Bolívia: avança a luta popular contra governo golpista
O Jornal O Poder Popular entrevistou Diego García Paez, pseudônimo de uma das autoridades bolivianas que foram obrigadas a sair do país por causa da perseguição política promovida pela Justiça após o golpe de Estado perpetrado pela extrema direita local, com apoio dos governos reacionários dos EUA e do Brasil. Do Brasil, a militância do PCB envia a mais sincera saudação aos e às camaradas da Bolívia, por sua histórica luta em defesa da soberania do estado plurinacional.
Abaixo, segue a entrevista traduzida, que aparece ao final na sua versão original.
Apresentação:
Meu pseudônimo é Diego García Paez, cidadão boliviano, ex autoridade que teve de sair do país por ser perseguido injustamente pela justiça boliviana após o golpe de Estado de noviembre de 2019.
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OPP: A Bolívia sofreu um golpe de Estado em novembro de 2019. Puede nos dizer o que motivou o golpe e qual é a caracterização do governo autoproclamado?
Diego:
Em primeiro lugar, é necessário mencionar que, em outubro de 2019, a Bolívia realizou eleições gerais para presidente, vice-presidente, senadores, deputados e representantes supraestatais para organismos parlamentares. Foi a eleição mais disputada nos últimos 15 anos. Evo Morales venceu a eleição de maneira limpa, mas semanas antes da votação a oposição encabeçada por Carlos Mesa, anunciava que não iam reconhecer os resultados, acusando fraude eleitoral. Por tal motivo, deve-se suspeitar ter havido intenção da oposição ao governo do MAS de boicotar a eleição e gerar violência nas ruas para, posteriormente, com ajuda internacional da OEA e de governos como o de Mauricio Macri na Argentina, Jair Bolsonaro no Brasil e outros governos de direita, aliados às políticas dos Estados Unidos na região, obrigaram a levar uma nova eleição.
Após a eleição, o governo pediu à OEA que realizasse uma auditoria para que deixasse transparente o processo eleitoral, mas foi justamente esta instância internacional que anunciou que havia ocorrido fraude. Após esse anúncio irresponsável, o qual nunca puderam provar efetivamente, eclodiram revoltas populares por todo o país contra o governo, a que logo se somou a polícia anunciando um motim e, por fim, as Forças Armadas anunciaram a retirada de apoio ao governo de Morales, que caiu por uma artimanha bem elaborada com ajuda econômica internacional.
Com a crise política e a saída de Evo Morales Ayma e Álvaro García Linera do país, a presidência ficou vaga e, após pressões dos manifestantes violentos contra a Presidência do Senado e do Presidente da Câmara de Deputados, estes renunciaram a assumir a presidência, motivo pelo qual caiu em mãos de Jeanine Añez, que, sem legitimidade nem quórum necessário na Assembleia Legislativa Plurinacional, se autoproclamou presidenta da Bolívia. A caracterização deste governo é de que ele é ilegítimo, ilegal, corrupto, de extrema direita, classista, racista e contrário aos interesses populares, pró imperialista, em prol do grande capital estrangeiro, ultra católico e conservador, etc.
OPP: Quais os efeitos mais imediatos do golpe para o povo boliviano?
Diego:
Os efeitos imediatos foram as 37 mortes de bolivianos e bolivianas e centenas de feridos em Cochabamba nos protestos contra o golpe de Estado em Senkata e Sacaba. Também houve as violações de DDHH contra os cidadãos do Alto, além da perseguição a Evo Morales e outros altos líderes políticos em todo o país. A repressão policial e militar, causou muita dor nas famílias bolivianas e, pior ainda, não há nenhuma pessoa processada judicialmente pelos graves delitos cometidos após o golpe de Estado.
OPP: O Presidente Evo Morales e muitos militantes tiveram que se exilar por conta da perseguição política que se instaurou. Como foi a estratégia de repressão e qual foi a função das instituições do Estado nesse processo?
