Lulismo

“É triste estarmos falando em lulismo”

Entrevista com Mauro Iasi (de Renato Godoy de Toledo) Brasil de Fato – edição 365 – de 25 de fevereiro a 3 de março de 2010 Mauro Iasi, historiador, é fundador do PT é, atualmente, membro da Comissão Política Nacional do Partido Comunista Brasileiro (PCB) Em 1980, o senhor acreditava que o partido tornaria-se o mais importante do país em 30 anos? Se sim, imaginava que seria dessa forma? Mauro Iasi – No contexto de 1980, nos preocupávamos menos com a “importância” do partido que estava nascendo e mais com a necessidade de expressão política dos setores explorados pelo capitalismo, como dizia o manifesto de fundação do PT. O PT, hoje, é um dos principais e um dos maiores partidos do cenário político brasileiro, no entanto, o preço pago para atingir tal dimensão foi, em grande medida, o abandono dos princípios e metas políticas que estavam presentes em sua origem.

O GOVERNO LULA E OS INTELECTUAIS

Crédito: www.correiocidadania.com.br Escrito por Paulo Passarinho Correio da Cidadania 26-Fev-2010 Há um enorme esforço de intelectuais que se situam à esquerda – e que apóiam o PT e o governo Lula – para justificar, explicar e defender as opções adotadas a partir de 2002 pelos atuais mandatários do governo federal. Há alegações de vários tipos. Ganhar um governo não significa chegar ao poder; maioria eleitoral não deve se confundir com hegemonia política; há uma correlação de forças desfavorável a mudanças, pois a hegemonia é conservadora; ao ser eleito, Lula não dispunha do apoio da maioria do Congresso; a maior parte dos governadores eleitos em 2002 era de direita… São algumas das razões apresentadas para se dar respaldo e apoio às decisões que vêm sendo tomadas pelo governo do PT e de seus aliados.

A Criação de um Mito. A nova face da alienação política do período petista.

Crédito: www.correiocidadania.com.br Fábio Bezerra* Pela primeira vez na história do cinema, um presidente da república ainda em pleno mandato, tem dedicada sua biografia à sétima arte, com um grande apelo à trajetória de quem venceu a fome e as péssimas condições as quais os retirantes nordestinos são submetidos desde o êxodo do sertão até chegar às favelas na periferia de São Paulo. O filme sobre a trajetória de Lula é uma superprodução para os padrões brasileiros, financiado com recursos de diversas empresas privadas, entre elas empreiteiras que estão diretamente envolvidas nas obras do PAC, tais como a Odebrecht e Camargo Corrêa e empresas prestadoras de serviços ou parceiras na exploração do Pré-sal, como o grupo EMX, do empresário Eike Batista.

“MINHA CASA” É A RECONCILIAÇÃO ENTRE CAPITAL E TRABALHO, AFIRMA LULA

Pedro Fiori Arantes O pacote habitacional, as medidas anunciadas e os discursos que o legitimam têm deixado cada vez mais claro o projeto do governo Lula de um “capitalismo popular” para o Brasil, sem que dele façam parte as reformas condizentes com o seu antigo “programa democrático-popular” , incluindo aí a Reforma Urbana. A promoção da “casa popular” é apresentada como grande saída, não apenas para a crise econômica como também para os problemas do país, justamente por ser uma solução de unidade de interesses, dissociada da transformação social efetiva.