I Encontro Nacional do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
Apesar do evento ter sido realizado em três dias, as pré-teses do encontro já haviam sido discutidas pelos Estados, que formularam contribuições, que foram discutidas e votadas em plenária. O saldo final disso tudo foi a construção coletiva e democrática das resoluções do Ana Montenegro.
Durante o Encontro alguns pontos polêmicos foram discutidos, entre eles, a questão do aborto e da prostituição. Nos calorosos debates, a busca pelo consenso político foi árdua, mas nem sempre bem sucedida, fato que tornou muitos pontos cansativos e difíceis. Um relato feito por Carolina Lopes, Sec. Política do Coletivo, postado em sua página pessoal do Facebook, reflete bem o que foi esse encontro:
“…na plenária final, camaradas lideranças do país inteiro confrontavam e defendiam como leoas suas posições políticas. Era real, eu dizia para mim… Naquele momento, era impossível eu defender o que formulava por anos, minha admiração misturava-se com respeito e paixão. Pensava que elas não observavam, que para chegarem até ali, todas eram mulheres casca grossa, valentes, briguentas, geniosas revolucionárias… “
Também teve festa!
Não há dúvidas que 2015 foi (e está sendo) um ano marcante para o Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, isso porque além de realizar o primeiro Encontro Nacional (depois de dez anos de criação), também comemorou o centenário de Ana Montenegro, militante do Partido Comunista que deu nome à organização e que serve de referência (prática e teórica) às feministas organizadas.
Para celebrar esse ano histórico, o Coletivo organizou uma grande Festa no ERLA (Espaço da Rosa Latino Americana), no centro de São Paulo. O evento contou com a presença das artistas Karina França e Nina Rosa, que fizeram exibições extraordinárias. Era praticamente impossível não entrar no clima revolucionário do ambiente.
O Feminismo Classista avança!
O I Encontro Nacional do Ana Montenegro foi um importante passo para o crescimento do feminismo classista no Brasil. Com a linha política e organizativa sólidas, as militantes feministas do Ana Montenegro voltaram para os seus Estados com o fôlego renovado e prontas para combater o machismo em todas esferas sociais, sem esquecer que o grande inimigo por trás de todas opressões é o capitalismo.
Renato M. Mendes