Diego: Assim foi, muitos políticos do Movimento ao Socialismo e seus familiares tiveram que se refugiar em países amigos. A perseguição foi judicial mediante ameaças de processos judiciais arbitrários sem o devido rito legal, encarceramento de ex autoridades, assessores, pessoal administrativo das instituições públicas afinadas com o MAS. A repressão nas ruas foi realizada pela polícia que deu o golpe de Estado junto com militares cúmplices de violações aos Direitos Humanos, seguindo ordens do governo de Añez.
OPP: Pode comentar sobre a vida no exílio?
Diego: Bem, no meu caso, estive na Argentina por mais de três meses. A vida no exílio é muito dura. É um castigo. Se bem que o país irmão da Argentina, após o 10 de dezembro, com a vitória eleitoral de Fernández, ajudou a centenas de bolivianos outorgando refúgio ou asilo político, a situação econômica e de trabalho no país vizinho, então era e continua sendo muito difícil, ainda mais para aqueles que tiveram de escapar por razões políticas. Durante o tempo em que estive ali não consegui nenhum emprego, razão pela qual tive de migrar novamente para um terceiro país. Meus companheiros e companheiras que se encontram em Buenos Aires ainda buscam formas de se empregar em algum ofício ou trabalho, mas até onde sei e por causa da pandemia, não conseguiram.
OPP: Como estão as coisas frente à pandemia? Não somente sobre as eleições, mas também sobre a administração do governo golpista.
Diego: O governo golpista de Añez militarizou a saúde pública. Quer dizer, empregou a Polícia e as Forças Armadas para controlar a ordem pública no lugar de priorizar investimentos na saúde pública de qualidade para enfrentar a pandemia da COVID 19. É de lamentar que as decisões sobre a quarentena rígida tenham sido equivocadas e que, quando se expandiu o vírus, o governo nacional tenha delegado a proteção e a saúde aos governos subnacionais aos quais não foram transferidos os recursos econômicos necessários. Atualmente na Bolívia há mais de 85.000 casos confirmados e mais de três mil falecimentos. A política tem sido reativa, impositiva e coercitiva. O governo minimizou a prevenção e, pior ainda, são divulgados vários casos de corrupção na compra de remédios, materiais médicos e respiradores para as unidades de terapia intensiva para os pacientes críticos.
OPP: Há protestos ocorrendo em Santa Cruz e outras regiões da Bolívia. O que reivindica o povo boliviano, quais são as lutas mais urgentes?
Diego: Bem, na Bolívia após outubro do ano passado ocorreu uma espécie de crise múltipla; alguns investigadores sociais a tem denominado de crise absoluta, porque o sistema político, econômico, social e de saúde passam por um momento crítico. Sobre o primeiro ponto há o fato de que o golpe de Estado e ascensão de Añez ao poder, violentando a constituição e demais normas legais, fazem com que o governo careça de legalidade e legitimidade. Portanto, as políticas assumidas em matéria econômica têm sido dedicadas a solicitar empréstimos ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional, sob pretexto de combater a pandemia, mas, como se descobriu por meio de investigações jornalísticas, tudo indica que é um novo processo de ajuste estrutural, recomendado por esses organismos financeiros internacionais para desvalorizar a moeda e endividar o país, que havia recuperado sua soberania econômica durante o governo de Evo Morales. Sobre a destruição do tecido social por causa da pandemia e a recessão econômica somada ao crescimento do desemprego, ainda não há dados precisos, mas com segurança a crise neste campo será demolidora, deixará a milhares de pessoas desempregadas e com dívidas junto ao sistema financeiro nacional. Virá uma crise social adiante e obviamente este governo sem legitimidade não consegue articular políticas sociais com os atores sociais. O futuro é obscuro. A respeito da situação da pandemia, como assinalei anteriormente, com mais de 85.000 casos, o sistema de saúde pública está a ponto de colapsar.
OPP: Bem, Diego, há muitos militantes no Brasil e outros países irmãos que desejam prestar sua solidaridad a Bolívia, e por isso nossa pergunta final é sobre nossas tarefas. Que pensa ser possível fazer desde nossos países?
