forças populares.

Preparemos o caminho para um futuro socialista.

Viva a classe trabalhadora mundial !

Viva o 1º de maio !

UNIDADE CLASSISTA