Mais uma vez ocupamos as ruas!
Mais uma vez o PCB e seus coletivos ocuparam as ruas, neste domingo, dia 14 de junho, na Avenida Paulista, centro de São Paulo, em Fortaleza (Ceará) e outras cidades Brasil afora. Somamo-nos a diversos movimentos populares e sociais, à Frente Povo Sem Medo e a coletivos de torcedores de esquerda e antifascistas. Ocupamos mais uma vez ruas, praças e avenidas, mesmo em uma conjuntura adversa como a que estamos atravessando, para denunciar a política genocida, autoritária, golpista e ultraliberal do governo Bolsonaro/Mourão.
Ao se colocar a serviço dos interesses dos patrões e demais capitalistas, o governo de Bolsonaro, Mourão e Guedes busca não apenas destruir os direitos sociais e trabalhistas, atacar as liberdades democráticas duramente conquistadas na luta contra a ditadura de 1964-1985, impor uma política de terra arrasada contra o meio ambiente, avançar com as privatizações e entrega das riquezas nacionais. Trata-se de fato de um governo assassino, que adotou a política de deixar matar e deixar morrer na pandemia, colocando cada vez mais em risco as vidas do conjunto da classe trabalhadora brasileira, com destaque para negros e negras, povos indígenas e LGBTTIs.
Enquanto destina trilhões de reais a banqueiros e bilhões a serem administrados por integrantes do Centrão, a fim de garantir sempre as votações de projetos antipovo no Congresso Nacional, a máfia que instalada no Palácio do Planalto sabota o distanciamento social, recusa-se a conceder créditos a micro e pequenas empresas e boicota o pagamento do auxílio emergencial, deixando criminosamente milhares de pessoas nas filas da fome diante da Caixa Econômica Federal, além de provocar o crescimento vertiginoso do desemprego.
Sabemos que a conjuntura requer cuidados, que devemos prezar pelo isolamento e evitar aglomerações, contudo, o direito à quarentena foi retirado das pessoas que não têm como sobreviver sem sair de casa, a exemplo dos/as trabalhadores/as dos serviços essenciais, ambulantes, domésticas cujos patrões e patroas não abrem mão de sua presença no trabalho, trabalhadores de aplicativos e precarizados em geral, situação que foi ainda mais agravada com a chamada “flexibilização” das medidas de isolamento e a reabertura do comércio e de atividades não essenciais, tão somente para atender os desejos de lucros dos ricos e poderosos, que incentiva o consumismo e provoca aglomerações criminosas.
É inadmissível que a volta à dita normalidade seja marcada pela ampliação da exploração da classe trabalhadora, com a reabertura descontrolada da economia. O retorno às atividades econômicas deveria ser pensado com a adoção de um plano que previsse, acima de tudo, a máxima redução dos riscos às vidas e milhões de trabalhadores. Mas governo federal, governos estaduais e prefeituras, dominados por consórcios burgueses de norte a sul do país, estão pouco se lixando com a saúde e a vida do povo trabalhador.
Por tudo isso seguiremos nas ruas defendendo o direito ao isolamento horizontal como política de prevenção ao contágio do coronavírus, em defesa dos empregos e salários, em defesa da renda mínima e de sua ampliação em alcance e em valor, assim como levantando a bandeira do SUS 100% estatal, público, universal e gratuito. Continuaremos indo às ruas pregar pelas liberdades democráticas seriamente ameaçadas pelas ações de Bolsonaro, Mourão e seus seguidores fascistas, denunciando o golpismo, o racismo e o reacionarismo, marcas indeléveis desse governo de extrema direita.
Antes, durante e após a pandemia, o caminho é a auto-organização da classe trabalhadora e da juventude, em seus locais de trabalho, moradia e estudo, combatendo mais do que nunca a política de extermínio do Estado burguês, atuando na mais ampla unidade de ação contra o governo e as ameaças fascistas, avançando, com nossos instrumentos de resistência e luta – nosso Partido e Coletivos, integrando a Frente Povo Sem Medo e o Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por Direitos e Liberdades e – na construção da alternativa popular e socialista para o Brasil.
Fora Bolsonaro e Mourão!
Pelo Poder Popular no rumo do Socialismo!