MTST denuncia escalada da direita

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Os ataques aos movimentos sociais populares e lideranças políticas de esquerda

indicam uma ação orquestrada para intimidar pessoas e bloquear as liberdades democráticas.

Após o conflito entre militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e do Movimento Brasil Livre (MBL), ocorrido na quarta-feira, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, o MTST tem sido alvo dos mais sórdidos ataques pela mídia e pelas redes sociais com o objetivo claro de desqualificar a luta por moradias, a mobilização popular em defesa de uma sociedade justa e democrática e tentar insuflar a opinião pública contra militantes e dirigentes do movimento social.

O episódio de quarta-feira só ocorreu porque os militantes do MTST, que estavam em Brasília para protestar contra a aprovação da Lei Antiterrorismo – que ameaça diretamente a liberdade de manifestação e os movimentos sociais – foram covardemente provocados pelos acampados do MBL, que estão em Brasília para pedir o impeachment da presidente da República. As duas manifestações são legítimas e fazem parte do jogo democrático. Tanto é que a militância do MTST só revidou depois de sofrer muitas ofensas pessoais e às suas condições sociais. E só revidou diante das atitudes preconceituosas e arrogantes do grupo do MBL.

Logo após o conflito de Brasília, a ação orquestrada da direita tratou de atacar e criminalizar o MTST, seus militantes e seus dirigentes, desde a tribuna do Congresso Nacional, nos sites e blogs da imprensa conservadora e nas redes sociais. Tal ação não é mais novidade no Brasil, tem ocorrido com frequência nos últimos anos, mas está cada dia mais evidente que se trata de uma escalada de agressividade e violência, certamente articulada por forças políticas conservadoras e patrocinada por grupos econômicos que visam o retrocesso político e a retirada de direitos sociais dos trabalhadores e do povo brasileiro.

No último mês, por exemplo, entre outros alvos da direita, as ações dessas verdadeiras brigadas fascistas atacaram João Pedro Stedile, do MST; o professor Mauro Iasi, dirigente do PCB; a professora Bia Abramides, dirigente da Apropuc; e Guilherme Boulos, da coordenação nacional do MTST. O modus operandi dessas brigadas é sempre o mesmo: tentam desqualificar os movimentos sociais e as organizações políticas de esquerda na mídia, atacam com ferocidade no facebook, inclusive com ameaças de morte, destilam o anticomunismo e tentam criar a indisposição da opinião pública com as lutas de tais movimentos e de suas lideranças.

Diante dessa escalada, que evidentemente tem por objetivo criminalizar pessoas e movimentos vinculados às lutas sociais por um Brasil justo e igualitário, livre e democrático, o MTST conclama todas as forças progressistas, democráticas, populares, movimentos sociais e organizações políticas de esquerda para uma luta sem trégua contra a escalada fascista que está sendo ensaiada por quem defende os privilégios das elites e o modelo neoliberal excludente. Precisamos urgentemente rechaçar as intimidações, as ameaças e as manobras que tentam frear a luta por direitos e conquistas dos trabalhadores e do povo.

Não vamos baixar a guarda. Contra a escalada fascista.

É hora de lutar e criar o poder popular.

Total solidariedade aos que lutam por um Brasil justo e igualitário.

Coordenação do MTST

São Paulo – 30.10.2015

http://www.mtst.org/

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