Reforma da previdência liquida pensão por morte

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A pensão por morte está na mira dos burgueses capitalistas há bastante tempo. Sofreu algumas restrições durante o governo Dilma, mas é com os golpistas de Temer que ela pode ser praticamente extinguida. Entenda como:

Valor da Pensão:

Hoje: A pensão por morte é um benefício pago pelo INSS que garante que o companheiro ou dependente da pessoa que faleceu receba integralmente uma pensão no mesmo valor que seria a aposentadoria daquela pessoa, ou seja, 100%. Quando a pessoa também contribuiu com INSS, ou seja, trabalhou o período exigido para poder se aposentar, é permitido acumular os dois benefícios.

Com a reforma de Temer: A pensão por morte cairá pela metade, 50%, acrescido de mais 10% pago por cada conjugue e dependente que a pessoa deixou. Ou seja, um homem casado com dois filhos menores de idade deixará uma pensão no valor de 50% + 30% (1 esposa e 2 dependentes), 80% do valor da aposentadoria que receberia em vida.

Acumulação da Pensão com aposentadoria:

Hoje: A pessoa, que também contribuiu para ter o direito de se aposentar, recebe sua aposentadoria mais a pensão no valor total, 100% da aposentadoria do falecido.

Com a reforma de Temer: A pessoa aposentada não pode acumular uma somatória de sua aposentadoria e a pensão por morte que some mais de 2 salários mínimos. Ou seja, o teto para acumular aposentadoria e pensão por morte é de R$ 1.908 reais, até que se ajuste o salário mínimo novamente. A outra opção que a pessoa tem é escolher o maior entre os dois benefícios, ou a pensão ou a sua própria aposentadoria, o que quer dizer a mesma coisa que liquidar o benefício.

A imprensa esconde todos os ataques que representam a reforma da previdência contra os trabalhadores, sejam servidores públicos ou da iniciativa privada. Confundindo propositalmente os privilégios dos políticos, que tem uma previdência especial que não está sendo reformada, fazem o trabalho sujo da burguesia, de Temer e dos banqueiros que querem ver a previdência acabar para ter mais grana injetada na dívida pública, e mais gente trabalhando por mais tempo, aumentando a exploração, a precarização e o desemprego com isto.

É preciso exigir das centrais sindicais que abandonem sua estratégia traidora da mobilização da classe trabalhadora, colocando todas as esperanças em eleições em 2018 enquanto os ataques estão acontecendo agora, como a reforma trabalhista que já foi votada, ou a da previdência que pode ser aprovada ainda no início do ano. Lutar nos locais de trabalho por uma alternativa com independência dos golpistas, da Lava-Jato e da conciliação de classes, assumindo um programa que ataque os lucros dos capitalistas e corte diretamente dos privilégios dos políticos, é a única saída para os trabalhadores e a juventude.

Foto: Alan Marques/Folhapress

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