NOTA DE APOIO DO PCB À GREVE NACIONAL DOS DOCENTES FEDERAIS

imagemA deflagração dagrevenacionaldosdocentes das InstituiçõesFederais
de Ensino (IFE) iniciou no dia 28 de maio como resposta da categoriaà
intransigênciado governo petistaà atender a pautadosdocentes
federais (inclusive negando acordos anteriormente assumidos), assim como
é respostaà destruição da educação pública operada pelo governo federal
a mandodos setores empresariais da educação.

Além de diversos ataques aos direitos sociais e trabalhistas, a política de ajuste fiscaldo governo Dilma (PT) implementou uma série de cortes orçamentários na educação pública, suspensão de concursos públicos, ataquesà carreira docente e a autonomia universitária, restrição de recursos para permanência estudantil, adoecimento e intensificaçãodo trabalho docente e a deterioração das condições de trabalho. Analisando este contexto, é possível compreender que o discurso da “Pátria Educadora” é a tradução de uma palavra de ordem vazia de conteúdo classista, senão pelo contrário, se trata da implementação intensificada da mercantilização da educação.

OPCB já apontava isso quando indicou o “voto nulo” no segundo turno das eleições presidenciais de 2014, por se tratarem da disputa de dois projetos de poder por dentro da ordem burguesa, ou seja, a disputa era entre que candidato seria melhor operador da políticado capital de destruição das condições de trabalho e vida da população brasileira.

Nesse cenário de avanço conservador da sociedade, o elemento mais importante da conjuntura é o fato de que a classe trabalhadora e a juventude explorada tem intensificado a retomada das lutas sociais de corte classista. Uma das expressões disso é o grande contingente de greves que estão ocorrendo pelo país, especialmentedos setores da educação pública. Além dagrevenacionaldosdocentesfederais, a forte grevenacionaldos técnico-administrativos, as grandes mobilizaçõesdo movimento estudantil, agrevedosdocentes das universidades estaduais e o grande contingente de greves da educação básica nas redes públicas de ensino explicitam que a classe trabalhadora não vai ficar indiferenteà barbárie promovida pelos governos de plantão subordinadosà burguesia, mesmo que tenha que enfrentar todo tipo de criminalização das lutas sociais que tem como horizonte a ruptura com o sistemado capital.

Nesse sentido, o PCB manifesta todoapoioàgrevenacionaldosdocentes federais convocada pelo ANDES-SN, legítimo representante sindicaldos docentes das universidadesfederais, atuando em conjunto com toda a categoria em defesado ensino público, gratuito e de qualidade, da carreira docente, das condições dignas de trabalho e estudo, da pauta dos técnicos administrativos edos estudantes,dos direitosdos trabalhadores e contra a terceirização, contra o ajuste para salvar o capital e contra os cortes na educação. Agora égreve!

A PÁTRIA NÃO É EDUCADORA, MAS AGREVE É!

TODOAPOIOÀGREVENACIONALDOSDOCENTESFEDERAIS

CRIAR, CRIAR, PODER POPULAR

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2015