Intensifica-se a luta por democracia no Sudão

imagemMilhares de pessoas marcharam na capital do Sudão – Kartum – na véspera de Ano Novo em mais uma jornada de protesto, cantando “o povo quer derrubar o regime” e “liberdade, justiça, a revolução é a escolha do povo”. A marcha, convocada pela Aliança Profissional dos sindicatos, marcou o 14º dia de contínuas ações de protesto em massa contra o regime ditatorial e, mais uma vez, o ato, pacífico, foi atacado com brutalidade pelas forças de segurança, que chegaram a usar munição real. Os relatos falam que dezenas foram feridos e que dois líderes da Aliança Profissional e o presidente da União Sindical foram presos.

Como resultado das contínuas ações de massa, da vitoriosa unidade construída pelo povo e do avanço dos protestos em todos os cantos do país, rachaduras começaram a aparecer no regime, indicando o começo de seu fim: vinte partidos, que faziam parte do governo e eram aliados do regime, declararam sua retirada de todos os cargos, citando a brutalidade da repressão e pediram a renúncia de Albashir, a dissolução do governo atual e o respeito às liberdades básicas e aos direitos democráticos.

O Partido Comunista Sudanês, em 2 de janeiro, pediu a intensificação da solidariedade internacional e a continuação das ações de massa, com base na unidade das forças da oposição e sua demanda declarada: a derrubada do regime, sua desintegração e liquidação. O PCS denunciou também conspirações em curso, levadas a cabo por forças internas e estrangeiras para afastar o povo da luta e abortar a revolução, e instou as massas a manterem-se firmes e unidas em torno de suas aspirações ao estado de direito e à participação independente dos trabalhadores no processo de tomada de decisões e em sua implementação. O PCS reafirmou, ainda, seu compromisso com os princípios incorporados à alternativa democrática adotada pela oposição.

“Está claro agora que a luta do nosso povo atingiu um estágio muito importante. O regime não é mais capaz de governar. O povo deve avançar ao ponto de dar o golpe final e derrubar o regime ditatorial corrupto”, afirmou, em nota, o Comitê Central do Partido Comunista Sudanês, logo após o fim da manifestação.

Redação: Secretaria de Relações internacionais do PCB

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