Massacre de 13/Nov em Paris: Cui Bono?

imagempor Pepe Escobar

Nota dos Editores (da página do PCB) – Depois de publicarmos texto de Carlos Aznárez, levantando a hipótese de que os atentados de Paris tenham sido cometidos pelo Estado Islâmico, divulgamos agora dois textos que levantam a hipótese de terem sido atentados sob falsa bandeira. Entretanto, não há dúvidas quanto às consequências dos atentados: mais vendas de armas, mais guerras, xenofobia e repressão contra os povos.

Ontem à noite as coisas mudaram de repente em Paris . A evidência disponível sugere que os assaltos foram executados por um grupo de assassinos profissional que, entre outras armas, utilizou bombas vivas. A mensagem de hoje de Pepe Escobar na sua página do Facebook lança alguma luz sobre o simbolismo e o momento do massacre.


Examinando uma tonelada de reportagens descobri um cidadão dinamarquês que descrevia um dos atacantes: ultra-profissional, de negro da cabeça aos pés, AK-47, muito bem treinado. Este não fazia parte dos habituais bombistas camuflados de al-Zawahiri; era um assassino de precisão. Ele abandonou a cena sem ser perturbado e, ao contrário do que diz a polícia francesa, pode não ter sido capturado: Não usava colete de suicida.

A inteligência francesa jura que está a monitorar pelo menos 200 cidadãos nacionais que voltaram do “Siraque”. Conversa acerca de um trabalho péssimo. Paris é hiper-policiada. Considere a ideia admirável de pelo menos oito jihadistas a passear à vontade numa sexta-feira à noite vestidos como assassinos profissionais.

Eles escolheram um conjunto de locais fortemente simbólicos. Há um desafio (de futebol) franco-alemão assistido pelo Presidente num estádio onde todas as barreiras – étnicas, religiosas – se dissolvem, um verdadeiro símbolo de multiculturalismo. Há um concerto de uma banda americana num salão cheio de jovens. Há os cafés da vizinhança no 10º e 11º bairro, com jovens, modernos, laicos.

Isto aponta para um espectro conceitual calibrado – cuidadosamente mapeado por gente francesa, talvez aqueles retornados do “Siraque”. Isto também aponta para uma falha monumental da inteligência francesa e do Ministério do Interior.

O momento: crucial. Exatamente quando estadunidenses/britânicos anunciam que “podem” ter desaparecido o John da Jihad. E poucas horas antes das conversações de Viena que supostamente produzirão uma lista oficial dos Dez Principais terroristas na Síria.

Como sempre, a resposta honesta à pergunta cui bono (a quem aproveita) pode ser a última vítima (e talvez a maior) da tragédia de 13/Nov em Paris.

apareceram várias vozes de peso a favor da versão da falsa bandeira interna (internal false flag), enquanto o fraco governo francês e serviços secretos que dependem totalmente de “parceiros americanos” dificilmente possuem recursos suficientes para orquestrar o drama numa tal escala.

A leitura nas entrelinhas do relatório recém-publicado do Stratfor sobre os ataques de Paris (presumindo certamente que não há dúvida do envolvimento de todo o Estado Islâmico) sugere que os neocons americanos querem ver uma maior bota francesa sobre o terreno no Siraque. (Mais elaboração sobre a mobilização da OTAN em consequência do 13/Nov é apresentada por Patrick Henningsen no 21st Century Wire .) Eles não ficaram satisfeitos com a resilência francesa a cair completamente dentro da confusão pan-europeia dos refugiados e nem com a indiferença pública para com os provocadores anti-islâmicos do Charlie Hebdo . O único efeito colateral que incomoda os analistas do Stratfor é a aparente ascensão de Marine Le Pen a qual, segundo eles, deveria ser beliscada estabelecendo Nikolas Sarkozy no mesmo campo eleitoral.

Como matéria de fato, a noite sangrenta em Paris foi lançada para enterrar definitivamente o projeto europeu tal como era visto originalmente em Paris e Berlim – harmonia de nações economicamente poderosas e politicamente soberanas. O simbolismo de iniciar os ataques próximo do estádio durante o jogo amistoso franco-alemão é óbvio. Não seria surpresa se a investigação francesa do ataque descobrisse um claro indício alemão dos perpetradores. As regras do gênero exigem tal enredo.

Muito poucos na Europa ainda consideram seriamente o fato imutável de que a União Europeia aliada à base de recursos euro-asiática é ainda o maior pesadelo para os donos da Wall Street que estabeleceram a aliança Rússia-China (favor ler mais sobre a questão na atualização de ontem, Grandmaster Putin’s Trap-2 ). A burocracia da UE controlada pela Wall Street está rapidamente a perder não só apoio do público em países europeus (é de mau gosto em Bruxelas desde há muito tempo), como também das elites locais de negócios e de outros grupos de poder.

Substituir a velha burocracia da UE por novos representantes que tomariam o caminho da soberinazação da Europa era a exigência pública no continente e desafiava gravemente a parceria transatlântica (esqueceu de que no mês passado o ministro francês do Comércio, Matthias Fekl, ameaçou abandonar as conversações TPP [Parceria Trans-Pacífico]?)

Reforçar esta última era a tarefa urgente dos sequazes da Wall Street de ambos os lados do oceano. Uma vez que o projeto ucraniano realmente falhou e devido à notável mudança francesa na abordagem da política europeia para o Leste, um fundamento para o novo consenso transatlântico era desesperadamente necessário. Uma bandeira negra nas proximidades da torre Eiffel foi hasteada virtualmente nos écrans para desviar o povo de questões muito mais candentes: qual é a agenda real por trás da desestabilização do Médio Oriente e onde estão os interesses europeus nesse aspecto?

