Mês
outubro 2014

As armas da crítica e a crítica das armas

João Vilela* Os meus dias têm sido especialmente alegres ultimamente, com a retomada de uma discussão que muito me agrada: a da necessidade de recuperar os aspectos fundamentais do marxismo-leninismo e de combater, em nome deles, com denodo, contra todas as formas de oportunismo. Agrada-me o tema e enche-me de satisfação ver entre os que promovem essa discussão nomes que aprendi a admirar, como Miguel Urbano Rodrigues e, Carlos Costa . Atrever-me a entabular seja que diálogo for com gente da craveira intelectual e política destes dois nomes é, bem se vê, uma insensata temeridade. Reconheço. Nunca me disseram, todavia, que a revolução dispensava temeridades, mais ou menos insensatas. E se eles têm por si a idade e a experiência a dar-lhes autoridade no que dizem, eu tenho a juventude a desculpar-me o atrevimento de meter, assim, a colherada na discussão.