Reforma de Bolsonaro e Guedes deixará o brasileiro na miséria

imagempor Marina Azambuja – JORNALISTAS LIVRES Assim como as empresas estatais, a Previdência Social também é um pilar fundamental para a economia brasileira. Democraticamente a Previdência garante aposentadoria à população, aposentadoria especial, aposentadoria por invalidez, auxílio-doença além de reduzir a pobreza.

Como parte do processo de conscientização, a coordenadora da associação Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, foi até o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo para apresentar um seminário sobre o sistema previdenciário que atua no Brasil atualmente e contestar as justificativas dadas pelo atual governo federal para que essa reforma tenha o apoio do povo.

Durante a apresentação, Fattorelli comprovou que a Previdência Social brasileira não está deficitária e que os bancos são os verdadeiros causadores da crise pela qual o país está passando, pois cobram altos juros e querem monopolizar a previdência privada como capitalização que levará o povo brasileiro à fome. Os bancos influenciam no “Sistema da Dívida” para fazer com que países entrem crise e promovam reformas estruturais e perigosas como a da previdência.

Assim os bancos lucram com altos juros e capitalizações

Os gráficos desmentem a propaganda enganosa que o governo está promovendo para ter o apoio da população para aprovar a reforma. Segundo Fattorelli, entre 2005 e 2015, houve um saldo de R$1 trilhão na seguridade social, dado que comprova que a previdência não está falida.

Quanto aos recursos da seguridade social, o Brasil possui R$ 4 trilhões em aplicações sob o poder do governo federal que deveria socorrer estados e municípios, mas infelizmente não pode por causa da PEC do teto de gastos que limita os investimentos do governo federal em setores fundamentais para o país, como saúde, educação e segurança por 20 anos.

Em entrevista dada para o Seu Jornal da TVT após o seminário, Maria Lúcia afirma que, além das precarizações previstas nessa reforma, o brasileiro também perderá o regime de solidariedade que ampara o trabalhador.

“Essa reforma da previdência destrói o regime de solidariedade que foi aprovado por unanimidade na constituição de 1988 que, além de garantir a aposentadoria, também garante proteção nos casos de doenças, afastamentos, invalidez, pensão por morte”.

O que muda com a reforma da previdência

Atualmente as trabalhadoras precisam contribuir com o INSS por 30 anos e os homens por 35 anos. A idade mínima para as mulheres é de 60 anos, para os homens de 65 anos e, para os trabalhadores ruais, é de 55 anos para as mulheres e 60 para os homens, após 15 anos de contribuição.

Com a reforma da previdência a contribuição obrigatória será de 40 anos e a idade mínima para a aposentadoria, de 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens.

Essas contribuições poderão funcionar como regime de capitalização para servir aos interesses dos grandes bancos e devolverá menos dinheiro ao contribuinte.

Essa medida foi adotada no Chile em 1981 durante o governo ditatorial e prejudica a população que hoje possa fome e vive de maneira precária devido ao sistema de capitalização que acabou com a previdência.

Calcule a idade com que você se aposentará caso a reforma da previdência seja aprovada.

https://www.dieese.org.br/calculadoraaposentadoria/index.xhtml

Fontes: Seu jornal/TVT; Auditoria Cidadã da Dívida; Segurança do Trabalho NWN e Brasil de Fato

https://jornalistaslivres.org/reforma-previdenciaria-deixara-o-brasileiro-na-miseria/