Memória
PCB COMEMORA 88 ANOS DE VIDA
Crédito: PCB
Ivan Pinheiro (*)
Neste 25 de março de 2010, o PCB completa oitenta e oito anos de sua fundação. É o Partido mais antigo do Brasil. A história do PCB confunde-se com a história do Brasil e sobretudo com a história das lutas do proletariado e dos trabalhadores em geral.
Mas a comemoração não é exclusiva do PCB e de seus amigos. Os que estamos revitalizando esta sigla histórica reconhecemos que do ventre do PCB nasceram várias organizações políticas. Estas têm também o direito de comemorar este aniversário, que não pertence apenas aos que nele hoje militamos.
Queremos comemorar esta data confraternizando-nos com os diversos camaradas que saíram do PCB e criaram outras organizações revolucionárias por conta de divergências internas, basicamente com relação à política de conciliação de classes que vigorou no Partido em boa parte da segunda metade do século passado, críticas com as quais concordamos. Da mesma forma, devem festejar a data os milhares de comunistas brasileiros, hoje sem partido, em função da diáspora que teve como matriz o PCB.
GREGÓRIO BEZERRA: UM EXEMPLO DE REVOLUCIONÁRIO
Crédito: PCB
PCB ENTREGA, EM RECIFE, A MEDALHA DINARCO REIS, IN MEMORIAM, A JURANDIR, ÚNICO FILHO VIVO DE GREGÓRIO BEZERRA
“Em 1935, a gente tinha armas, mas não tinha massa;
Em 1964, a gente tinha massa, mas não tinha armas.”
(Gregório Bezerra)
Sem subestimar o fundamental papel dos intelectuais revolucionários, é impressionante como a inserção de um comunista na massa, como um peixe dentro da água, lhe permite, com uma sábia simplicidade, resumir e transmitir ao povo teses de importância prática e teórica.
MÁRIO ALVES, A DIGNIDADE DE UM REVOLUCIONÁRIO
Crédito: PCB
*OTTO FILGUEIRAS
As praias do Rio de Janeiro encheram-se de velas no dia 3l de dezembro de 1969.
O sol rompeu forte no ano novo e avisou que até o calor seria de amargar. Às 20 horas do dia 14 de janeiro, Bruno Maranhão esperava na rua Brás de Pina, conforme o combinado. Lá adiante, avistou Mário Alves. O jornalista explicou que não comparecera ninguém no ponto dele às 18 horas. Mário faria parte da primeira turma a entrar no local da reunião e sabia do ponto de Bruno porque fora ele que passara a outro companheiro e estava ali para trocar opiniões sobre o desencontro. Bruno cismou, mas Vila ponderou que o pessoal deveria estar com dificuldade para arranjar o aparelho onde seria realizada a reunião do Comitê Central. Por medida de segurança saíram do local e caminharam trocando idéias sobre a prisão do militante na fuga do assalto no Souto Maior e posteriormente de alguns simpatizantes.
A história de um valente (1900-1948) – 1ª Parte
Crédito: coletivopaulopetry.blogspot.com
Por: Luciano Morais e Roberto Numeriano
No dia 13 de março de 2010 serão comemorados os 110 de Gregório Lourenço Bezerra. O lendário militante comunista, líder camponês e ex-Sargento do Exercito, será homenageado pela Fundação Dinarco Reis (FDR), onde entregará a medalha que lembra os heróis do povo brasileiro na luta pelo socialismo. A FDR será representada por Ivan Pinheiro e Dinarco Reis, ambos do Comitê Central do PCB, neste Evento que será realizado na Câmara de Vereadores do Recife às 9 horas. A homenagem contará também com a presença do músico paraibano e militante do PCB Vital Farias
Faleceu o camarada Aristélio
Crédito: Faleceu o camarada Aristélio
Depois de uma longa batalha contra o câncer e os efeitos do tratamento da doença, que o deixaram bastante debilitado, descansou nosso querido camarada Aristélio Travassos de Andrade.
Nasceu em 18 de março de 1934, na cidade de Timbaúba, Estado de Pernambuco, na chamada ex-Zona da Mata, de onde seus pais saíram, para morar no Rio de Janeiro, quando então tinha 3 anos de idade. Estudou no Instituto Teológico Adventista, onde hoje funciona o Colégio Petropolitano de Ensino. Fez contabilidade trabalhando de dia na Casa Turuna, na Avenida Passos. Quando se formou, ficou doente dos pulmões e foi morar em São José dos Campos. Um ano depois, com a doença controlada, fez concurso para o Centro Técnico de Aeronáutica. Em 1952, trabalhando no meio da nata dos golpistas da Aeronáutica, entre ele o major Burnier, famoso depois de 1964, ingressou no Partido Comunista Brasileiro, do qual nunca se afastou.