Partido Comunista do México saúda o XV Congresso do PCB

Partido Comunista do México/Birô Político do Comitê Central

México DF, 17 de abril de 2014

Ao Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro

Queridos camaradas:

Em nome do Comitê Central do Partido Comunista do México, saudamos fraternalmente e com grande alegria o XV Congresso do Partido Comunista Brasileiro, que ocorrerá entre 18 e 21 de abril, em São Paulo. Fazemos votos pelo sucesso de suas deliberações e o desenvolvimento de suas resoluções, que levarão o proletariado brasileiro a um salto na luta de classes contra o capital.

Ao longo de sua história, o Partido Comunista Brasileiro, como partido da classe operária, vem organizando os trabalhadores e as camadas populares para confrontar a exploração e na conquista de uma vida melhor. Em combate abnegado e sacrificado, em mais de 90 anos, o PCB conquistou nos centros de trabalho, nas indústrias, nos portos, nos campos, nos bairros populares, nas escolas e universidades o lugar que lhe corresponde como partido revolucionário, como partido marxista-leninista. Milhares de militantes exemplares constituíram as fileiras do PCB e nelas se forjaram: os inesquecíveis camaradas da Coluna Prestes, da luta clandestina, os camaradas presos e torturados, os assassinados. Honra e glória para os mártires que levantaram a bandeira do Partido Comunista Brasileiro até o último suspiro!

O PCB, partido de vanguarda da classe operária, dos explorados e oprimidos, é também o centro do ataque da burguesia e, por isso, ele conhece a ilegalidade, o exílio. Ao mesmo tempo, também deu sempre mostra de que é invencível, de que é insubmisso, de que seu otimismo e convicção na futura vitória do socialismo são inabaláveis. O oportunismo em sua variante eurocomunista, os efeitos negativos da contrarrevolução buscaram a liquidação do Partido Comunista Brasileiro e falharam. Enquanto os desertores que tentaram liquidar as características leninistas e despojaram o PCB de seus bens para fundar o PPS, se afundam no lodo da colaboração com os monopólios, o PCB completa sua reconstrução revolucionária e, baseado na autocrítica às concepções reformistas, se dota de uma estratégia pelo poder popular e pelo socialismo.

O PCB é o cérebro e o coração da Revolução brasileira, cujo caráter socialista está definido pelos limites históricos do capitalismo. Os conteúdos anticapitalistas, antimonopolistas e anti-imperialistas do Programa do PCB sustentam a luta pelo poder popular.

O PCB é, pois, a alternativa organizativa dos proletários e camadas populares no Brasil.

Com a socialdemocracia expressa no PT e seus aliados no governo, é claro que o reformismo é uma força colaboradora do capital; que suas ações estão orientadas à desvalorização do trabalho, à pauperização dos trabalhadores, ao favorecimento dos latifundiários e da agroindústria, à busca de que os monopólios brasileiros ocupem um lugar melhor no sistema imperialista, a ser a barreira de contenção que busque a desmobilização classista e popular que gera o antagonismo capital/ trabalho, acentuado pela continuidade das políticas de exploração, despojo que favorecem estritamente a rentabilidade do capital, o enriquecimento dos monopólios.

São muito claras as Teses do XV Congresso do PCB: no Brasil a tarefa é o socialismo. Que ingenuidade a daqueles que querem ver um país semifeudal, semicolonial ou dependente no Brasil dos monopólios, que faz parte da aliança interimperialista BRICS; que está exportando capitais, com monopólios da morte como a Odebrecht, que despojam e espoliam outros povos, como o mexicano. O alto desenvolvimento capitalista do Brasil engendra as condições para a Revolução socialista. Em consequência, a aliança com a chamada burguesia nacional não é mais que uma ilusão. Tem razão o PCB ao defender que o proletariado brasileiro possui como central em suas tarefas o desenvolvimento de sua hegemonia entre as camadas populares.

O PCM coincide, pois, com o PCB num conjunto de tarefas, por uma leitura comum do desenvolvimento capitalista e as tarefas contemporâneas dos comunistas.

Por isso, coincidimos plenamente. Por isso, temos uma participação comum, baseado no marxismo-leninismo e no internacionalismo proletário, em vários espaços de intervenção na América e no mundo.

Queremos expressar, também, que nos entusiasma a candidatura à Presidência de Mauro Iasi e de Sofia Manzano à vice-presidência. Esta candidatura comunista é uma expressão de que o PCB está comprometido com o povo brasileiro, ao entregar-lhes seus melhores esforços. Mauro e Sofia são dois comunistas consequentes, intelectuais marxistas de grande valor continental, verdadeiros filhos do povo e comprometidos à plenitude com a classe operária; são expressões da cultura, da poesia, do estudo e da investigação. A candidatura comunista de Mauro e Sofia é certeira.

Queridos camaradas:

Num recente encontro com o camarada Ivan Pinheiro, Secretário Geral do PCB, falávamos de reforçar os vínculos entre nossos partidos. É um imperativo.

A luta pelo socialismo é de atualidade e é a única saída para a decadência e barbárie do capitalismo em sua fase imperialista. O Partido Comunista Brasileiro dará una contribuição significativa a essa tarefa internacional do proletariado.

Viva o marxismo-leninismo!

Viva o XV Congresso do Partido Comunista Brasileiro!

Viva o socialismo-comunismo e o internacionalismo proletário!

Proletários de todos os países, uni-vos!

O Birô Político do Comitê Central

Ver vídeo de saudação: https://www.youtube.com/watch?v=mx9SgHpZFTU

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)