Então quem se aproveita deste ataque? Para proveito de quem, França?

15/Novembro/2015

O original encontra-se em www.globalresearch.ca/1311-paris-massacre-cui-bono/5489112

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

Os ataques terroristas de Paris e a “narrativa oficial”
– The Matrix estende o seu alcance

por Paul Craig Roberts

http://resistir.info/franca/roberts_atentados_14nov15.html

Apenas uma hora após os ataques de Paris e ainda sem qualquer prova, foi gravada na pedra a narrativa de que os perpetradores eram do ISIL. É assim que funcionam os trabalhos da propaganda.

Quando o ocidente faz isto ele sempre tem êxito porque o mundo habituou-se a seguir a sua liderança. Admirei-me por ver, por exemplo, os serviços noticiosos russos ajudarem a propalar a narrativa oficial dos ataques de Paris apesar de a própria Rússia ter sofrido tantas vezes com narrativas falsas fabricadas.

Será que os media russos esqueceram o MH-17? No mesmo minuto em que era transmitida a narrativa de que o avião da Malaysian fora atingido por um míssil russo sobre a Ucrânia oriental nas mãos de separatistas, a culpa era atribuída à Rússia. E é onde a culpa permanece apesar da ausência de prova.

Será que os media russos também esqueceram a “invasão russa da Ucrânia”? Esta narrativa ridícula é aceite por toda a parte no ocidente como verdade sagrada.

Será que os media russos se esqueceram do livro daquele editor alemão de jornal, o qual escreveu que todo jornalista importante europeu era um ativo da CIA?

Alguém poderia pensar que a experiência teria ensinado os media russos a serem cauteloso quanto a explicações que têm origem no ocidente.

Temos agora o que provavelmente é mais uma falsa narrativa estabelecida como verdade. Assim como uns poucos sauditas com canivetes enganaram todo o aparelho de segurança nacional dos EUA, o ISIL conseguiu adquirir armas não adquiríveis e enganar a inteligência francesa enquanto organizava uma série de ataques em Paris.

Por que é que o ISIL fez isto? Tiro pela culatra pelo pequeno papel da França na violência do Médio Oriente?

Por que não os EUA ao invés?

Ou será que o objetivo do ISIL era ter o fluxo de refugiados para dentro da Europa bloqueado por fronteiras fechadas? Será que o ISIL quer realmente manter todos os seus oponentes na Síria e no Iraque quando, ao invés, pode conduzi-los para a Europa? Por que tem de matar ou controlar milhões de pessoas impedindo a sua fuga?

Não espere quaisquer explicações ou questionamentos por parte dos media acerca da narrativa que está estabelecida como verdade definitiva.

A ameaça ao establishment europeu não é o ISIL. As ameaças são a ascensão de partidos políticos anti-UE e anti-imigrantes: Pegida na Alemanha, o UKIP na Grã-Bretanha e a Frente Nacional em França. Os inquéritos mais recentes mostram a Frente Nacional de Marine Le Pen à frente como a provável presidente francesa.

Algo tinha de ser feito acerca das hordas de refugiados provocadas pelas guerra de Washington, ou os partidos políticos do establishment serão confrontados com a derrota às mãos de partidos políticos que também são adversos à subserviência de Washington à Europa.

As regras da UE acerca de refugiados e imigrantes e a aceitação de um milhão de refugiados pela Alemanha, juntamente com fortes críticas àqueles governos na Europa do Leste que quiseram erguer muros para manter os refugiados do lado de fora, tornou impossível o encerramento de fronteiras.

Com os ataques terroristas de Paris, o que era impossível tornou-se possível e o presidente da França imediatamente anunciou o encerramento das fronteiras à França. Os encerramentos de fronteiras propagar-se-ão. A questão principal dos partidos políticos dissidentes em ascensão será neutralizada. A UE estará segura e, assim, a soberania da Europa sobre a Europa.

Se os ataques de Paris foram ou não operações de bandeira falsa com a finalidade de obter estes resultados, estes resultados serão as consequências dos ataques. Estes resultados servem os interesses do establishment político europeu e de Washington.

Será o ISIL tão pouco refinado que não tenha percebido isso? Se o ISIL for tão pouco refinado, como é que ele tão facilmente enganou os serviços franceses de inteligência? Na verdade, pode a inteligência francesa ser inteligente?

Podem os povos do ocidente ser inteligentes a ponto de cair numa narrativa forjada antes de qualquer prova? No ocidente, os fatos são criados por declarações de governos no seu próprio interesse. A investigação não faz parte do processo. Quando 90 por cento dos media estadunidenses são possuídos por seis mega corporações, não pode haver qualquer diferença.

Na medida em que The Matrix aumenta o absurdo das suas afirmações, ela no entanto consegue tornar-se ainda mais invulnerável.

14/Novembro/2015

Ver também:

The Paris Terrorist Attacks, “9/11 French-Style”, “Le 11 septembre à la française” , Michel Chossudovsky

CONFIRMED: French Government Knew Extremists BEFORE Paris Terrorist Attack , Tony Cartalucci

Paris Terror Attacks: Blowback or False Flag? France Declares a State of Emergency , Stephen Lendman

Ça sent la merde ces attentats de Paris! , Isabelle

Le communiqué de l’Elysée que vous ne lirez pas , Viktor Dedaj

Le Bataclan revendu le 11 septembre. Exercices “multi-sites” du Samu de Paris le matin même , Alexander Doyle

O original encontra-se em www.globalresearch.ca/…

http://resistir.info/franca/escobar_14nov15.html