Diego: Em primeiro lugar, a denúncia internacional de que na Bolívia se vive uma ditadura, matizada pela pandemia da COVID 19. Sem dúvida existem restrições à liberdade de imprensa, de opinião, de reunião, de associação, de organização e protesto social. Além disso, como indiquei, há uma crise absoluta que a cada dia se agrava, em grande parte, pelas medidas assumidas por um governo ilegal, ilegítimo, corrupto e ladrão. Com a denúncia, os companheiros e companheiras do Brasil e de outros países ajudam bastante a tornar visível o que ocorre na Bolívia.
Em segundo lugar, necessitamos que nos apoiem na exigência de realização das eleições no dia 6 de setembro, data fixada pelo Órgão Eleitoral. Nestes dias, a presidenta e candidata Añez comunicou publicamente que não está de acordo com a data indicada, mas tudo sugere que é porque a intenção de voto favorável que ela obteve há meses e, após a péssima gestão da crise sanitária e econômica, tenha caído consideravelmente. Por tal motivo e com a justificativa de que a saúde vem em primeiro lugar, pede que se postergue por uns meses mais a data da eleição. Entretanto, o povo boliviano necessita de um governo legítimo saído das urnas. Nesse sentido, pedimos que apoiem a realização das eleições no 6S.
VERSÃO ORIGINAL DA ENTREVISTA:
Presentación
Mi seudónimo es Diego García Paez, ciudadano boliviano, ex autoridad que tuvo que salir del país por ser perseguido injustamente por la justicia boliviana tras el golpe de Estado de noviembre de 2019.
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Bolívia ha sufrido un golpe de Estado en noviembre de 2019. ¿Puede decirnos que ha motivado el golpe y cuál es la caracterización del gobierno autoproclamado?
En primer lugar, es necesario mencionar que, en octubre de 2019, Bolivia llevó a cabo elecciones generales para elegir a presidente, vicepresidente, senadores, diputados y representantes supraestatales ante organismos parlamentarios. Fue la elección más reñida en los últimos 15 años, Evo Morales ganó la elección de manera limpia, pero semanas antes de la votación la oposición encabezada por Carlos Mesa, anunciaba que no iban a reconocer los resultados porque se llevaría a cabo fraude electoral. Por tal motivo, se debe sospechar de la intención de la oposición al gobierno del MAS de boicotear la elección y de generar violencia en las calles para posteriormente, con ayuda internacional de la OEA y de gobiernos como el de Mauricio Macri en Argentina, Jair Bolsonaro en Brasil y otros gobiernos de derecha, alineados a las políticas de Estaos Unidos en la región, obligaran a llevar una nueva elección.
Tras la elección el gobierno pidió a la OEA que realizara una auditoria para que se transparente el proceso electoral pero fue justamente esta instancia internacional la que anunció que se había producido fraude, tras ese anuncio irresponsable y el cual nunca pudieron probar fehacientemente, se produjeron revueltas populares por todo el país en contra del gobierno, luego se sumó la policía anunciando un motín, finalmente las Fuerza Armadas anunciaron el retiro de apoyo al gobierno de Morales que cayó por una trampa bien elaborada con ayuda económica internacional.
Tras la crisis política y salida de Evo Morales Ayma y Álvaro García Linera del país, la presidencia quedaba vacante, tras presiones de los manifestantes violentos en contra de la Presidencia del Senado y del Presidente de la Cámara de Diputados, estos renunciaron a asumir la presidencia, por tal motivo, cayó en manos de Jeanine Añez, quien, sin legitimidad ni quorum necesario en la Asamblea Legislativa Plurinacional, se autoproclamó presidenta de Bolivia. La caracterización de este gobierno es que es ilegitimo, ilegal, corrupto, de extrema derecha, clasista, racista y en contra de los intereses populares, pro imperialista, pro gran capital extranjero, ultra católico y conservador, etc.
¿Cuáles los efectos más inmediatos del golpe para el pueblo boliviano?
