Panamá: milhares de produtores serão arruinados por TPC com EUA
Obama e o presidente panamenho Martinelli: o país entregue aos ianques através de acordos bilaterais.
25/10/12 – PL – Um total de oito mil produtores panamenhos poderão sair da atividade agropecuária por conta do Tratado de Promoção Comercial (TPC) com os Estados Unidos, que entra em vigor em 31 de outubro, advertiram dirigentes do setor.
O alerta foi dado pela Associação de Produtores Agropecuários de Chiriquí que previu há muito tempo o perigo que representa o acordo assinado com um país como os Estados Unidos, que subvenciona o setor.
Martín Ríos, coordenador do cultivo de feijão da Associação, explicou que, com a nova redução e eliminação das tarifas de importação, fixada pelo governo de Ricardo Martinelli, os produtores nacionais terão que deixar o terreno para os competidores estrangeiros.
O Prensa Latina perguntou à vice ministra da Economia, Diana Salazar, negociadora do TPC, sobre a situação de seus compatriotas. A mesma expressou que a visão política existente no ambiente de competitividade não é dar subsídio e nem apoio, mas prover-lhes de ferramentas eficazes.
“É na competitividade que estão os programas relacionados com o TPC, sobretudo quanto aos serviços e investimentos. Porque jamais poderemos ter um superávit na balança com os Estados Unidos no tema do comércio, pois somos dependentes”.
Os produtores já estão padecendo por conta dessa filosofia. No dia 9 passado, o governo eliminou a taxa de importação de feijão de vários tipos, inclusive o guandú, que afeta diretamente mil e 500 produtores que dependem do cultivo desses grãos.
Também reduziu de 155 a 30% a taxa do leite desnatado, de 50 a 20% a do leite em pó e de 30 a 10% a do queijo mussarela. A medida afeta a sete mil pecuaristas, segundo Euclides Díaz, secretário da Associação Nacional de Pecuaristas.
Fonte:
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB).