Leilão dos aeroportos é marcado para 6 de fevereiro
O pretexto para a realização dos leilões, que teve na figura o ex-ministro Nélson Jobim um de seus grandes articuladores, é atrair investimentos para melhorar a estrutura dos aeroportos brasileiros. Dados da ENAC informam que, entre 2003 e 2007, enquanto o número de passageiros transportados no mundo ficou na média de 40%, no Brasil o aumento foi de 118%.
De acordo com o edital, obras de reforma e ampliação dos aeroportos deverão ser concluídas em 18 meses, preparando os aeroportos para a Copa do Mundo de 2014. Os aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília estão entre os mais rentáveis do país. Detalhe: as obras serão financiadas pelo próprio governo brasileiro, através do BNDES.
Os preços mínimos para a concessão dos aeroportos ficaram abaixo do recomendado pelo Tribunal de Contas da União na semana passada. No caso de Cumbica, o governo fixou em R$ 3,4 bilhões o preço mínimo, R$ 400 milhões a menos do defendido pelo TCU. Em Viracopos, o valor fixado foi de R$ 1,471 bilhão, enquanto o tribunal defendia o valor de R$ 1,7 bilhão. Em Brasília, o valor do edital é de preço mínimo de R$ 582 milhões. O TCU tinha recomendado R$ 761 milhões.
O movimento de resistência contra a privatização dos aeroportos considera a concessão o caminho para a precarização do trabalho e uma ameaça à soberania nacional. Para mais informações, assista à entrevista com trabalhadores de Viracopos na TV Petroleira (www.tvpetroleiro.tv/ )