Partido Comunista Colombiano: morte de militares é “um golpe à paz”

“A morte dos quatro integrantes da força Pública em poder da guerrilha das FARC há vários anos é um golpe às possibilidades de saídas humanitárias e de paz na Colômbia”, disse Carlos Lozano Guillén, membro do Comitê Central do Partido Comunista Colombiano (PCC).

Em uma nota publicada no site do PCC, Lozano Guillén manifestou seu rechaço a estas mortes, destacando que elas merecem o repúdio geral do país e da comunidade internacional.

Para o dirigente comunista e diretor do semanário Voz, estes eventos “colocam uma vez mais em questão as operações militares de resgate a sangue e fogo, que podem terminar em desfechos trágicos como ocorreu no sábado passado, 26 de novembro”.

Ele dá razão aos familiares de militares e policiais retidos pelas FARC, uma vez que estas operações “não são aconselháveis e nunca foram respaldadas por eles. São injustos com a esperança e ilusão de reencontrar vivos seus entes queridos”, afirmou.

O PCC insiste perante o Governo Nacional e as FARC que a única saída possível é a saída humanitária e de paz: “o único caminho para resolver o conflito é a via do diálogo, a solução pacífica e política para preparar o caminho para a paz com democracia e justiça social”.

O Governo Nacional deve descer da nuvem de triunfalismo, porque com o argumento do fim do fim, do “golpe de misericórdia” [sobre a guerrilha], estimula a guerra, o confronto e os atos de barbárie.

O Partido Comunista da Colômbia chama as partes em conflito a “acatar e respeitar os direitos humanos internacionais”.