Quem matou Gabriel?

imagemCoordenação Nacional da União da Juventude Comunista – UJC

Enquanto diversos protestos antirracistas e antifascistas incendeiam o mundo denunciando a marcha genocida do capital contra os trabalhadores – em especial os trabalhadores negros e seus filhos, ainda mais vulneráveis à luz de um sistema que habilita o racismo como forma indispensável de dominação –, a população em Natal chora a perda violenta de mais um de seus jovens: Giovanne Gabriel, preto, periférico, de apenas 18 anos e residente do bairro dos Guarapes, Zona Oeste da cidade.

Visto pela última vez na sexta-feira (dia 05 de junho), Gabriel tinha ido encontrar a namorada, quando sumiu. As últimas pessoas que o viram preferem não se identificar, mas afirmam terem visto o rapaz ser conduzido pela Polícia – levantando, assim, fortes suspeitas e medo de uma história que se repete tragicamente nas periferias do Brasil.

Dias depois os pertences do jovem foram encontrados em uma estrada no caminho de Parnamirim, e ontem (14/06), após 9 dias de intensa busca, localizaram seu corpo com 3 tiros na cabeça.

Para nós é muito nítido que, como tantos outros de sua classe e de sua cor, Gabriel é mais uma vida cruelmente abreviada pela política racista e genocida do Estado burguês que, quando não descarta vidas negras e periféricas na entrada – através do descaso e abandono, conforme acentuado com a atual crise sanitária –, descarta na saída – através da bala, da violência e do encarceramento, sendo uma das poucas expressões da “normalidade” que não cessaram nesse período atípico de pandemia.

Desse modo, a União da Juventude Comunista manifesta profunda solidariedade à família, amigos e comunidade de Gabriel, como também soma sua voz àquelas que exigem do Governo do Rio Grande do Norte de Fátima Bezerra (PT) as devidas respostas sobre um ato tão brutal.

Sabemos das limitações da justiça burguesa, e que a justiça real pelos nossos que tombaram na barbárie da sociabilidade capitalista só será feita pelas nossas mãos, no sentido da construção do Poder Popular rumo ao socialismo. Entretanto, não aceitaremos mais nenhum minuto de silêncio e omissão pela morte criminosa de mais um jovem negro nesse país!

Toda uma vida de luta!

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