COMANDANTE ALFONSO CANO – VIVERÁS SEMPRE!

Os inimigos do povo, os oligarcas, a burguesia que tem por norma a ambição, seguem pensando que os povos se somam à luta de algumas pessoas. Creem, em sua mente assassina, que acabando com os dirigentes e personalidades destacadas de uma força revolucionária, acabarão com a luta que eles levam a cabo. Parecem desconhecer o fato contundente de que são essas pessoas, esses indivíduos notáveis, que se somam à luta dos povos, e que os povos não podem ser derrotados quando assumem com valor e convicção revolucionária seu papel libertador na história.

Alfonso Cano foi, sem dúvida, um revolucionário exemplar, dedicado desde jovem a lutar pela revolução socialista na Colômbia, sua causa, seu exemplo, sua brilhante capacidade foi produto da aprendizagem do povo colombiano em sua luta para derrotar a oligarquia que pisoteava os trabalhadores, que assassinava os trabalhadores rurais, que perseguia os estudantes; a aprendizagem de um povo cansado de ser enviado à guerra por causas estranhas aos seus interesses, para defender as causas dos exploradores que, em sua rivalidade utilizavam milhares de pequenos agricultores e trabalhadores colombianos como bucha de canhão; a aprendizagem de um povo que não inventou a guerra, mas que nasceu em meio a ela e que simplesmente decidiu afrontá-la com sua própria força, com sua própria causa, desta vez pela Revolução, a Pátria Grande e o Socialismo.

O comandante Alfonso Cano não inventou as FARC, não inventou a guerra, não inventou a luta revolucionária; o comandante Cano se somou a ela, se formou na organização. Sua capacidade individual não pode se explicar sem as causas que a provocam nem sem a experiência e a aprendizagem do Exército do Povo heróico que leva anos combatendo com singular valor e audácia um exército assassino apoiado por paramilitares e pelos grandes terroristas do mundo, o exército ianque.

O governo genocida da Colômbia, cego pela ira e pela ambição burguesa, tem sido incapaz de derrotar as FARC. Sistematicamente, por décadas, tem assassinado lutadores sociais, sindicalistas, trabalhadores rurais, estudantes, atacando covardemente os guerrilheiros e suas bases de apoio; em lugar de combater as causas que tornam possível a guerra, segue alimentando dia a dia as causas que levam milhares de explorados na Colômbia a pegar em armas para lutar por sua libertação.

Nos os últimos anos, sua estratégia militar se focou na ilusão de que se acertam golpes nos comandantes das FARC, os derrotam, e deste modo tem executado planos militares milionários, lançando indiscriminadamente bombardeios sobre algumas zonas de operação dos guerrilheiros, buscando executar seus dirigentes. Não podemos negar que tiveram êxito em alguns casos. O que não podem e não poderão lograr é dobrar a férrea vontade de luta dos guerrilheiros, não podem e não poderão derrotá-los porque a causa revolucionária é invencível.

Estes golpes, cuja efetividade militar é limitada, estão orientados por seu efeito propagandístico; se propõe através deles convencer o povo colombiano de sua derrota, convencer os revolucionários do mundo de que é inútil combater as forças armadas do imperialismo. O que não dizem é que os combatentes farianos seguem em pé na luta, acertando golpes cotidianos no plano político e militar ao exército colombiano, à polícia nacional, aos agentes estadunidenses, à oligarquia.

Parecem ignorar que, enquanto assassinam covardemente alguns dos brilhantes dirigentes das fileiras das FARC, se formam milhares de sucessores, que o povo organizado tem a capacidade de formar novos quadros, novos dirigentes que não somente podem igualar os abatidos, senão que em cada um deles vivem os caídos, vivem sua experiência, sua coragem, seu valor, sua vontade inquebrantável; nas fileiras dos combatentes farianos surgem não só de forma individual, mas sobretudo coletiva, que ocuparão o lugar de Marulanda, de Jacobo Arenas, de Efraín Guzmán, Raúl Reyes, Iván Ríos, Jorge Briceño (Mono Jojoy) e Alfonso Cano.

Os homens são mortais, a morte há de chegar em algum momento, por causas naturais ou por causas sociais; cair combatendo é um risco que cada guerrilheiro corre com convicção e entrega, porém a luta revolucionária é imortal, a burguesia tem feito de tudo e não conseguiu nem conseguirá matá-la; por hora, poderão festejar, mas seus dias no poder acabarão, a exploração morrerá com certeza e os heróicos combatentes sempre terão na história um lugar por seu aporte à causa mais nobre da humanidade: o comunismo.

Hasta Siempre Comandante Alfonso Cano!

Hasta siempre combatentes caídos na luta revolucionária!

Pela pátria grande e o socialismo… Toda solidariedade às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do povo!

PARTIDO COMUNISTA DO MÉXICO