CONCURSO HQ PARTIDÃO
O PCB (Partido Comunista Brasileiro), por motivo de seus 90 anos de fundação a serem comemorados em 2012, editará uma História em Quadrinhos que contará, em dois volumes, a trajetória histórica do Partidão desde os primórdios de sua fundação até os dias de hoje. Para tanto, estamos selecionando desenhistas para participarem do projeto. Fazemos, assim, um chamado aos militantes, simpatizantes e amigos ilustradores do PCB, para que enviem amostras de suas artes até o dia 01 de junho de 2011.
Atenção: trata-se de um trabalho voluntário, militante, daqueles camaradas que ou fazem parte dos nossos quadros partidários ou que, mesmo não fazendo parte do nosso Partido, queiram contribuir para divulgar a rica história de lutas do PCB em nosso país, através de um meio de propaganda que contém uma linguagem de grande aceitação junto à juventude, principalmente. Portanto, o trabalho não será remunerado, mas, repetindo, voluntário, seguindo atradição revolucionária dos comunistas, de assumirem tarefas e compromissos políticos em prol das causas populares e pela afirmação dos nossos ideais.
Para facilitar o trabalho dos camaradas que desejem participar do concurso, segue abaixo desta mensagem um esboço do roteiro do capítulo 01 da HQ, do qual poderá se aproveitar alguma(s) cena(s) para a confecção da arte do desenhista concorrente. O desenhista selecionado terá seu nome constando dos créditos da obra.
O e-mail para o envio dos trabalhos é daniludens@yahoo.com.br, aos cuidados de Daniel Oliveira. Não fique de fora deste momento histórico! PARTICIPE!
Roteiro do capítulo 01
Primeira página
São Paulo – Julho de 1917
Um jovem operário corre. É mostrado da cintura para cima. Tem o boné nas mãos e usa agasalho. No fundo, o Brás de 1917.
“Corre, Mário. Assim perdemos o cortejo do Martinez.”
Outro jovem operário se esforça para acompanhar a corrida do companheiro, que está fora do quadro.
“Com a barriga vazia fica difícil, Luigi.”
Um balão à direita aponta para fora do quadro.
“Mas como reclama!”
Close no rosto de Mário que continua correndo.
“E como não? Se ganho dez mil réis…”
Ainda o rosto, mas com a mão erguida e os
fechados como um italiano.
“… e gasto 207 mil com a mulher e os
meninos?”
Os dois juntos, no lado direito da página, avistam a multidão que já havia se formado.
“É por isso que estamos aqui, Mário.
Hoje começa a greve geral.”
Segunda página
Em um palanque de madeira encontra-se um orador cercado por uma verdadeira multidão.
“Morreu para que fosse respeitado o mais absoluto direito de associação entre os trabalhadores…”
Um cordão de policiais armados acompanha o ato.
“… para que sejam postas em liberdade todas as pessoas detidas por direito de greve…”
No centro do quadro, os dois operários se olham, emoldurados pela multidão.
Mário diz:
“Será que a vitória está próxima, Luigi?”
Luigi responde:
“Não sei, Mário, não sei…”