Los efectos inmediatos son las 37 muertes de bolivianos y bolivianas y cientos de heridos en Cochabamba en las protestas contra el golpe de Estado en Senkata y Sacaba. También las violaciones de DDHH en contra de ciudadanos alteños. Además de la persecución de Evo Morales y de otros altos líderes políticos en todo el país. La represión policial y militar, ha causado mucho dolor en las familias bolivianas y peor aún, no hay ninguna persona procesada judicialmente por los graves delitos cometidos tras el golpe de Estado.
El Presidente Evo Morales y muchos militantes tuvieron que exilarse por la persecución política que se instauró. ¿Como fue la estrategia de represión y cuál fue la función de las instituciones del Estado en ese proceso?
Así fue, muchos políticos y sus familiares, del Movimiento al Socialismo tuvieron que refugiarse en países amigos. La persecución fue judicial mediante amenazas de procesos judiciales arbitrarios, sin debido proceso, encarcelamiento a ex autoridades, asesores, personal administrativo de las instituciones públicas afines al MAS. La represión en las calles fue realizada por la policía que dio el golpe de Estado junto a militares cómplices de violaciones a los Derechos Humanos bajo órdenes del gobierno de Añez.
¿Puede comentar sobre la vida en exilio?
Bueno en mi caso estuve en Argentina por más de tres meses. La vida en el exilio es muy dura. Es un castigo. Si bien el hermano país de Argentina, tras el 10 de diciembre con la victoria electoral de Fernández, ayudó a cientos de bolivianos otorgando refugio o asilo político, la situación económica y laboral en el país vecino, en ese entonces era, y aún es muy difícil, más para aquellos que tuvieron que escapar por razones políticas. El tiempo que estuve allí no logré conseguir ningún empleo, por tal motivo, tuve que migrar nuevamente a un tercer país. Mis compañeros y compañeras que se encuentran en Buenos Aires, aun buscan formas de emplearse en algún oficio o trabajo, pero hasta donde conozco y por la pandemia no lo lograron.
¿Cómo están las cosas frente a la pandemia? No solamente sobre las elecciones, pero también sobre la administración del gobierno golpista.
El gobierno golpista de Añez ha militarizado la salud pública. Es decir, ha empleado a la Policía y Fuerzas Armadas para controlar el orden público antes que priorizar inversiones en salud pública de calidad para enfrentar a la pandemia del COVID 19. Es de lamentar que las decisiones sobre la cuarentena rígida hayan sido las equivocadas y que cuando se expande el virus el gobierno nacional delegue la protección y salud a los gobiernos subnacionales a los cuales no les ha transferido los recursos económicos suficientes. Actualmente en Bolivia hay más de 19000 casos confirmados y cientos de fallecimientos. La política ha sido reactiva, impositiva, y coactiva, el gobierno minimizó la prevención y peor aún, se han destapado varios casos de corrupción en la compra de reactivos, materiales médicos y en respiradores para las salas de terapia intensiva para los pacientes críticos.
Hay algunas protestas ocurriendo en Santa Cruz y otras regiones de Bolívia. ¿Qué plantea el pueblo boliviano, cuales las luchas son urgentes?
Bueno en Bolivia tras octubre del año pasado ocurre una suerte de crisis múltiple, algunos investigadores sociales le han denominado una crisis absoluta porque el sistema político, económico, el de salud y el social atraviesan por un momento crítico. Sobre el primer punto pues tras el golpe de Estado y el encumbramiento de Añez al poder violentando la constitución y demás normas legales, hace que el gobierno carezca de legalidad y legitimidad. Por tanto, las políticas asumidas en materia económica han sido proclives a solicitar préstamos el Banco Mundial y al fondo Monetario Internacional, so pretexto de combatir a la pandemia, pero como se ha descubierto por medio de investigaciones periodísticas, todo indica que es un nuevo proceso de ajuste estructural, recomendado por esos organismos financieros internacionales para devaluar la moneda y endeudar al país que había recuperado su soberanía económica durante el gobierno de Evo Morales. Sobre la destrucción del tejido social por causa de la pandemia y la recesión económica más la suba de desempleo aún no hay datos ciertos, pero con seguridad la crisis en este campo será demoledora, dejará a miles de personas desempleadas y con deudas al sistema financiero nacional. Se viene una crisis social por delante y obviamente este gobierno sin legitimidad no logra articular políticas sociales con los actores sociales. El futuro es oscuro. Respecto a la situación de la pandemia, como señale anteriormente con más de 19000 casos el sistema de salud público está pronto de colapsar.
