Bloco do Poder Popular participa do cortejo de dois de julho
Comitê Regional do PCB da Bahia
Os desafios de sobrevivência para a classe trabalhadora estão cada vez mais complexos. O desemprego no Brasil já alcançou 13%, na Bahia já está em 16,9%, a mais alta desde 2012, segundo o IBGE. As tarifas de água, energia e combustível atingem valores cada vez mais distantes da realidade da população de baixa renda.
Segundo registros do Ministério de Desenvolvimento Social cerca de 100 mil pessoas estão em condição de rua, e esse número pode ser muito maior fora da burocracia. Desde o Ajuste Fiscal aprovado pelo governo ilegítimo de Michel Temer, a educação, saúde e demais setores de desenvolvimento social vêm sofrendo cortes profundos no orçamento, e, um serviço que já não atendia as necessidades, vem se tornando ainda mais precário e em muitos casos inexistentes.
Em contradição com as justificativas utilizadas para todos esses ataques, na Bahia, o governo do Estado, mesmo com a arrecadação, de janeiro a abril de 2018, sendo R$ 576,5 milhões acima dos gastos, segue com a política de cortes orçamentários e precarização do serviço público. A Bahia também se destaca com o número de mortes da população negra, dentre elas, jovens e mulheres estão entre as maiores vítimas de assassinato e feminicídio na Bahia. Em 10 anos, o número de negros assassinados, aumentou cerca de 118%. Só em 2017, foram 49 mulheres assassinadas por feminicídio.
Todo esse cenário faz parte de uma única coisa: a ofensiva capitalista contra a classe trabalhadora para garantir a manutenção do acúmulo dos mais ricos. Contra esse momento de retrocessos sociais, no dia dois de julho, o Partido Comunista Brasileiro e seus coletivos partidários compuseram o Cortejo do 2 de Julho. Este foi o primeiro ano do Bloco Poder Popular, que foi organizado para denunciar os ataques contra a classe trabalhadora.
Esta é uma data muito importante na história de luta do povo baiano. A batalha pela independência da Bahia foi marcada pela participação massiva de homens e mulheres, cativos, libertos e escravizados que uniram forças pela defesa da liberdade deste território. O tradicional Cortejo do 2 de Julho representa a vitória deste povo e o momento em que trabalhadoras e trabalhadores de todo o Estado se unem para reivindicar as imposições aplicadas pelos governantes à população baiana.
Este festejo já se tornou uma tradição para população baiana e movimentos populares, que ocupam as ruas com suas reivindicações, este ano não foi diferente. Diante disso, estar nesse espaço é fundamental em um momento de grande acirramento. O bloco do poder popular seguiu como mais um instrumento de denúncia aos governos Temer e de Rui Costa na Bahia, em nossas palavras de ordem e cantos pelas ruas do centro histórico de Salvador manifestando, mais uma vez que, a rua é nossos espaço e delas não iremos nos retirar.