Mês
novembro 2014

Mudanças decisivas no sistema global

– Entre ilusões e guerras desesperadas contra o tempo Jorge Beinstein* O FMI informou recentemente que em 2014, a nível global, o primeiro Produto Interno Bruto (medido em paridade de poder de compra) já não é o dos Estados Unidos e sim o da China. De acordo com essa informação, em 2014 a China representa 16,4% do Produto Mundial Bruto contra 16,2% dos Estados Unidos. Em 1980 os Estados Unidos representavam 22,3% e a China apenas 2,3%. No ano de 2004 os Estados Unidos ainda pareciam estar localizados numa altura difícil de alcançar, com 20,1% do Produto Mundial Bruto e a China crescia mas chegava a 9,1% (menos da metade do PIB estado-unidense). Em dez anos mais equilibrou-se a balança e, de acordo com o prognóstico do FMI, a diferença em favor da China aumentará nos próximos anos.

A construção midiática dos “jihadistas”

Said Bouamama Um novo termo entrou no vocabulário usual do francês nos últimos meses, o de “jihadista”. Os grandes meios de comunicação abordam diariamente o tema e difundem um marco de interpretação que modela a opinião pública, orientando as reações e suscitando tomadas de posição. Para dar um aval científico a afirmações midiáticas, recorrem à ajuda de “experts” e “especialistas” de nomes conhecidos.

Revolucionários sem rosto: Uma história da Ação Popular

Edmilson Costa* O golpe militar no Brasil, em 1964, implantou uma longa ditadura que durou 21 anos, sufocou as liberdades democráticas, criou um modelo econômico concentrador de renda, prendeu milhares de pessoas, implantou a tortura como método de investigação e assassinou centenas de militantes nos porões de repressão, existindo hoje mais de 350 desaparecidos políticos. Também ao longo da ditadura o povo brasileiro resistiu de diversas formas, desde o voto nos partidos de oposição, às manifestações de ruas, às greves operárias e estudantis até a luta armada.