Bueno, Diego, hay muchos militantes en Brasil y otros países hermanos que desean prestar su solidaridad a Bolívia, y por eso nuestra pregunta final es sobre nuestras tareas. ¿Qué piensa que es posible hacer desde nuestros países?
En primer lugar, la denuncia internacional de que en Bolivia se vive una dictadura, matizada por la pandemia del COVID 19, sin embargo, existe restricciones la libertad de prensa, de opinión, de reunión, de asociación, de organización y protesta social. Además, como indique, una suerte de crisis absoluta que cada día se agrava, en gran parte, por las medidas asumidas por un gobierno ilegal, ilegitimo, corrupto y cleptómano. Con la denuncia, los compañeros y compañeras de Brasil y de otros países ayudan bastante a visibilizar lo que ocurre en Bolivia.
En segundo lugar, necesitamos que nos apoyen a exigir la realización de elecciones el día 6 de septiembre, fecha fijada por el Órgano Electoral. En estos días, la presidenta y candidata Añez, comunicó públicamente que no está de acuerdo con la fecha indicada, pero todo sugiere que es porque la intención de voto favorable que obtuvo hace meses y tras la pésima gestión de la crisis sanitaria y económica, ha bajado considerablemente a su favor. Por tal motivo y aduciendo que la salud es lo primero pide que se postergue unos meses más la fecha de elección. Pero el pueblo boliviano necesita un gobierno legítimo salido de las urnas. En ese sentido, pedimos que apoyen la realización de elecciones el 6S.
Movimentos sociais realizam atos contra adiamento das eleições gerais na Bolívia
Organizações bloquearam vias exigindo o pleito em 6 de setembro em vez de 18 de outubro
BRASIL DE FATO / Redação Opera Mundi
A Central Operária Boliviana (COB) e outros movimentos sociais ligados ao Pacto de Unidade da Bolívia realizaram na última segunda-feira (03/08) bloqueios em estradas e avenidas de diferentes regiões do país contra a decisão de adiamento das eleições gerais que definirão o próximo presidente do país.
A partir da meia noite desta segunda, a Federação de Conselhos de Bairro emitiu um comunicado convocando os moradores a realizar um “bloqueio de mil cantos”, para paralisar completamente a cidade de El Alto. Em Cochabamba, os manifestantes travaram as estradas de Pongo, Sayari e Japokasa, vias que conectam o departamento a Oruro e La Paz. A mobilização também acontece em Santa Cruz, onde os bolivianos bloquearam algumas avenidas.
“Este governo usa a covid-19 como desculpa para se estender ao poder. Queremos um governo legítimo imediatamente”, afirmou Roberto Carlos Arias, um dos dirigentes da Federação Regional de Camponeses da Grande Chiquitania.
No final de julho, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) boliviano anunciou um novo adiamento das eleições presidenciais do país de 6 de setembro para 18 de outubro deste ano, com um eventual segundo turno em 29 de novembro. De acordo com Salvador Romero, presidente do órgão, o motivo seria o aumento da pandemia do novo coronavírus.
Os manifestantes exigem que o cronograma acordado pelo TSE seja cumprido em conjunto com as diferentes forças políticas.
As eleições presidenciais bolivianas estavam previstas para acontecer, inicialmente, no dia 3 de maio. No entanto, foram suspensas pelo TSE após a presidente autoproclamada Jeanine Áñez decretar quarentena na Bolívia em março.
Áñez se autoproclamou presidente da Bolívia após o golpe de Estado que derrubou Evo Morales, que havia sido reeleito em outubro de 2019 para um novo mandato. Para o ex-mandatário, o adiamento das eleições é uma medida de Áñez em “ganhar tempo” para perseguir a oposição.
(*) Com teleSur.