É PRECISO FORTALECER A SOLIDARIEDADE AO POVO E A JUVENTUDE COLOMBIANA

Vivenciamos nos últimos meses o aumento dos ataques diretos aos povos e seus direitos mais básicos de soberania e autodeterminação. Seja através da ocupação militar, como no caso da Líbia, ou pela perseguição e criminalização de qualquer resistência que se oponha a barbárie capitalista, como vem ocorrendo no seio dos EUA, através de uma série de prisões dos manifestantes do Movimento Ocupem Wall Street. Estas são as respostas que o sistema capitalista e o imperialismo têm dado ao aprofundamento da crise estrutural que emerge das economias centrais.

Em nosso continente a militarização e a criminalização a qualquer tipo de resistência que se oponha a essa lógica perversa, tem se apresentado cada vez mais constante e agressiva diante daqueles que ousam lutar. Neste sentido o que ocorre na Colômbia é emblemático na América Latina, tanto pela resistência popular que criou, quanto pela agressividade reacionária que há tantos anos o Governo Narco-terrorista daquele país tenta impor.

Neste país vizinho e de povo irmão, que o Imperialismo tem cometido seus maiores crimes contra a humanidade. O assassinato, no dia 4 de novembro, do Comandante Alfonso Cano, líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP), pelo exército colombiano com o apoio dos Estados Unidos e de Israel, representa não só um duro golpe as possibilidades de construção de uma saída pacífica para o conflito, que dura mais de 47 anos, como conduz a uma agudização da guerra instaurada no país.

Ao contrário do que os grandes monopólios da comunicação têm afirmado, as FARC-EP não se desmobilizarão. Seus mais de 10.000 combatentes não baixarão suas armas para entregarem-se ao canto da sereia do Governo Santos. Os camaradas das FARC-EP sabem melhor que qualquer um que a paz que propõe o Estado Narco-terrorista é a paz dos cemitérios.

Os Fareanos continuarão sua luta, pois o motivo que os tem mobilizado por tantas décadas não se extinguiu do território colombiano. A exploração capitalista e o domínio imperialista persistem naquele país. Somente a resistência popular e o enfrentamento a este modelo de sociedade poderá resultar em saídas que contemplem uma sociedade de paz, de igualdade e justiça social. Assim como os estudantes colombianos tem intensificado suas lutas, os protestos e as mobilizações sociais e populares tendem a se intensificar na Colômbia.

A União da Juventude Comunista se solidariza a todas as formas de luta, que tem sido travadas pelo povo colombiano. Entendemos que a autodeterminação dos povos é um direito fundamental e cada povo escolhe suas armas e qual caminho deve seguir. Denunciamos o Governo Narcoterrorista de Santos, seus apoiadores em nosso país e também aqueles que por interesses mesquinhos e pontuais preferem silenciar diante de um crime, tornando-se também cúmplices dele.

Somamos-nos às vozes que pela América Latina e pelo Brasil entendem que é preciso reforçar a solidariedade ao povo colombiano, por uma saída pacifica e democrática ao conflito. Apoiamos a proposta dos camaradas da Juventude Comunista do Equador de construção imediata de uma Coordenação Juvenil de Solidariedade aos Povos em Luta em nosso continente, assim como devemos envidar todos nossos esforços na construção junto a outras forças políticas progressistas e democráticas de Comitês de Solidariedade ao Povo Colombiano, em todos os estados do Brasil.

Viva a memória do Camarada Alfonso Cano!

Toda solidariedade ao Comandante Timoleón Jiménez!

Todo apoio aos camaradas das FARC-EP!

Pelo fortalecimento da solidariedade ao povo colombiano!

Viva o Socialismo!

UJC

Coordenação Nacional