Memória

GREGÓRIO BEZERRA: UM EXEMPLO DE REVOLUCIONÁRIO

Crédito: PCB PCB ENTREGA, EM RECIFE, A MEDALHA DINARCO REIS, IN MEMORIAM, A JURANDIR, ÚNICO FILHO VIVO DE GREGÓRIO BEZERRA “Em 1935, a gente tinha armas, mas não tinha massa; Em 1964, a gente tinha massa, mas não tinha armas.” (Gregório Bezerra) Sem subestimar o fundamental papel dos intelectuais revolucionários, é impressionante como a inserção de um comunista na massa, como um peixe dentro da água, lhe permite, com uma sábia simplicidade, resumir e transmitir ao povo teses de importância prática e teórica.

MÁRIO ALVES, A DIGNIDADE DE UM REVOLUCIONÁRIO

Crédito: PCB *OTTO FILGUEIRAS As praias do Rio de Janeiro encheram-se de velas no dia 3l de dezembro de 1969. O sol rompeu forte no ano novo e avisou que até o calor seria de amargar. Às 20 horas do dia 14 de janeiro, Bruno Maranhão esperava na rua Brás de Pina, conforme o combinado. Lá adiante, avistou Mário Alves. O jornalista explicou que não comparecera ninguém no ponto dele às 18 horas. Mário faria parte da primeira turma a entrar no local da reunião e sabia do ponto de Bruno porque fora ele que passara a outro companheiro e estava ali para trocar opiniões sobre o desencontro. Bruno cismou, mas Vila ponderou que o pessoal deveria estar com dificuldade para arranjar o aparelho onde seria realizada a reunião do Comitê Central. Por medida de segurança saíram do local e caminharam trocando idéias sobre a prisão do militante na fuga do assalto no Souto Maior e posteriormente de alguns simpatizantes.

A história de um valente (1900-1948) – 1ª Parte

Crédito: coletivopaulopetry.blogspot.com Por: Luciano Morais e Roberto Numeriano No dia 13 de março de 2010 serão comemorados os 110 de Gregório Lourenço Bezerra. O lendário militante comunista, líder camponês e ex-Sargento do Exercito, será homenageado pela Fundação Dinarco Reis (FDR), onde entregará a medalha que lembra os heróis do povo brasileiro na luta pelo socialismo. A FDR será representada por Ivan Pinheiro e Dinarco Reis, ambos do Comitê Central do PCB, neste Evento que será realizado na Câmara de Vereadores do Recife às 9 horas. A homenagem contará também com a presença do músico paraibano e militante do PCB Vital Farias

PCB: 88 anos de luta!

Cartaz* comemorativo aos 88 anos do Partido Comunista Brasileiro – PCB. Fundado em 25 de março de 1922. 25 de março de 2010.

Faleceu o camarada Aristélio

Crédito: Faleceu o camarada Aristélio Depois de uma longa batalha contra o câncer e os efeitos do tratamento da doença, que o deixaram bastante debilitado, descansou nosso querido camarada Aristélio Travassos de Andrade. Nasceu em 18 de março de 1934, na cidade de Timbaúba, Estado de Pernambuco, na chamada ex-Zona da Mata, de onde seus pais saíram, para morar no Rio de Janeiro, quando então tinha 3 anos de idade. Estudou no Instituto Teológico Adventista, onde hoje funciona o Colégio Petropolitano de Ensino. Fez contabilidade trabalhando de dia na Casa Turuna, na Avenida Passos. Quando se formou, ficou doente dos pulmões e foi morar em São José dos Campos. Um ano depois, com a doença controlada, fez concurso para o Centro Técnico de Aeronáutica. Em 1952, trabalhando no meio da nata dos golpistas da Aeronáutica, entre ele o major Burnier, famoso depois de 1964, ingressou no Partido Comunista Brasileiro, do qual nunca se afastou.

“Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo”

Crédito: ILCP Olga Benario Prestes ÚLTIMA CARTA ESCRITA AO MARIDO E À FILHA, NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE RAVENSBRÜCK, ANTES DE SER CONDUZIDA À MORTE EM CÂMARA DE GÁS (ABRIL/1942) Queridos: Amanhã vou precisar de toda a minha força e de toda a minha vontade. Por isso, não posso pensar nas coisas que me torturam o coração, que são mais caras que a minha própria vida. E por isso me despeço de vocês agora. É totalmente impossível para mim imaginar, filha querida, que não voltarei a ver-te, que nunca mais voltarei a estreitar-te em meus braços ansiosos. Quisera poder pentear-te, fazer-te as tranças – ah, não, elas foram cortadas. Mas te fica melhor o cabelo solto, um pouco desalinhado. Antes de tudo, vou fazer-te forte. Deves andar de sandálias ou descalça, correr ao ar livre comigo. Sua avó, em princípio, não estará muito de acordo com isso, mas logo nos entenderemos muito bem. Deves respeitá-la e querê-la por toda a tua vida, como o teu pai e eu fazemos. Todas as manhãs faremos ginástica… Vês? Já volto a sonhar, como tantas noites, e esqueço que esta é a minha despedida. E agora, quando penso nisto de novo, a idéia de que nunca mais poderei estreitar teu corpinho cálido é para mim como a morte.

Adeus ao comunista José Peba

Crédito: www.iparaiba.com.br Bernardete Wrublevski Aued* José Peba Pereira dos Santos nasceu em São João do Cariri, Paraíba, em 21 de janeiro de 1917 e o seu coração de militante comunista deixou de bater no último dia do ano de 2009, na cidade de Campina Grande, Paraíba. De profissão sapateiro, foi dirigente sindical, militante do Partido Comunista Brasileiro. Diferentemente dos comunistas de grandes cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo, cujo anonimato resulta em certas garantias de vida, José Peba torna-se comunista num contexto onde os dirigentes políticos estavam pouco ou nada habituados com a convivência de sindicato, greves e liderança de trabalhador. Nesta situação, José fez política pelo avesso e, muitas vezes escapou por pouco de perder a vida. Veio deste período o apelido Peba, uma metáfora ao tatu Peba, um animal hábil cavador nas entranhas da terra. José escava as entranhas do poder constituído, questionando-o dentro do trabalho e fora dele.

A poetisa romântica da esquerda

Crédito: MST Fã de Che Guevara, admiradora de Jesus Cristo e amiga de Carlos Marighella, ela foi alfabetizada com poesia e viveu exilada por causa da militância comunista. Leneide Duarte Ela gosta de dizer que foi alfabetizada com poesia e amamentada com música. Na juventude, filiou-se ao Partido Comunista. Foi presa em 1935 e ficou ao lado da cela de Olga Benário, a mulher de Luiz Carlos Prestes que morreu nas mãos dos nazistas. “Lamento não ter ficado mais tempo na prisão para conhecê-la”, diz. Aos 90 anos, a poetisa Beatriz Bandeira Ryff, que tem três livros publicados, é uma socialista convicta. Para ela, Che Guevara foi um idealista admirável e Jesus Cristo, de certa forma, um revolucionário. No seu panteão particular, estão ainda Luiz Carlos Prestes e Carlos Marighella, de quem foi amiga.

Gregório, Gregório

Gregório, Gregório (a Gregório Bezerra, camarada de sonhos, de vida) impenetrável nordestino, como casca de jabuti; duro